Por essa eu não esperava. E você? É hora de GOH no Anime21!

Não há muito o que acrescentar sobre a histórinha clichê do Ilpyo, então prefiro chover no molhado e elogiar a animação que deu conta do recado nas cenas de ação, e não só nelas, mas também na bela cena de música que trouxe certa variação a esse episódio.

Quanto ao Ilpyo, pelo menos a histórinha dele não lutar por si, mas pelos outros, e acabar lutando por si no final não foi exatamente ruim, eu só me questiono se acabar recebendo a “graça” que ele recebeu após perder a luta não foi uma forma um tanto decepcionante de aproveitar o personagem.

Digo, se ter baixado o Deus nele o levar a cometer atos que normalmente reprovaria aí vai ser triste de ver. Enfim, se em Black Dog Robert Plant diz que “uma mulher de pernas longas não tem alma”, isso vale para a Seungah que faz a perna crescer para baixar o cacete no Daewi? Não sei, mas lembrei do verso ao ver essa cena e comecei a rir, confesso.

Minha única reclamação sobre a luta dos dois é que ela toda foi meio rápida, passanfo a impressão de que a adversária era bem mais fraca que ele, como um time inferior que joga por uma bola. Isso tornou a luta um tanto decepcionante para mim, como se ela só tivesse entrado no ringue para explorar o Ilpyo, ir contra a máxima de que ele não deveria lutar por si.

Não que isso seja um problema exatamente, mas em um episódio em que a Mira já não lutou e a outra personagem feminina com algum tempo de tela, a Seungyeon, apareceu pouco e em uma condição fragilizada, me deu a impressão incômoda de mal aproveitamento das personagens femininas. Até a comissária foi ferida e não fez nada na hora da luta…

Enfim, em GOH as artes marciais rendem cenas de ação bem animadas e animadoras (mesmo achando que reaproveitam animação isso não muda), mas me tira um pouco do sério quando os poderes aparecem e derrubam a qualidade da ação. GOH não deixa de ser uma boa indicação de anime de artes marcais por isso, mas sinto que poderia estar una degraus acima se dessem um tratamento melhor a luta física.

Aliás, isso vale para o anime todo, pois apesar dos clichês aqui e acolá brotam boas ideias e há respaldo de um ótimo estúdio. Ainda assim, o anime é medíocre, a construção dos personagens e a trama em si são muito limitados, praticamente sem graça. Apesar disso, a virada do Mori e o que a sucedeu foram boas cartadas do roteiro, para variar.

A virada do Mori foi clichê até a tampa, porém, ele se aproveitar das habilidades dos companheiros a fim de surpreender o adversário, pelo menos foi um pouco inesperado já que em nenhum momento antes ele havia aparecido copiando os outros, né? Eu não lembro. Dá até para achar que foi artifício de roteiro, mas acho que pensar nisso é irrelevante, o que rola a seguir pode parecer mais uma “forçada de barra”.

A reviravolta que quem não leu o webtoon não estava esperando rolou meio que do nada, mas pode desembocar em coisa interessante próximo episódio, ao menos se o aparecimento repentino da chave for melhor contextualizado. Eu acredito que o recipiente vai ser rejeitado ou algo do tipo, que o Ilpyo não vai ser a chave definitiva e que essa virada rolou só para incendiar um pouco a trama antes do verdadeiro fim.

Foi inusitado ver aquele tal Deus baixar no Ilpyo, me lembrou o Naruto usando o poder da Kyuubi. Vê como toda hora GOH de escora em elementos que muito facilmente remetem a outras obras que tem a mesma pegada? GOH é só um battle shonen coreano genérico, que só não é mais genérico por explorar a cultura de outro país que não o Japão, concorda?

Por fim, falta só 3 episódios, como vai ser esse final? Me parece bem claro que a final do torneio é que vai resolver de verdade esse problema da chave, então o Ilpyo deve apenas fazer um meio de campo até isso, até por como o vilãozinho azulado tem se destacado desde que apareceu, como o rosto antagônico aos heróis, não necessariamente ao Park Mu Jin, pois ficou claro que ele não é fiél a Nox. Aliás, quando é?

Esses pontos em que o vilão é “sórdido” são tão clichês e recorrentes que não ajudam em nada a construir um personagem interessante e nem tão detestável assim, como seria o ideal, porque acaba caindo demais na caricatura, o vilão não tem profundidade, não é envolvente. Aliás, nem o herói é, o Mori é uma cópia coreana de Goku nos anos 2000.

Me despeço com essa pérola… Ainda assim, mesmo com todos esses problemas que citei, a surpresa no fim me pegou tão desprevinido que inflei a nota mais que os preços do arroz, do óleo… Espero que GOH não cause indigestão em você!

Até a próxima!

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