Tirando o suicídio surpresa do grande vilão do anime todo o resto do episódio 12 foi, senão previsível, até adequado dado o que a narrativa havia apresentado antes.

O melhor, ou que ainda considero interessante, ficou mesmo para o episódio final, mas isso não quer dizer que não haja o que comentar sobre o penúltimo ato da obra. Enfim, é hora de ID:Invaded no Anime21!

Minhas previsões estavam quase que todas certas, o que não consegui prever foi que não havia um motivo criativo por trás das ações do John Walker.

No fim, o vilão só queria ver o sucesso de seu “experimento” e a fuga da realidade (uma realidade em que ele seria preso por seus crimes). Dá mesmo para considerar que tudo o que ele fez foi para prender criminosos?

Não. Não quando cria crimes para provar seu ponto, não quando não havia matado com as próprias mãos antes, mas levou outros a sujarem as suas.

No fim, não consigo mesmo levar a sério as ideias do vilão. Não só porque a narrativa foi um tanto confusa, mas também porque achei a ideia ruim. Por questão de estilo o suicídio foi legal (e, infelizmente, só isso).

Não esperava mesmo, achei criativa a ideia dele fugir para seu próprio ID, mas tão maluca e instável que eu não vejo como ele pôde achar que ganhou algo com isso.

Ele poderia garantir que viveria para sempre em seu ID? Que mérito haveria isso? Nutrir sua obsessão por assassinos em série? Porque esse vilão dá todos os sinais que é um otaku de assassinos em série, né.

Não consigo achar isso tudo menos que perturbador e tenho medo de que só um episódio para deter a realização de seu desejo, assim como entendê-lo melhor, seja insuficiente.

Sendo assim, é inevitável se eu acabar o anime em conflito, encantando pela ideia e sua execução em diversos momentos, mas triste já que na hora de amarrar tudo faltou cola e falta muito.

Acho que peguei o quadro geral de que a intenção do velho era criar o Mizuhanome e mostrar ao mundo as maravilhas das quais seria capaz, fosse sua intenção que isso ficasse apenas no universo investigativo ou não.

Mas por que ainda me parece mal explicado? Eu, inclusive, vejo um grande furo lógico nisso. Algo dava a ele a garantia de que aquilo duraria para “sempre”?

Além disso, faz sentido criar um equipamento que só funciona a partir da mente de um humano, que pode muito bem ser morto, e usar ele para lidar com o que ele mesmo criou (ao menos em parte)?

Não parece o joguinho sádico de um cientista louco? Que crédito é possível dar para essa justificativa, a que fez o anime se mover como um todo. Se a resposta for nenhum…

Se a resposta for nenhum crédito, então Invaded terá sido um fracasso. Não que eu vá considerar o anime uma extrema decepção, longe disso, mas vai acabar aquém de seu potencial.

Aliás, tudo indica isso, não é possível mudarem tanto minha opinião com apenas um episódio para ser exibido. Ainda mais quando se aponta para um desfecho com consequências, mas…

Mas falta justificativa, princípios, e tirando o suicídio, a “atuação” do vilão nesse episódio me decepcionou bastante. Em compensação, havia prescendente para o “mergulho coletivo”.

Além disso, para uma ou outra situação que não teve tempo de tela por acaso, ainda que não fosse de exatamente relevância. Por exemplo, foi possível ver isso com as duas moças e o heróico Perfurador.

Beirou a romantização a cena dele salvando a garota, mas para alguém perturbado feito ele, em constante atração pela auto-destruição, não foi um final ruim. E era aquilo ou a vaca iria para o brejo.

É ruim do Sakaidou conseguir resolver tudo sozinho, concorda comigo? Foi um ato de camaradagem por quem, como ele mesmo apontou, completava o vazio que sentia. Agora alargado pelo buraco da bala.

Enfim, o protótipo do Mizunohame foi obtido de uma forma bem fácil e nada esmiuçaram sobre o passado do experimento. Acho difícil demais, ou sem sentido demais, o velho ter feito tudo sozinho.

Assim como é difícil demais que haja tempo para conextualizar em um episódio de 25 minutos. Isso só não é mais cruel que o desfecho quase que certo da K/K (Kaeru/KiKi).

De duas uma, ou ela volta a prisão ou morre. Já havia escrito anteriormente, talvez o melhor para ela seja a morte, por mais cruel que isso possa parecer…

Não há outra saída no horizonte e se aparecer vai parecer só covardia do roteiro, o qual, aliás, deu a entender que o mesmo deve rolar com o Narihisago. Quanto tempo deve dar para suportar jogar VR tendo tomado tiro?

Dia 22 de março você vai descobrir. Ao que parece o desfecho trágico de personagens importantes já está encaminhado, como eu previa. Isso é bom? É ruim?

É coerente dado o desenvolvimento da narrativa, mas é mesmo satisfatório pensar assim quando o que fez a história ser o que é, seu pontapé inicial, foi escrito as pressas (e se não isso, só mal escrito mesmo)? Hm…

Eu tenho as minhas dúvidas. Realmente gosto de ID:Invaded e me diverti genuinamente vendo mais um episódio da obra, mas agora que ela sucumbe ao fim sinto que vai acabar aquém do que poderia e do que eu gostaria.

Talvez me parecesse melhor se eu tivesse a mim imposto os sonhos (mistura de IDs com o que mais for) da K/K? Disso eu duvido muito…

Mesmo sem tantas esperanças ainda estou bem interessado pelo final dessa obra, principalmente por como vão resolver a situação.

No final, o que resta é a punição do John Walker (a vingança do Narihisago) e o acordar dos sonhos impostos pela K/K. Além, é claro, de sua provável morte. Alguns devem acordar, outros não. Alguns devem morrer, outros não.

Isso faz diferença alguma para você? Não muito para mim. Se a Handomachi acabar viva, não vejo sentido em matar a garota, devo me dar por satisfeito.

E, claro, espero que essa maluquice de Mizuhanome acabe de uma vez por todas. Só resta um episódio e não dá nenhuma pinta de que vai ter ou precisa de continuação. Só nos resta esperar para dar adeus.

Até a próxima!

Comentários