E já entrando no último arco dessa excelente obra, temos aqui o episódio que nos trouxe – ainda que sem detalhes – a tão esperada resposta sobre a fonte de todo o problema envolvendo as IA. Considerando todo o esforço feito pelos protagonistas, onde será que o Projeto Singularidade falhou contra o desenvolvimento tecnológico da torre?

Assim como previmos semanas atrás, de fato a Arayashiki era bem mais que um símbolo de evolução, mas sim um arauto da destruição, e descoberta a sua culpa sobre toda a guerra que se instituiu, nada mais óbvio que imaginar como único caminho a sua destruição completa.

No entanto, tomado esse caminho a questão que fica é: se ela é o pilar que sustenta as IAs, o que aconteceria com as mesmas sem a sua existência? Se a proposta é encontrar a paz e harmonia entre humanos e IAs, como isso é possível na atual circunstância? Complicado, mas vamos lá.

Primeiramente o plano de singularidade falhou, mas deixou pontos positivos pelo caminho, de modo que ainda dê para tentar refazer o futuro de outra forma e dentre elas, aqueles que chegaram até esse momento, são definitivamente uma mostra de como o projeto não falhou completamente.

O professor Osamu por exemplo, conseguiu ser salvo pela Vivy e o seu conhecimento será de grande valia. O Yugo por sua vez não sobreviveu ao tempo, mas deixou algo importante para que o mundo tivesse uma nova chance, como a Elizabeth – que foi um tanto inesperada de ter viva – e a sua neta.

A irmã da Estella infelizmente não detém as suas memórias originais, e foi até interessante a Diva não passar as informações daquele período, lhe mantendo sem aquelas lembranças dolorosas. Ainda assim ela é alguém valiosa nessa luta, especialmente porque mesmo em outro corpo, a androide ainda retém o essencial da sua programação original, que é a devoção ao seu mestre – agora aplicada a sua descendente.

Quanto a Yui, o fato da moça ser alguém equilibrada e acreditar na possibilidade da coexistência pacífica, reforça que o Yugo mesmo de um jeito torto, plantou a semente correta antes de terminar sua jornada.

Isso é vital para a protagonista porque assim ela tem auxílio em sua missão, mas também é especialmente bom, para aqueles que ainda não acreditam nos ideais da paz entre os dois lados, pois torna possível encontrar um caminho alternativo através do que a moça pode fazer enquanto uma das líderes da organização anti IA.

A Toak se revelou uma surpresa, considerando que eles são uma organização mais bem estruturada e global do que o anime sugeria. No começo achávamos que ela se tratava de um grupo mais extremista, restrito e limitado àquela região e não, existem várias subdivisões que estão travando o mesmo combate em todas as partes, com membros que posicionam de diferentes formas perante o problema.

Falando em combate, em meio a destruição causada pelo início da guerra, algo que despertou a nossa curiosidade é a ligação entre a música da Diva e os comandos da torre, afinal assim como os terroristas questionaram, era a canção dela que todas as IAs revoltosas estavam cantando durante os ataques.

Se vale o adendo, na cena em que a Diva procura o Arquivo, ele deixa bem claro que a cantora estava sendo acompanhada pela torre na cruzada dos 100 anos, então tem coisa aí sim. Outro ponto bem interessante é o porque da atualização feita pela torre não ter afetado a nenhum dos protagonistas e seus aliados.

O anime nos esclarece que a atualização foi a fonte do problema e que algumas IAs como a Elizabeth e outros autômatos, acabaram não sofrendo com ela por simplesmente não terem feito esse processo. Embora a Elizabeth tenha o fator terrorista sobre ela – o que funciona para que ela se torne “invisível” ao sistema -, o que isentaria a Vivy e o Matsumoto?

No caso dele acreditamos que tenha a ver com o fato de ele próprio já vir de um outro período e não pertencer aos registros históricos, talvez. Já no lado dela temos algumas teorias mais mirabolantes que envolvem sua própria criação e o funcionamento das trocas de dados.

A Vivy é uma androide tecnicamente velha e obsoleta, e embora tenha resistido no trabalho por muito tempo, ainda assim ela é a primeira feita e já está aposentada. Será que o seu modelo já não estava ultrapassado para comportar uma atualização superior? – como acontece com alguns aparelhos na nossa realidade.

Outro ponto analisável é que, se levarmos em conta que seu afastamento e a posição no museu determinam a “inutilidade” da máquina, qual o sentido de atualizá-la como as demais que estão ativas e recentes?

Bom, continuando essa hipótese, ainda tem a questão de como a atualização funciona, pois embora o Arquivo tenha o controle de todos os dados e as IAs tenham livre acesso, ele nada mais seria que uma “nuvem”, apenas guardando todos os registros e informações necessárias sem poder forçar ou baixar esse conteúdo no usuário automaticamente.

Mesmo que a “mente” da torre tivesse planos de alterar todos, o anime sempre mostrou que a única forma de transmitir e baixar dados era através da conexão direta entre cabos, então muito provavelmente a Vivy foi salva por não ter baixado esse conteúdo enquanto estava no museu.

Voltando a missão principal, caso a Vivy e seu time de elite consigam destruir a Arayashiki, o que acontecerá as IAs? Se ela não a destruir em nome dos seus, o outro caminho é usar os seus dados e “corromper” todo o complexo, contudo não se sabe que tipo de estragos isso poderia causar em ambos.

Não obstante, ficamos com uma pulga atrás da orelha ao lembrar do exemplo da Metal Float conectada a Grace – que detinha o controle geral dos autômatos vivos. Se a Arayashiki estiver vinculada a todos de igual modo, então todos os androides deixarão de funcionar? É bom pensar em tudo isso, porque essas respostas é que definirão o final da Diva.

Pensando mais a fundo naquela questão de estarem vigiando a personagem desde o começo, assim como o uso da música no ataque a humanidade, esses elementos nos direcionaram para a ideia de querem utilizar a Diva como eixo desse novo mundo controlado pelas IAs – o que obviamente ela não vai topar.

Seja como for, não é certo qual projeto a torre tem para a nossa protagonista e nem qual caminho ela deve tomar daqui para frente, mas uma certeza temos, a Diva precisará fazer um sacrifício em nome de todos.

Agradecemos a quem leu e até o próximo artigo!

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