The Reflection – Primeiras impressões
Quem achou que todos os animes de Julho já haviam sido lançados se enganou. Recentemente tivemos a estreia de uma das produções mais curiosas e interessantes dessa temporada: The Reflection. Conhecido popularmente como o “anime do Stan Lee”, parece que ele não tem apenas o nome no projeto. Ele está muito envolvido e animado com essa série, inclusive participando através da narração dos episódios e trailers!
Só ter Stan Lee no nome já é um motivo para atrair a atenção dos fãs de quadrinhos. Para quem não conhece, ele é um dos principais nomes na Marvel, responsável por criar personagens clássicos como Homem-Aranha, Homem de Ferro e Hulk. Por conta disso, o próprio visual do anime tem uma cara mais parecida com as histórias de quadrinhos. A princípio existe um estranhamento, já que foi escolhido um estilo meio minimalista ao invés dos clássicos olhos grandes que estamos acostumados.
Tanto os personagens quanto o ambiente não são muito detalhados em relação às cores, optando apenas por usar as principais e de maneira sólida. Também não existe quase nenhum tipo de degradação de tons, parecendo com que a imagem esteja chapada. Além disso, a trilha sonora me surpreendeu bastante, levando para um anime temas heroicos, bem ao estilo “Vingadores” dos cinemas.
Em relação a história, eu achei bem legal a forma como foi mostrado o ponto de vista das pessoas em relação aos heróis. Acho que se existissem super-poderes, teríamos uma abordagem semelhante a que foi apresentada: imprensa, pessoas curiosas, governo e outros elementos que podem enriquecer a trama futuramente.
Confesso que senti um pouco de falta de originalidade nos personagens se formos pensar em outros trabalhos de Stan Lee e da Marvel como um todo. O robô I-Guy parece uma referência ao Homem de Ferro, o herói com um X vermelho no rosto me fez lembrar de X-Men a todo momento e a própria figura do governo é bem parecida com a S.H.I.E.L.D. Até mesmo os vilões têm cores, poderes e se comportam como vilões genéricos de histórias de super heróis.
Mesmo que eu reclame de originalidade, é difícil fazer algo que não seja semelhante a outra coisa que já foi criada, ainda mais quando se trata de um gênero abrangente como esse. Aliás, tudo isso pode ser apenas referências a outras obras, então não entenda como uma reclamação.
Uma das personagens que mais me chamou atenção foi a garota fotógrafa, que também tem poderes. Ela pode se tornar o intermediário entre os super-heróis que usam capa e combatem ao crime e as pessoas normais que não fazem ideia do que está acontecendo. Nesse episódio já vimos que ela está investigando alguma coisa, que deve estar ligada à origem disso tudo.
Enquanto assistia, eu havia criado a teoria de que todos que foram atingidos pela fumaça (que inclusive lembra a origem dos Inumanos nos quadrinhos) tiveram seus rostos ou corpos desfigurados. Por isso os vilões tinham aquela aparência e os heróis usavam máscaras ou armaduras, mas essa garota acabou com a minha teoria.
Eu estava com um pé atrás em relação aos traços do anime, mas até que isso não foi problema pra mim. Eu gostei desse visual minimalista e acho que funciona para a proposta. De qualquer forma, já é um bom diferencial e chama atenção independente que seja de forma negativa ou positiva. A história também deve se desenvolver abordando como os heróis são vistos e as consequências do evento que mudou a vida deles. Acredito que foi uma boa estreia, bem movimentada em termos de ação e pode surgir muita coisa interessante.
Enquanto My Hero Academia tem o PLUS ULTRA, The Reflection tem EXCELSIOR!