Arquétipos em animes de esporte – O Príncipe faminto
Bem – vindo (a) a mais um post de arquétipos. Eu só sei que ainda to vivo, porque eu ainda não atrasei os meus posts. Mas enfim, no post passado falei de como a Era de Ouro é usada e adaptada nos animes de esportes, e se você não tem a mínima ideia do que eu tô falando e tá mais perdido que eu na faculdade procurando a saída… você precisa procurar os meus posts passados. Eu sei que esse tipo de tema é 8 ou 80, porque ou você vê anime esportivo ou você não vê, e se você está lendo esse post e ainda não se convenceu, fique sabendo que eu vou tentar colocar um óculos que faça você enxergar animes de esportes como você enxerga Tokyo Ghoul.
Nesse post eu vou falar da Perda de Inocência, Loss of Innocence, se você está afim de pesquisar no Google. No geral, eu vou seguir como o post passado, fazer uma comparação de como os animes esportivos de “antes” mostravam isso comparado aos animes de “hoje”. Animes antigos de esporte têm muito mais episódios que os animes de hoje. Os caras de animes antigos têm espaço o suficiente pra perder a inocência deles, pelo menos os mais importantes né. Mas isso não é tão bom às vezes. Se você pensar em animes como The Prince of Tennis (PoT), tem muito personagem, e pra piorar seja quem for que escreve o mangá, tenta desenvolver a grande maioria deles, sério, até personagens terciários, se puder. Menos o maluco monocelha e a gangue dele, porque né, até o autor acha ele chato. E às vezes isso compromete na qualidade, o que é ruim pra PoT, porque o ponto forte do anime são os personagens. Em alguns momentos o que acontece antes dos jogos e depois dos jogos é mais interessante que os jogos, que, minha opinião, é onde acontece a maioria da Perda de Inocência. Pra quem não lembra, Perda de Inocência é quando o personagem se depara com um problema e é forçado a mudar para resolver a situação. E é difícil falar disso em animes de esporte sem dar spoiler. No geral, PoT tem isso em partes, digo, um personagem por vez. Mas como falei antes, a Perda de Inocência não é tão forte assim aqui, não é algo tipo “nossa perdi um jogo”. O time todo de repente fica mais sério e vai treinar o episódio todo, talvez, alguns personagens treinem o dia todo, mas eles não mudam muito a personalidade. A não ser que seja um filler, você percebe que é um filler quando algum personagem age estranho e volta ao normal depois de alguns episódios. Voltando ao assunto de não mudar a personalidade, simplesmente acontece isso porque os personagens de PoT não precisam mudar. Como leitor e telespectador, eu realmente acho que a personalidade de cada personagem lá é muito boa e não precisam mudar drasticamente para melhorar, porque é um esporte, você não joga ele sozinho. Mesmo Tênis, um esporte que você joga em dupla, no máximo, mas na maioria é você sozinho contra outra pessoa. Mesmo você estando mano-a-mano, você ainda é parte de um time, todas as suas atitudes na partida são resultados do time. Se você joga de uma forma que dê uma impressão mais tensa, significa que seu time funciona de uma forma mais séria, e caso ele perca uma partida que faça ele mudar, ele tem o time dele. Seu time é tipo uma equipe de psicólogos que vai te ajudar.
Até mesmo outros animes antigos, como Hungry Heart, têm momentos assim. Diferente de PoT, Hungry Heart é um pouco mais radical. Futebol, diferente do Tênis, dá o luxo dos atletas serem mais emotivos, quanto mais emoção, mais você muda, então, nesse anime a Perda de Inocência é mais atrativa. Se você quer uma palavra pra descrever isso melhor, é paixão. Não de amor por alguém, mas pelo esporte, é anime de esporte e não de romance. Eles mudam pelo esporte, eles se divertem. Infelizmente, Hungry Heart não teve a oportunidade de desenvolver cada personagem individualmente como PoT, e ele meio que segue uma outra tática, você muda o seu “líder” ou os “líderes” e depois você fica rezando que o resto mude. É tipo aquela tática de geral tá triste e do nada um dos personagens mais importantes muda, e acaba contaminando o resto, fazendo com que todo mundo mude também. Não é uma tática ruim, é boa quando bem usada, tanto no anime quanto na vida real. Mas em Hungry Heart as coisas vão um pouco além, como tretas familiares a propostas profissionais, então você recebe um pouco de tudo.
Enfim, eu preciso parar o post por aqui, porque as próximas duas semanas vão ser bem puxadas, então, por favor, entendam isso. Mas semana que vem tem a continuação com os animes novos: Kuroko, Chihaya, Yowapeda e essa gangue aí.
PS: eu não li Slam Dunk, não contem esse anime nessa série.
PS2: eu não vi e nem vi esportes moe.
PS3: eu não vi Yuri On Ice também, então né, já sabe.