Continuando a cruzada da Presidente contra a Black Swan, no geral o plano inicial dela deu certo, mas não dá para dizer que tudo saiu exatamente como o esperado, já que algumas soluções saíram do controle e trouxeram resultados inesperados. Qual será o próximo passo da nossa protagonista e seu time de Evolvers, nos dois episódios que faltam?

Ironicamente o episódio foi bom em termos de definições e eu gostei de algumas das escolhas feitas, só que fiquei um pouco incomodado com o ritmo da história. Não sei bem explicar o que estaria errado, já que não sou expert no assunto, mas senti que talvez a correria do episódio tenha prejudicado o feeling das cenas no geral.

Toda a resiliência e determinação da rainha frente aos inimigos é louvável, principalmente porque ela não espera depender dos seus amigos, já partindo para a ação. Não posso dizer que ela me choca, porque desde que o anime começou, fez questão de deixar bem claro que a moça não passaria batida pelos perigos – embora ainda conte com algumas ajudas providenciais.

Ao invadir a torre de transmissão, eu realmente me preocupei com a chance do Kira tomar todo o brilho do episódio para si, mas me tranquilizei com a divisão do serviço entre eles. Foi bem legal ver como a dupla conseguiu desarmar os vilões apenas usando de sua inteligência, pois ambos não possuem poderes lá muito úteis no que tange ao campo de batalha.

Essa falta de habilidade tanto é real – mesmo ela sendo a rainha e ele um evolver manipulador -, que o Magneto genérico da Black Swan, rapidamente conseguiu neutralizar os dois. Penso que nessas cenas a ação poderia ter sido um pouco mais caprichada, porém ao me lembrar dessas questões de poder nos personagens, faz sentido isso não ter sido muito explorado.

Frente a morte, o roteiro usou no Kira aquele famoso devaneio da vida completa, que nos permitiu entender como ele conheceu a protagonista no laboratório e me fizeram ainda teorizar sobre uma possibilidade.

A garota estava sendo analisada ainda criança e provavelmente teve seus poderes filtrados, de modo que a organização pudesse controlar a indução de outros evolvers artificialmente, daí essa máquina ter surtido efeito. Claro que se eles precisam dela, isso só pode significar que o efeito não é duradouro e nem 100% eficaz, mas tenho para mim que ela já teve essa contribuição no transmissor de descontrole.

Felizmente o idol sobreviveu ao ataque – pelo menos o primeiro – para contar essa história aos netos e de quebra apoiar a Presidente, que apesar de ter usado o cenário e as oportunidades ao seu favor, não conseguiu se livrar de todas as investidas do adversário magnético.

Depois o cansaço da batalha e o sentimento maior levaram o rapaz ao sacrifício, mas ao menos esse serviu como força motora para a moça, que munida de revolta, tristeza e determinação para salvar a humanidade, levou seu plano até o fim e acabou com a arma da Black Swan com as próprias mãos. Apesar de simples, esse trecho para mim teve seu impacto, por explorar mais da força da protagonista, que cada vez mais se solidificou como uma mulher incrível e dona de sua história.

A única coisa que não entendi muito bem, foi a cena em que ela cai lá do alto, porque por um instante parecia uma obra involuntária do vento, só que a expressão dela era de entrega, como alguém que já tinha cumprido sua missão e encerrado a carreira – debaixo da tristeza de perder seus amigos de diferentes formas. Não sei se a intenção era essa, mas já que destruindo a arma e a rainha da coisa toda, a organização não teria vitória, isso faz algum sentido.

O surgimento do Haku para mim não foi surpresa, porque vide o cenário e a situação, imaginei que a única possibilidade viável ali, seria ele mesmo. Por outro lado, como ele parecia meio arrebentado, fiquei com a sensação de que ela não foi o único salvamento dele e acho que o Kira ainda não passou dessa para melhor, então aguardemos os capítulos finais para descobrir se o loiro heróico se safou com a ajuda do detetive aéreo.

Enfim, eles tentaram e de um jeito difícil chegaram lá, ainda assim, a Black Swan conseguiu por em andamento o seu plano contra a humanidade, se valendo das consequências de sua falha. No meio dessa bagunça ainda temos o retorno do Zen, que sabe Deus como, conseguiu retornar do futuro e parece saber o que fazer para deter os planos dos vilões.

Não sei o que a maré trará, mas estou animado para ver o impacto dessa “vitória/derrota” na Presidente e o desfecho dessa guerra de Evolvers, mesmo com o sentimento de que algo ficará incompleto pelo excesso de nuances do enredo – e também porque o jogo não me parece ter sido concluído.

De todo modo, espero que encerrem o anime com a dignidade que ele merece e quem sabe até com anúncio de continuação, o que eu amaria, pois apesar de meio corrida em alguns pontos, a história é ótima, rende e tem bons personagens para isso.

Agradeço a quem leu e até o próximo artigo!

 

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