Battle Game in 5 Seconds (Deatte 5-byou de Battle) é um anime dos estúdios SynergySP e Vega Entertainment que adapta o mangá escrito por Saizou Harawata e ilustrado por Miyako Kashiwa (que já fez hentai). A produção é da temporada de verão de 2021 e possui a seguinte sinopse:

 

“Akira Shiroyanagi seria um adolescente normal não fosse seu vício em games. Em um belo dia o garoto é perseguido por uma figura estranha e acaba sendo tragado para dentro de um experimento no qual os participantes recebem super poderes e têm seus registros apagados, não podendo desistir de participar ou exercer seus direito humanos. Akira decide vencer o “jogo” e destruir a organização por trás dele usando seu poder para lá de peculiar.”

 

Aliás, o que você faria se seu poder fosse o que os outros acham que ele é?

É partindo dessa premissa que Battle Game constrói sua trama, que a princípio não me convenceu, mas me ganhou com a revelação do poder do protagonista. Imagino que já tenha assistido ao episódio, então se você não sabia o que é sofismo agora já sabe. Sofismo é a capacidade de convencer os outros de uma mentira. A questão é que o poder dele o faz dar vida as convicções dos outros, as deduções as quais são induzidos.

Porque o protagonista é inteligente, um gamer viciado que trata tudo como um jogo e consegue lidar justamente por isso. A caracterização dele acaba sendo um pouco exagerada, talvez até boba, mas, convenhamos, se a ideia é apresentar um personagem realmente capaz de desafiar um sistema poderoso como o que o anime apresenta, é de se esperar que seja uma figura excêntrica, cheia de si naquilo que domina.

Shiroyanagi é bem isso, um gênio que não se priva de usar todos os recursos e meios possíveis a fim de alcançar a vitória no final, ainda que esta custe a vida de outro alguém. Vamos isso no trecho inicial que apresenta o personagem e antecede a abertura da minha adorada Akari Kitou, No Continue. Shiroyanagi só quer viver uma vida tranquila jogando e ao ser tirado dela vai tentar vencer em seu próprio jogo quem o incomodou.

Até aí nada demais, a caracterização do protagonista é bem simples, até clichê, o que pega realmente é o seu poder, o conceito por trás dele que penso ter sido muito bem apresentado na situação explorada nessa estreia. Shiroyanagi fez seu oponente cair em sua armadilha feito um patinho não só com palavras, mas também com atitudes e a ousadia que não se costuma ver em um adolescente gamer em um anime.

Essa quebra de estereótipo dele, como alguém que luta e se precisar suja as mãos sem hesitação, acaba o tornando um personagem bem mais objetivo de se trabalhar, o que casa com uma trama de jogo bizarro na qual vários personagens se veem envolvidos sem qualquer controle sobre a situação. Aliás, esse tipo de anime tem sido tendência ultimamente, né? Lembra de Darwin’s Game? E Gleipnir? Quantos mais existem?

Por fim, o que mais posso falar desse anime? Quem sem sofismo ele não seria bom? É algo assim mesmo porque a proposta é bem genérica, mas a caracterização do protagonista (da qual não posso exigir muita profundidade em apenas um episódio) casa perfeitamente com o poder que lhe é atribuído, além de já termos visto como a proposta (de lutas cheias de estratégia) tende a ser bem aproveitada a fim de entreter.

Até a próxima!

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