Esse anime é exuberante, pois até quando erra costuma ser em coisa menor, como a recapitulação que demorou muito dessa vez. O primeiro jogo acabou e a vitória veio graças aos esforços individuais, mas principalmente a força e união de um coletivo que, se não está na ponta dos cascos, precisar se aproximar ainda mais disso para vencer o time em que jogam dois companheiros do passado que agora são rivais. É hora de Major 2nd no Anime21!

O aparecimento do Urabe e do Andy dando uma palinha como comentaristas me agradou, é o tipo de fanservice que faz super sentido existir no anime. Aliás, nem fanservice é exatamente já que eles serão aproveitados para dar liga ao time da Fuurin. Não acho que o time deles vai vencer a segunda partida, mas tenho certeza de que o teste vai ser mais dificultoso.

Inclusive, algo que pode dar uma atrapalhada é a invejinha, até então branca, da Anita. Não que ela vá prejudicar o time de caso pensado, mas se diminuir perante os acertos do Daigo pode atrapalhá-la durante a partida e nessa a gente já viu como ela não perde de vista a competição particular, e bastante compreensível, que tem com o capitão. Tenho boas expectativas sobre o que a Anita anda deve agregar a trama.

Enfim, esse episódio mostrou bem como a experiência “extra” do Daigo pesa nessas horas importantes. Digo, ele é filho de jogador, a mãe e irmã mais velha também jogam, o garoto respira basebol desde que nasceu, então é até esperado que esteja atento a todos os aspectos do jogo e compreenda sua função como capitão. Claro, tendo em vista seu amor pelo esporte e como se convenceu de que liderar poderia ser valioso.

Mas antes de pagar mais pau para o protagonista, não posso deixar de (mais uma vez) pontuar como as estratégias e predicados necessários em um jogo de basebol são importantes. Por exemplo, os sinais entre jogadores e do treinador com o jogador são a maior amostra de como basebol não é só talento, mas também inteligência na leitura de jogo e, obviamente, os jogadores precisam ter um jogo individual e coletivo que flua.

Porque sim, basebol pode não ser jogado com contato direto entre jogadores, mas se engana que home runs são alcançados sozinhos. Mesmo um arremessador bom precisa contar com o trabalho a altura de um receptor, além do time como um todo precisar de defensores que consigam roubar bases e sejam capazes de não perdê-las para o adversário. Basebol é um jogo em que erros individuais fazem toda a diferença, mas claro, não só eles.

Na verdade, o nervosismo do Tanba acabou sendo um ótimo exemplo de que um time que tem unidade é aquele em que os companheiros compartilham os erros, mas também os acertos, afinal, como capitão o Daigo podia muito bem ter compactuado com a ideia do senpai de fugir de seu trauma do passado, mas não, ele insistiu que ele deveria superar isso e demonstrou seu apoio jogando, acertando, por ele, provando que ele não estava só.

A forma corajosa e perspicaz como o Daigo encarou a situação me faz lembrar que ele mesmo quase desistiu do basebol porque se sentia complexado pelo sucesso do pai e a expectativa que depositava em si mesmo. Foi o amor do Daigo pelo esporte e o apoio dos amigos, principalmente o Hikaru e a Sakura, que o resgataram e o fizeram superar seu drama. O que ele fez pelo Tanba foi algo parecido com o que um dia fizeram por ele.

Daigo nos mostrou a importância de um capitão que acredita no companheiro e joga não só com ele, mas também por ele, passando confiança e estendendo a mão em um momento de dificuldade. O que ele fez pela Sakura foi bastante perspicaz, mas o que fez pelo Tanba foi ainda mais bacana e condizente com seu perfil de apaixonado pelo esporte. Desculpa, sei que seria legal falar mais do Tanba, mas é culpa do Daigo, né.

Ele é o culpado, afinal, agiu de novo como um verdadeiro MVP nessa partida, não à toa ter recuperado o Tanba elevou a moral do time e guiou a Fuurin para a vitória. Marcar home runs e não permitir rebatidas é importante, mas nada adianta sem um jogo sólido baseado em uma estratégia eficiente e movimentos precisos. Cada jogador desempenha mais de uma função e precisa “defendê-la” bem mesmo quando não joga com o companheiro.

Foi exatamente isso que levou a Fuurin a vitória? Com certeza foi, pois mesmo com as bolas caprichadas do ás adversário a vantagem construída permitia que o time traçasse sua estratégia e ditasse o ritmo do jogo a partir dela. É claro que foi apenas a primeira partida e contra um time que subestimou a Fuurin por ter tantas garotas, então as coisas não devem correr tão bem no segundo jogo e é aí que um grande time é forjado, na dificuldade.

Enfim, só eu acho que a Anita pode acabar gostando do Daigo? Eu sei, isso não tem nada a ver com o que comentava acima e nem acho que agregaria tanto assim a trama, mas que eu acharia divertido acharia, ainda mais porque a Sakura não faz muito para dar vazão a sua paixão e queria saber o que o Daigo sente ou pode se descobrir sentindo por ela. Se rolar mesmo deve ser só mais a frente, mas vou cantando a bola para me preparar.

Não comentei episódio passado, mas quase chego a sentir pena da professora que precisa gastar parte de outro dia seu cuidando de alunos que praticam um esporte que nem a interessa. Quem pensa que ser professor no Japão é essa maravilha toda está bem enganado, duvido que aqui fazer esse tipo de atividade extra não geraria discussão. Lá é algo cultural do qual ela não vai conseguir escapar, com sorte acaba gostando do esporte.

Por fim, a vitória tranquila do time da Seiwa e seu estilo de jogo vão levar o Daigo a fazer um treinamento especial com a Sakura, o tipo de coisa que deve desgastá-la e pode prejudicá-la no jogo, mas sem assumir riscos como é que o time vai comprar briga com cachorro grande? Temos que lembrar que o Urabe sequer mostrou a que veio, então o nível de dificuldade certamente aumentou e é nos detalhes que se forjam os vencedores.

Não que esteja tão apegado emocionalmente a ideia da Fuurin vencer o torneio, sei que a derrota também pode ser bastante edificante e que ainda tem muito home run para o anime marcar. O importante é que o time cresça, sempre com o propósito de melhorar para vencer, e isso estou vendo com a consistência e qualidade que já esperava da série. Urabe e Andy, vamos ver que caldo vocês dão!

Até a próxima!

  1. Que bom que voltou o anime, tava com muitas saudades e veio com tudo, com dois episódios de partida e vemos a primeira vitória do Fuurin: realmente o outro time se atrapalhou por achar que só por ter garotas em maioria iam ganhar, ou seja, subestimaram e muito o time do Daigo, causando sua derrota. Deu pra ver o potencial e entrosamento do Fuurin, que mesmo sob pressão de ser o primeiro torneio do atual time, mostraram a que vieram. Penso que seja uma mescla de ciúmes e desconfiança da parte da Anita, por ainda não considerar o time como um todo, com o tempo ela deve se integrar mais.
    Outro ponto é ver como o Daigo enxerga os problemas e as dificuldades do pessoal, querendo que façam o seu melhor e superem seus próprios dilemas no esporte: ser o capitão de um time tem lá suas vantagens e é bom ver os resultados na prática e sua confiança no pessoal. E bom poder rever o Urabe e o Andy, tava perguntando quando iam mostrar os personagens da primeira temporada, reforçando uma das qualidades da obra: não esquecer do pessoal já apresentado e ver como estão. Mais que animada para ver a evolução do Fuurin e seus desafios.

  2. Verdade, Major 2nd voltou com tudo e aposto que vai ficar ainda melhor com o Urabe e o Andy como adversários, independentemente do resultado da partida. E falando em personagens antigos, espero que o Hikaru apareça em algum momento nessa segunda temporada, nem que seja só para promover um cliffhanger para a terceira. Anime bom como esse tem que dobrar a meta!
    Agradeço o comentário e vamos ver o que mais de bacana Major 2nd tem a nos oferecer!

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