Digimon Adventure (2020) – ep 50 – Deuses e dragões
O anime atingiu um nível inesperado de poder e grandiosidade elevadíssimos. Foram cinquenta episódios até chegarmos a esse ponto, mas valeu a pena. Esse episódio foi maravilhoso do início ao fim. O anime nos entregou um presente em forma de episódio.
O episódio anterior acabou com uma cena esperançosa. Contudo, enquanto o Tai retornava também ocorria o desaparecimento dos escolhidos. Se uma luz se acende então as outras se apagam. Todos foram presos numa espécie de espaço fora da realidade, quase como se fosse um vazio, onde além de isolados do mundo estavam prestes a serem comprimidos até que deles nada restasse. Nada agradável, nada mesmo.
Era uma situação desesperadora onde mesmo esses jovens tão determinados (e olha que eles já passaram por muita coisa) teriam grandes dificuldades para se encorajarem em meio a toda aquela situação. Mas ainda assim eles foram fortes e acreditaram que saíram vivos dali. E mais, que ainda derrotariam o seu inimigo. O motivo? Ele tem nome e sobrenome: Taichi Yagami. E ele mostrou o porquê de terem tanta confiança em sua pessoa.
Ele enfrentou o Millenniumon, e assim como os outros escolhidos ele não duvidou que seria capaz de cumprir a sua missão. E vamos nos lembrar que o Millenniumon era gigantesco, era maior do que quaisquer coisas que já vimos no anime até aqui.
A batalha foi bem interessante, mas nada se compara com aquela após a evolução dos digimons sagrados. A cena de evolução é incrível, as formas do Goddramon e da Holydramon são espetaculares e a batalha que se seguiu foi magnífica.
Esse episódio foi tão bom que poderia ser fácil o final do anime. Inclusive com a conclusão da batalha com o Gaia Force do WarGreymon. Aquela foi uma cena muito linda, digna de ser a conclusão da série. Aliás, ainda mais quando pensamos que aquele era o vilão das profecias.
Fiquei bastante surpreso quando ele evoluiu para a sua forma final. Também porque a sua cena de evolução foi bastante tensa, ainda mais com as destruições e os desastres que ele provocou. O próprio Millenniumon parecia capaz de destruir todo o digimundo. Já o ZeedMillenniumon parecia capaz de destruir aquele mundo e mais outros mil.
E falando em evolução tenho que relembrar das evoluções para Goddramon e Holydramon. Que repito: são espetaculares. E todo o conceito da evolução foi bastante interessante. Pois não foi apenas a esperança e a luz o que provocou a evolução. Ao menos não ambas em paralelo e menos ainda uma ou outra em separado. Foi de fato a união das duas. Nem luz e nem esperança, mas uma terceira coisa. Foi a luz da esperança.
Algo completamente especial, acontecido por meio de crianças e digimons especiais, em um mundo especial, contra um vilão especial, numa situação completamente especial. Assim como esse episódio também foi especial do início ao fim. E não apenas especial de forma geral, mas de forma específica e individual. Destaco aqui a participação de cada um dos escolhidos. Todos estavam perfeitos, tão-somente perfeitos e nada menos do que isso.
A participação do TK e da Hikari junto de seus digimons sagrados foi enorme e ambos desempenharam um papel central para essa vitória. O Tai nem se fala então, ele protagonizou os momentos mais decisivos desse episódio. Mas não nos esqueçamos do Yamato e dos outros escolhidos.
Eles até podem ter passado despercebidos, mas eu sinto que as suas cenas (mesmo aquelas em que apenas aparecem ao fundo) transmitem as suas emoções e por meio destas empurram o anime para a conclusão dessa maravilhosa aventura.
Talvez nem tanto uma conclusão. Ainda temos dezesseis episódios pela frente, muitas coisas ainda devem acontecer. Agora, quais coisas e quando ocorrerão ainda é algo que teremos que ver para saber. Mas o que eu sei é que seja lá o que venha pela frente sempre poderei olhar para trás e relembrar da grande beleza presente em vários dos seus episódios. Em especial dos três últimos que foram magníficos. E isso é o que basta. Até mais.