Meikyuu Black Company – Cada empresa tem o funcionário que merece – Primeiras impressões
O trabalho dignifica o ser humano. É uma frase clichê e muito antiga, mas independente da interpretação ou se a frase está certa ou errada, não há como ter dignidade se a jornada de trabalho for abusiva. Por falar em dignidade, esta é uma palavra que não faz parte do vocabulário do protagonista.
Com produção do estúdio SILVER LINK (Non Non Biyori, Kokoro Connect) e sob a direção de Mirai Minato (Masamune kun no Revenge, Sunohara-sou no Kanrinin-san), Meikyuu Black Company é mais uma das opções de anime desta temporada. A história desse anime gira em torno de um adulto que fez fortuna fazendo investimentos, mas que ao ser transportado para outro mundo, foi obrigado a trabalhar para uma empresa do ramo de mineração.
A proposta é interessante, mas a comédia apresentada na estreia não me agradou, mas, creio eu, que há espaço para melhoras. Para quem gosta de comédias, também é uma opção, mas depende muito do senso de humor de quem assiste. Não sou muito fã de comédias onde os personagens só se ferram, mas neste caso, todo castigo é pouco para o protagonista.
Espero que a comédia não se torne repetitiva e que consigam usar bem a temática do anime (exploração no trabalho) para criar cenas engraçadas. Por mais que não tenha achado muita graça neste episódio, quero acreditar que nos próximos darei mais risadas e quem sabe até gargalhadas.
O Kinji não é flor que se cheire, portanto todo infortúnio que vier a acontecer a ele será pouco até ele aprender o significado da palavra dignidade. Ironicamente, não será esse trabalho que o dignificará. Espero que haja algum desenvolvimento do personagem até o final da temporada.
Algo que me chamou a atenção na história foi que o Kinji foi parar logo num mundo onde ele terá o estilo de vida que tanto despreza. Tal situação não só é um convite a situações engraçadas, como também pode ser uma boa oportunidade de amadurecimento do protagonista. Posso estar enganado, mas a tendência é, infelizmente, que o personagem se desenvolva muito lentamente, a fim de que seus erros cometidos gerem cenas cômicas.
O lagarto e o dragão que se transforma numa garotinha, são personagens razoáveis que podem render mais (ou não). O primeiro, apesar do tamanho, é covarde, subserviente e facilmente manipulável, mas aparenta ter boa índole, embora esta característica seja sufocada pela covardia.
Ele pode servir de contraponto para o Kinji, mas para isso o personagem deveria se impor, mesmo que de vez em quando. Já a Rimu pode ser um bom alívio cômico ao dar prejuízo financeiro ao Kinji.
A empresa que emprega o protagonista trabalha é horrível. Os pobres funcionários trabalham como se fossem escravos, para ganhar o mínimo necessário para sobrevivência.
Por outro lado, como o protagonista tem uma personalidade igualmente horrível, o sentimento de raiva não é direcionado a apenas um lado ou um personagem em específico. O protagonista e a empresa que o emprega se merecem.
Com tantos isekais nesta temporada, o diferencial desse aqui é que o protagonista é bem sucedido na vida. Normalmente, protagonistas de isekai costumam levar uma vida comum e, ás vezes, sem graça antes de ser transportado para outro mundo.
Obrigado a todos que leram este artigo, e até a próxima!