Que a Catarina vai dominar o mundo a gente não duvida, mas nos perguntamos qual a extensão que esse harém ainda vai tomar, porque agora até o sequestrador já entrou na baderna. Seja como for, o fato é que esse episódio oficializou que a guerra entre todos vai ser pesada, especialmente depois dos avanços que tivemos nesse fim de arco do rapto.

Flávio: Um dos segredos da Catarina (que nem ela mesma sabe) para ter um harém tão grande é a espontaneidade. Todos ficam surpresos por ela ter um comportamento fora do padrão da sociedade no qual ela vive.

JG: De fato ela é uma figura exótica e a forma como ela se posiciona frente ao problema que encara, é uma prova viva disso. Não a toa agora temos o Sora compondo o grupo dos seguidores fiéis do Catarinismo.

Falando nele, achei toda a história dele um tanto interessante, pois dentro das realidades que vimos, as que mais se aproximavam de algo complicado era a da Maria – em partes – e a do Raphael, mas a do rapaz de fato engloba toda uma questão da pobreza, as dificuldades na favela, a escravidão e talvez até mais. Numa obra mais dramática ele seria um personagem bem legal de se trabalhar.

Flávio: O background do personagem é bem interessante. Outra coisa que me chamou a atenção é que, ao que tudo indica, ele obteve magia das trevas de forma diferente ao Raphael.

JG: Pelo que entendi ele passou pelo mesmo processo, a diferença é que seu mestre não deixou que ele estivesse acordado para decidir se faria parte daquilo, consequentemente não vendo o horror que é, como aconteceu com o outro.

Na verdade esse também é o grande enigma que o anime deixa em aberto para algum dia resolver, que é a identidade desse tal mestre, a real mente responsável pelo sequestro e por ele adquirir os poderes das trevas. O causo foi resolvido, mas não deram nem uma pistinha sequer sobre esse indivíduo nos flashbacks, e a pessoa que foi mostrada está num outro contexto.

Flávio: É certo que o personagem por trás do sequestro não desistirá de seus planos, portanto, ele não deve demorar a agir.

JG: Não vai mesmo, e espero que no futuro ele volte para movimentar as coisas, já que o primeiro plano foi pelo ralo – e pelas mãos de quem devia estar do seu lado, olha o twist.

Algo que também destaco, é que embora o Sora tenha criado um vínculo com a Catarina, por conta do carisma magnético da moça e de como ela se assemelha ao seu amigo que morreu – e que era importante para ele -, preciso dizer que fica difícil torcer para o rapaz por conta do approach dele.

Nem quero pensar o que teria acontecido a Catarina se não fosse a intervenção da Lana, porque no meio de toda a sua burrice e leseira, ela estava vulnerável a qualquer avanço, o que rendeu aquela beliscada no pescoço. Já pensou se as coisas continuam?

Flávio: Nem quero imaginar.

JG: Aproveitando que citamos a empregada, o mestre do Sora e essa trama oculta contra os príncipes, fiquei bem curioso para saber qual o papel do Jeffrey nessa história, porque assim como o Ian não tinha noção dos atos da Selena, ele também não parece estar envolvido com seus apoiadores – mesmo deixando subtendido que sabia de algo sobre o sequestro.

Inclusive quem limpa a barra a dele é a própria Lana, que na verdade não é Lana, mas sim Susanna, a sua noiva. Logo de cara eu a vi, me intriguei com a forma dela interagir com a Catarina, mas não a reconheci até ela soltar aquela frase lá no final, que também foi a mesma do primeiro episódio.

Como estava ali infiltrada para neutralizar os inimigos de seus cunhados, imagino que o Jeffrey e ela tenham um outro papel nessa história conspiratória. De todo modo ao menos agora já sabemos que todo mundo ali é do bem.

Flávio: A Susanna me intriga mais que o noivo dela e é interessante que aparentemente, tudo estava sob controle. A presença da Lana era uma garantia que nenhum mal seria feito á Catarina. Tão tal que ela chegou bem na hora do maior risco que nossa heroína, digo, “vilã” sofreu enquanto esteve sequestrada.

JG: Eu partilho dessa mesma ideia sobre ela, e realmente é engraçado o posicionamento dela, porque era como se eles dois soubessem que tinha algo de errado para acontecer e trabalharam nas sombras para irem desarmarem essa bomba, de dentro. Mas se a Catarina escapou do Sora, não posso dizer que ela teve a mesma sorte com o Geordo, porque agora sim eu vejo esse harém ganhar mais contorno, não a toa o título reforça isso.

O beijo que o príncipe lhe dá no meio do povo foi simplesmente uma surpresa até para mim, que achei que as coisas iam seguir no ritmo bobo onde ninguém avança, e agora ele foi com tudo para mostrar que a Catarina já tem seu par. Levando isso em conta, digo que o Sora foi uma adição providencial para incendiar ainda mais esse pessoal, pois eles estavam se segurando e agora viram que vai vencer – ou não – quem tiver mais “unha”.

Flávio: Uma hora ou outra alguém tomaria uma atitude mais assertiva. Como o Geordo é o noivo, ele está numa condição privilegiada, ou seja, não precisa, em tese, disputar a Bakarina com o resto, os demais que corram atrás. Mesmo com o beijo, não será agora que Catarina deixará de ser Catarina.

JG: Foi como ele mesmo disse, estava se segurando há muito tempo, o Sora foi apenas o gatilho para que ele fosse além e provavelmente os outros devem pegar esse mesmo caminho. Ainda assim a Catarina realmente deve continuar sendo essa porta que ela é, então nem me animo com as consequências desse ato no próximo episódio.

Mas se ela não aprende com os próprios conselhos e as situações, já não digo o mesmo da Selena, que finalmente acertou seus ponteiros com o Ian. Como eu já imaginava ele apenas se contém perto dela – como o Geordo faz com a sua noiva -, mas ao menos os dois entendem o significado do sentimento mútuo, fazendo essa união ganhar forma.

Flávio: A Catarina é uma boa conselheira, mesmo que não siga seus próprios conselhos. O mal entendido por parte da Selena foi causado por falta de comunicação. O noivo dela tem uma parcela de culpa em se manter distante, fazendo-a pensar que ele a odiava.

JG: O lado bom é que isso foi rapidamente resolvido exatamente com aquilo que sempre falta nesses casos, o bom e velho diálogo – pena que são só um casal coadjuvante. Agora com tudo isso sanado a pergunta que fica é, como o pessoal vai reagir a pressão da concorrência? A Catarina eu sei que não muda, mas e o resto?

Lembrando que agora ela vai entrar na Academia junto a Susanna, Maria e Raphael – o Sora também, vide a abertura -, alguma vantagem eles vão precisar construir se quiserem fazer frente aos dois que já se lançaram na frente e os que vão trabalhar com ela de perto.

Agradecemos a quem leu e até a próxima!

Comentários