O Festival Geika finalmente leva o anime a seu ápice, entregando um ótimo episódio e um desfile nota dez, repleto de simbolismos e boas ideias da parte do nosso querido protagonista Ikuto. Será que o bom desempenho dele vai render a vitória?

Depois de ser mastigado, cuspido e mastigado de novo pela vida, o Ikuto conseguiu as ferramentas que precisava para por o seu sonho nos trilhos, conseguindo fazer parte do evento de moda.

Admito que fiquei curioso para entender como ele foi capaz de produzir tanto em tão pouco tempo – e de onde ele tirou aquela equipe toda nos bastidores -, mas vide o excesso de conteúdo da obra, além das várias reviravoltas, trabalhar detalhes não muito importantes como esse é o de menos.

Achei bem interessante que o anime não perdeu muito tempo para introduzir os designers principais e suas peças – coisa que no mangá rendeu um pouco mais -, já que dinamiza o andamento do evento assim como é na vida real e otimiza bastante o tempo que resta, utilizando essa diferença em outros pontos.

O episódio teve vários pequenos momentos que fizeram dele, o melhor até aqui, já que exploraram não só as nuances do protagonista, mas também as dos demais personagens, mesmo que em menor escala – como a modelo figurante que a Chiyuki estava ajudando dias atrás.

A Kizaki por exemplo teve uns minutos extras que confirmaram exatamente aquilo que apontei episódios atrás, uma raiva do Ikuto por ele possuir a ousadia que ela não teve, mas principalmente, por não gostar de perder e ter desperdiçado a sua melhor chance até então.

Isso sana as dúvidas dela e finaliza a humanização da personagem, já que a mesma também tem a sua importância nesse arco de superação do Ikuto e agora buscava a revanche. No mais eu gostei do conceito dela e acho que aquela vermelhidão a lá Yanagida tem o seu charme, embora não passe perto de oferecer risco aos demais por motivos óbvios.

Outra peça dúbia que está perto de se resolver é a própria Igarashi, que para mim demonstrou do seu jeito apoiar a Kokoro. Nos flashbacks da agente, já tinha ficado claro que as suas ações rudes, nada mais eram que um retrato de alguém endurecida pela vida, mas que no fundo não desejava o sofrimento que viveu, a sua protegida.

Embora ela negue, ter usado as roupas que a menina lhe ofereceu enquanto uma futura designer, é a prova que faltava para mostrar que acima de tudo ela se importa com o que a outra quer – falta só um empurrão final para ela se mostrar e com certeza ele logo virá.

Quanto aos melhores momentos, apesar de ser um acontecimento previsível, ver a família do Ikuto completa no desfile teve um gostinho especial, principalmente pelo que todas elas puderam presenciar, depois de tanto lutarem uns pelos outros.

As ideias utilizadas por ele para mostrar a força da família, foram outro fator supresa positivo, utilizando cada detalhe mínimo para representar um pedaço diferente das mulheres mais importantes para ele, no seu primeiro grande trabalho – não foi só a Chiyuki que influenciou o “wa” do rapaz.

Ainda que o anime não fique devendo explicações no geral, o mangá destrincha um pouco mais a forma como o Ikuto aplica as influências da sua família, como a preferência de uma das suas irmãs pelo quadriculado, as cores, os laços – como a menor apontou – e na última peça a referência simplista da mãe, que consequentemente levou ela as lágrimas.

Ressalto inclusive a competência da adaptação para transmitir as intenções do protagonista com suas peças, dando realmente emoção a cada transição, na ideia de girar pelo mundo e harmonizar tudo, enquanto instigava cada pessoa presente a advinhar o próximo modelo.

As observações da Ayano Mai e da diretora também foram um item a mais nesse processo de surpresa e sucesso, já que as mesmas mostram suas competências e experiências, lendo as jogadas do Ikuto e explicando os detalhes que faziam seu trabalho especial.

Enfim, a primeira parte do desfile marcado pelo imprevisível termina e Ikuto sai como uma agradável surpresa no meio dos universitários da Geika. A finalização agora fica por conta da Kokoro “dark horse” e do Ayano neto, o grande nome do evento. Agradeço a quem leu e até a próxima!

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