A competição do Festival Geika já chega em seu início e nesse meio tempo que antecedeu o evento, cada um dos personagens teve seu momento para refletir e trabalhar bastante nos próprios sonhos. Uns mudaram e outros nem tanto, mas todos lutam a sua maneira para provarem aos “rivais” que merecem reconhecimento e um lugar no mundo fashion.

Depois de passar oito episódios navegando na incerteza e sofrendo pressões, já era hora do Ikuto levantar e partir para a briga, ato esse que finalmente se concretiza aqui. Penso que talvez o maior mérito da obra seja exatamente por não estender o protagonismo do rapaz, além do que deve.

Cada passo dado por ele, teve sua função pontual e contribuiu para que aos poucos ele fosse compreendendo o que queria e precisava como designer. Mesmo os momentos com a Chiyuki e a Kokoro, também tiveram um objetivo muito bem definido para a construção da mudança dele e consequentemente a delas.

Chiyuki e Ikuto sempre se apoiaram um no outro para seguir em frente e após o fracasso dela em Paris, ele como sempre estava lá para lhe amparar. A protagonista é sua fonte de inspiração, mas mesmo ela que parece muito segura de si e firme em seu propósito de alçar o mundo, tem suas fraquezas.

Kokoro tem o que ela não tem, mesmo com a sua falta de dedicação a modelagem, e isso a faz invejar a moça. Topar com ela trás a tona tudo o que a incomoda, já que a grandona representa a materialização de todos os nãos que ouviu.

Ao descobrir que a modelo é a amiga designer de seu parceiro, Chiyuki vê nesse encontro inesperado a melhor oportunidade que jamais teria e lança o desafio como modelo, que Igarashi logo topa – prevendo a derrota dos seus três obstáculos em uma só cajadada. A solução da loira foi uma boa sacada, pois assim como a agente visualizou suas metas de derrubar todos, ela também vislumbrou vencer todos que lhe desprezaram num único desfile de moda.

É interessante notar como até parte do episódio, a vontade do Ikuto apenas permanece morna, uma vez que agora ele compete contra suas amigas. Isso mostra que mesmo quando decidiu levar seu sonho a sério, dentro dele faltava aquilo que o Ayano jogou na sua cara em todas as vezes que conversaram: ele é bonzinho demais para o seu próprio bem.

Acho que todo amigo de verdade – gente boa e decente mesmo – tem lá as suas preocupações quando disputam seriamente com amigos, até porque todos sabemos que infelizmente no final apenas um sai vencedor, por mais que todo mundo se goste e se respeite.

O fato é que o rapaz não entende que seu sonho não é menor que o das outras duas, independente das oportunidades. Se elas desejam algo, com certeza não vão desistir tão facilmente e a chance de ouro vai chegar em algum momento.

A mesma necessidade de vencer que elas tem, ele também tem e talvez com uma intensidade maior, afinal ele precisa sustentar a família, então porque parar? Isso leva a pensar se realmente ele vem dando ao seu objetivo o devido valor, porque enquanto ele pensou demais, as meninas meteram o pé no acelerador. Fiquei feliz que a mãe dele serviu como um ponto de despertamento e o fez cair em si para valorizar o que tinha em mãos e era mais importante.

Curioso que precisou ela lembrar o filho disso, porque desde o começo ele bate o pé sobre como a família dele é fundamental e que gosta de fazer o que faz, esquecendo disso na melhor chance que tem. Bom, pelo menos isso serviu para que ele se priorizasse e mudasse a mentalidade inocente, agora é mandar ver.

Do outro lado deram uma mostra dos bastidores da competição, focando no Ayano que é o maior competidor – está bem mais adiantado que os outros – e tem sua própria motivação de superar a avó, que me parece incentivar de forma saudável o crescimento dele.

É meio bizarro ver a forma como ele trata o Ikuto, só porque ele não cedeu a chantagem psicológica dele, quando ele parecia dar algum valor real ao rival. Ok que ele tem pressa em cumprir sua meta e o estudante seria uma peça importante nesse processo, mas ninguém é obrigado a aturar os caprichos dele, muito menos se rebaixar para isso.

O lado positivo é que a arrogância dele, não só alimentou a vontade do protagonista, como ainda fez com que ele ganhasse um aliado inesperado e providencial para o seu tema unissex, o Ryunosuke – especialista em roupas masculinas.

O anime explorou pouco a situação atual de todos os designers principais – até porque nem dá tempo -, mas aparentemente só a Kokoro e o Ikuto que estavam mega atrasados em suas coleções. Me pergunto como foi possível fazer tantas peças em tão pouco tempo no final do episódio, até porque os dois estavam praticamente sozinhos.

Estou empolgadíssimo para ver a adaptação do desfile e ver como nosso trio parada dura vai se sair nessa primeira tentativa. Agradeço a quem leu e até a próxima!

Comentários