Não julgo quem pula o começo de um episódio de Black Clover e vai direto para a abertura ou até passa ela, porque é só enrolação e ainda demora. Deixando isso de lado, o episódio em si foi até um pouco divertido e teve uma coisa interessante, mas foi tudo tão básico e lento com uma direção preguiçosa que irritou e, ao meu ver, tornou esse o pior episódio do anime até aqui. Ao menos tem a personagem nova que se você não odiar de cara pode com o tempo te animar para ver o anime.

Confesso que gostei mais dessa parte no mangá, porque além de ter adaptado apenas um capítulo esse episódio também acrescentou a parte das cartas – que ao meu ver só serviu como enrolação mesmo, apesar de fazer sentido diante de tudo o que foi construído até aqui quanto ao orfanato e a vida dos garotos – e manteve a lentidão – bem chata por sinal – incomum para um battle shounen.

Pelo menos o Yuno apareceu e foi legal ver mesmo que um ínfimo paralelo entre as experiências dos dois garotos no exército. No mangá isso não ocorre então torço para que o anime promova esse “filler saudável” e dê mais tempo de tela ao Yuno – que acho um personagem melhor que o Asta.

“Eu tenho nome. É Yuno, mas nem precisa lembrar dele agora, pois logo todos o conhecerão!”

O que dizer da nojentinha da Noelle? Olha, como não se vive de futuro – eu acho que no mangá ela tem um crescimento e desenvolvimento muito bons e espero que o anime retrate bem isso –, pegando o presente dá para dizer que ela é um ótimo exemplo de que mesmo com sangue nobre se a pessoa não tem habilidade com magia ela acaba sendo excluída e subvalorizada nessa sociedade.

Normalmente seria assim, mas ao adentrar no esquadrão de desajustados ela, por também ser uma desajustada que não sabe controlar sua magia, pode encontrar um lugar em que as pessoas a aceitem e a vejam como a Noelle, e não como uma integrante da realeza relegada ao ostracismo.

De sangue real e magia animal, ela pode ser boçal, mas o Asta é legal!

O tema em si é muito bom e essa é a personagem com o drama certo para tratar do assunto, o problema foi o maniqueísmo usado para fazer a gente se sensibilizar com ela logo após ela ter sido bem escrota. Acho que se balanceassem isso, se não tornassem tão apelativo como foi, essa parte teria sido melhorzinha. Não duvido que muita gente tenha odiado ela logo de cara por conta disso.

De toda forma, acho interessante o que se pode trabalhar com essa personagem e, se ela ainda não se mostrou carismática vai ter sua chance agora, pois acredito que com o passar do tempo ela deve ir se aproximando do Asta e ir mudando. Não dá para a heroína ser um pé no saco, né! Ou dá?!

Isso foi pesado 😭, meu deus!

É um desenvolvimento que pode ser benéfico para a história e deve aprofundar o questionamento da importância da magia nesse mundo e da diferença de classes que ela agrava para ter o efeito que eu imagino que seja o proposto. Fico mais curioso para saber se a direção vai melhorar a mão e conseguir passar bem os dramas e adversidades desses personagens, que mesmo não sendo complexos ou tão pungentes ainda são pontos fortes do mangá. Ainda há esperança, amigos!

Sim, a gritaria do Asta foi de novo muito irritante, e pior ainda por contrastar com uma gritaria não incômoda como a do Magna. Como já disse antes, até saber gritar direito o dublador tem que saber, então ou o Asta para de gritaria idiota ou o dublador aprende a gritar direito senão isso vai encher o saco todo santo episódio desse anime! Tem gente que já virou hater só dessa gritaria…

Só espero que essa expressão triste dê lugar a muitos sorrisos sinceros e bonitos!

Outra coisa irritante e boba é a necessidade de praticamente em toda hora que um personagem aparece ele ter que reforçar a sua piada, como se ele não conseguisse ser mais que isso. Espero que isso seja aliviado daqui em diante – se não me engano no mangá isso já diminuiu faz tempo –, porque o público já entendeu que tal personagem dos Touros Negros é assim ou assado, não precisa jogar isso na cara toda hora – até em hora que ele nem aparece na tela, tenha paciência!

Ao menos fico com a esperança de que o anime possa vir a trabalhar diversos aspectos dessa sociedade construída em cima da magia através do passado da Noelle e da relação dela com o Asta e seus companheiros. Também fico na expectativa de que as coisas fiquem mais movimentadas com a primeira missão dos dois, pois já passou da hora do anime pisar no acelerador e arrepiar!!!

Coradinha de vergonha ela é fofinha ❤, admitam!

Ainda assim, chamo atenção para o ritmo lento, adaptaram 5 capítulos em 7 episódios e mesmo com a desculpa de ir construindo melhor o mundo isso não se mostrou eficiente ou não tirou leite de pedra de uma história a qual não tinha muito o que se tirar mesmo. Isso é o que mais me incomoda nesse anime, pois ele pode liquidar uma obra que é divertida e tem os seus méritos mesmo sendo bem clichê e simples. Acorda Pierrot e vê se melhora o anime de uma vez por todas!

Fico por aqui agora, agradeço a atenção de quem leu e até mais!

Cena bonita e simbólica. O básico que acerta sempre!

P.S.: Adorei a Crunchyroll ter adicionado a tradução da abertura e do encerramento, que façam mais isso em outros animes e que continuem a fazer isso nesse. No final do petit clover o Asta fala “touzoku” que significa ladrão e não pobre como na legenda, “kaizoku” que significa pirata (por isso ela aparece vestida de pirata) e não safada, e “kazoku” que significa família e aponta para a Noelle que entendeu que ele queria era formar uma família com ela e por isso ficou toda envergonhada. Então não, não era pobre, safada ou calabresa, foi uma adaptação infeliz mesmo. No final, esse momento serviu só para elogiar e reclamar da CR, nada na vida é perfeito, né rs…

Letras simples e boas. Agora só falta o anime ficar bom, pois simples ele já é até demais!

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