Mais um episódio divertido, com as situações inusitadas de sempre e até mesmo um tanto de seriedade. Em Wave a zoeira é levada a sério. Você enterraria um(a) ex-namorado(a)?

O subplot do Kureko foi pincelado aqui e ali, no máximo isso, mas ele é realmente importante? Se for não é muito e isso não é um problema. Aliás, esse episódio me fez perceber como nem tudo na história precisa ter tanto significado ou desenvolvimento, mas se quiser achar que há razão nisso tudo dá para achar, só ligar ao interesse do Koumoto pela Mizuho.

O Kureko é importante para ela, é sua inspiração, se ele sair mesmo da rádio a Mizuho vai ficar bem mexida e se o Koumoto gosta mesmo dela deve ajudá-la a lidar melhor com a situação, a notar que as aspirações dela não dependem de seu “mestre” estar ao seu lado, e de quebra quem sabe ele a conquiste?

Não que a Mizuho também seja essa personagem tão importante que carece de desenvolvimento, mas dada a proximidade que tem com a Minare e seu lugar cativo na trama acho que é uma boa ideia mostrar e explorar um pouco seus próprios problemas.

Pessoas têm problemas, quer eles agreguem algo a vida de outra pessoa, nesse caso a protagonista da história. E essa percepção de que há outras histórias crescendo em paralelo a da Minare (acentuada com o trecho com a Makie) sem necessariamente agregar a história da heroína me encaminhou para outra reflexão, será que eu dei crédito demais ao tal desenvolvimento de personagem que esperava dela?

A imaginação fértil da Minare e seu coração mole me levam a crer que ela não deve mudar seu gosto para homem e isso não é necessariamente uma coisa ruim (penso que nem todo homem que “dependa” de mulher seja um vigarista), ao menos se não interferir negativamente no principal ponto da obra, a carreira dela como radialista. Aliás, foi inspiração para seu “primeiro arco narrativo”, então não é que ajudou?

Resumindo, penso que me equivoquei em aguardar uma mudança definitiva e tomá-la como necessária para que a história fizesse sentido. Dá para fazer sentido sem que ela mude radicalmente, no máximo tenha se tornado mais safa, porque é justamente esse tipo de característica que torna a personagem original, distinta.

Não é como se a Minare precisasse ser uma pessoa melhor, ela precisa é melhorar como radialista e usar experiências incomuns que ocorrem com ela dada sua personalidade é um bom caminho.

Enfim, os sentimentos do Nakahara pela Minare foram mais uma vez pisados, mas nem foi isso que me chamou atenção no trecho do restaurante e sim a tensão envolvendo as moças.

Se a Makie não estiver mesmo gostando dele eu não sei o que pode ser, e como a Minare dá a entender, o Nakahara é perfeitinho demais, não faz o tipo dela, então ele não tem chance e seria melhor que a Minare esclarecesse, o que deixaria o caminho aberto para a Makie.

Vamos ver o que ocorre até o final do anime, eu me darei por satisfeito se esses dois casais se formarem (a Mizuho e o Koumoto, a Makie e o Nakahara) e a Minare engrene uma nova fase em seu programa, mas claro, o que realmente importa é o segundo, afinal, a Minare é a primeira e única estrela do anime.

Na segunda metade do episódio os mestres Kakoton e Kakoen deram um show de bastidores sobre o mundo da rádio ao mostrarem como as coisas eram no passado e mudaram com o avanço da tecnologia.

Eles, inclusive, resistem ao seguirem manejando o aparato das antigas mesmo quando conseguem usar um softwear, dando ao público a dimensão de como a rádio é uma extensão da sociedade, mesmo ela não é só “coisa de velho”, né.

Aliás, com a ajuda dessa mistura entre o tecnológico e o rústico que o peculiar programa ganhou vida. Na verdade, mas peculiar do que nunca, pois a atuação em grupo foi inusitada não só por a Minare “beijar” o chefe, mas também por terem sintetizado a voz do ex. Será que ele poderia processar a rádio por isso? Não é exatamente a voz dele, então não dá, né?

Não sei, mas fato é que a ideia de concluir o primeiro arco narrativo do programa foi improvisada (se não fosse por que haveria uma resposta de mensagens dos fãs com luta contra um urso no meio?) e nem por isso deixou de ser boa, afinal, é tal “imperfeição” que dá naturalidade a história.

Fechar um ciclo e iniciar outro deve expandir os horizontes da produção, dando a Minare liberdade para largar de vez o fantasma do ex e se dedicar mais ao trabalho.

A rota para o final do anime já está traçada, só nos resta saber se as coisas vão mesmo se concretizar como eu imagino. Sem pressão, a Minare é uma grande personagem independentemente de seu gosto para homem haha.

Eu sou um bom redator independentemente do meu gosto para música? Se você pegou a referência nada a ver no título talvez concorde, talvez discorde, o importante é que se divirta com uma personagem tão carismática e um anime tão divertido.

Até a próxima!

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