Shingeki no Bahamut – ep 11 – Só extensão do episódio anterior
[sc:review nota=4]
Esse episódio foi continuação direta do anterior. Batalhas para todos os gostos, anjos mortos, os heróis fazendo o que podem, e no final parece que o Bahamut despertou mesmo. Bom, era de se esperar que ele despertasse, nesse tipo de história o Grande Mal sempre retorna, não importa os esforços dos mocinhos para impedí-lo. A graça está em ver o que vai acontecer agora, como eles vão derrotá-lo. Com um pouco de sorte o Bahamut mata Martinet, Belzebu e Lavalley antes de ser derrotado, esse é outro clichê comum em histórias assim e eu não me importaria caso isso acontecesse. Mas a consequência de um episódio tão direto assim é que não tenho muito a falar sobre ele. Vou tentar listar os fatos importantes que aconteceram e revelações feitas, com comentários onde achar pertinente.
Lavalley era mesmo um vilão. Quero dizer, ele não parecia estar sendo controlado quando empurrou o Kaisar abaixo. Aliás, como o Kaisar caiu nesse episódio, hein? De todo modo, as motivações de Lavalley permanecem completamente obscuras para mim. Acho que no final das contas foi tão difícil ler seu personagem não porque ele fosse complexo, mas porque ele é vazio demais. Ele é o típico vilão da risada maligna que é mal apenas porque sim. Só faltou ele enrolar os bigodes, mas acho que isso é reservado apenas para os chefes, coisa que ele não é.
Martinet tem esse ar meio maluco, meio Coringa, mas ele sabe o que faz. Quando ele transforma as pessoas em demônios ele não está apenas concedendo poderes a elas, ele efetivamente passa a controlá-las. Assim, Favaro lutou contra Kaisar, que aparentemente o matou (ora, ora, sabemos que Favaro não morreu, mas para os propósitos desse episódio ele foi “morto”). E Joana D’Arc caçou os três anjos mais poderosos com sua espada matadora de deuses. Os três morreram mas não sem que antes Michael conseguisse desfazer o controle demoníaco sobre a santa. Ela está livre agora, mas já cumpriu sua missão e sem os três anjos a barreira sobre Bahamut desmoronou. Suponho que ela vá cortar os cabelos como boa santa francesa de desenho japonês que se passa em um mundo alternativo de inspiração europeia medieval, e depois fracassar tentando cumprir sua missão de derrotar Bahamut ou algo assim. No meio do caminho deve ajudar os heróis em alguma coisa.
Rita criou umas bolinhas capazes de desfazer a magia demonificante do Martinet (ela aprendeu a fazer isso só olhando para o laboratório dele brevemente, esse zumbi é um prodígio). Infelizmente, contudo, ela parece ter criado apenas três delas, ou duas, não entendi direito. Uma foi usada por Michael para reverter a transformação de Joana D’Arc, outra ela deu para Kaisar, e daí elas haviam acabado? Bom, não importa. Kaisar não se importou com o antídoto mesmo e achou mais razoável matar Favaro de qualquer forma (tudo bem, ele estava ocupado caindo enquanto Rita tentava explicar o que era aquela bolinha).
Baco lutou contra Joana D’Arc, depois lutou contra Martinet, e não dá para dizer que foi de muita ajuda. Serviu para eu descobrir que Hansa pode virar uma bola gigante em cima da qual uma pessoa pode flutuar? Não que isso seja importante. Azazel deu uma carona para Kaisar após uma de suas quedas e lutou contra Belzebu. Tecnicamente eles ainda estavam lutando quando o episódio terminou já que não é dado um desfecho para essa luta durante ele.
Pouco antes do Bahamut despertar dezenas ou centenas de deuses surgem. E parece que eu estive errado esse tempo todo e deuses são mesmo diferentes de anjos. Anjos trabalham para deuses? Para um deus? Os deuses formam um grupo coerente? Eles estão no mesmo nível que os demônios ou estão acima deles? Quantas dúvidas básicas para um dos últimos episódios, senão o penúltimo. A maioria não será respondida, isso é certo e é uma pena. E mais do que isso, fico em dúvida se eles foram lá para conter Bahamut, lutar contra ele ou genericamente se opôr a ele de qualquer forma, porque Cérbero (aquela menininha que costumava trabalhar para Azazel) apareceu junto a eles e ela parecia tão feliz quanto sempre. Outros deuses pareceram exibir uma expressão grave, mas não dá para dizer a essa altura se é de preocupação ou de antecipação. Terão os deuses trabalhado secretamente para o retorno de Bahamut também? Acho isso muito improvável, mas deixo aí a dúvida no ar. Quero dizer, eles assistiram silenciosamente conforme a Chave Transcendental (também conhecida como Amira) era absorvida pelo Grande Mal. Não podiam ter feito nada? Aquela cena durou uma eternidade, eles não poderiam mesmo ter feito nada?
Saldo final: Favaro morto, Amira absorvida pelo Bahamut (instantes depois de pronunciar o nome de Favaro uma última vez), Baco e Hansa derrotados, Joana D’Arc lamentando seus pecados, Michael, Uriel e Raphael mortos, e claro, Kaisar caindo. Gabriel não deu o ar de sua graça (ela não havia prometido guerra? Ou com guerra ela quis dizer “vamos todos manter a barreira de Bahamut”?), mas para ser justo Belzebu também havia prometido guerra mas só ele e Martinet estão lá. Mas nada disso importa. No próximo episódio Favaro vai de alguma forma enfiar sua espada-de-pelo-do-Bahamut na cabeça do Bahamut e derrotá-lo de uma vez por todas. Com um pouco de sorte, e acredito que ele a terá, Amira será salva com isso. Que acha? Final mais feliz que comercial de margarina, e eu nem ganho o que o roteirista deve ganhar para escrever isso.