Nanatsu no Taizai: Imashime no Fukkatsu – ep 7 – As memórias da Diane
Memórias. Com certeza este episódio versou sobre esse tema. Primeiro, o Gowther apagou as memórias da Diane – aparentemente as dos últimos dez anos –, depois, fomos a fundo nas memórias da gigante afim de conhecer melhor o seu passado, quem ela era antes de entrar nos Sete Pecados. Aproveito o momento oportuno para admitir minha curiosidade: o quão memorável será está obra?
Ainda não há resposta para tal questionamento, é verdade, mas torço para que seja “muito”.
Voltando ao episódio, em sua maior parte ele foi preenchido pelo passado da Serpente da Inveja, não havendo nada de muito interessante a se pontuar além disso. Talvez o fato do Gowther não ter aprendido a sua lição, já que fez mais um experimento – agora com a companheira de ordem –, possa vir a aproximar ou afastar os dois, e o mesmo vale para o King – afinal, tudo o que afeta a sua amada também afeta a ele. Ademais, foi possível ver na atitude do Meliodas um traço muito comum em obras japonesas – o que acredito ser um reflexo do modo de pensar e agir desse povo –, que é o compromisso de zelar por um subordinado. Meliodas é o capitão dos Sete Pecados Capitais e, como tal, sempre que vê um companheiro com problemas assume a responsabilidade de ajudá-lo. Isso é bonito de ver, é bacana, e promove a sensação de união entre esse grupo cada vez mais ramificado.
Ao ler esse trecho contando o passado da Diane no mangá confesso que não parei para pensar se o background dado a ela era raso ou não, mas avaliando e reavaliando isso no âmbito pessoal esse momento foi sim interessante e até aproveitou para justificar a fixação que ela tinha pelo Meliodas no começo da obra, e também para mostrar como ela era diferente das gigantas próximas a ela – e de certa forma diferente de todo o seu povo dadas as experiências que viveu. No que tece ao mundo sendo expandido ao conhecermos um pouco mais sobre o Clã dos Gigantes, isso foi minimamente bem feito, pois apesar de parecer “raso”, como a Matrona bem disse, os gigantes vivem pelo orgulho e pela força, são guerreiros que dão sentido às suas vidas no campo de batalha. Sendo assim, não é estranho uma mulher liderar o Clã se ela for a mais forte, não é estranho ela ter suas “protegidas”, não é estranho a organização do Clã aparentar ser bem mais simples do que ocorre com os humanos ou com os demônios – nem falo do Clã das Fadas, pois a coisa lá parece ainda mais centrada apenas em uma figura, a do Rei. Não digo que a caracterização dos Clãs em Nanatsu no Taizai é super bem feita e interessante, pois não é, pelo contrário, ela poderia ser bem melhor – poderiam haver mais personagens relevantes dentro dos Clãs e uma explanação maior sobre como funcionam –, mas dentro do necessário para o momento e se levarmos em conta a “natureza” da obra é o suficiente.
A história dela não foi retratada de forma ruim e nem exatamente boa, não tem um forte apelo dramático como a do Ban, mas também envolve perdas e erros. O que me incomodou foi a direção simples e, de certo modo, preguiçosa que não caprichou em cenas que poderiam ter um impacto maior. Ela não aproveitou para tentar melhor o material original, mal conseguindo transportar as páginas para a tela, na verdade, sendo mediana até nisso. Enfim, esse não foi um episódio lá muito interessante e nem pareceu acrescentar nada à história no momento, mas teve a prévia mostrando uma luta dela contra os Dez Mandamentos, aí espero que o anime ter gastado esse tempo todo com a Dina se mostre útil, pois é no presente que ela precisa recuperar suas memórias, se certar com o que ela tiver deixado para trás em seu passado e lutar ao lado de seus companheiros contra o Clã dos Demônios. Me despeço com a impressão de que este episódio até poderia ter sido memorável, mas foi no máximo não completamente esquecível, o que é uma pena, mas não põe a perder um anime que está razoavelmente bom e é divertido. Que venha a Terra Sagrada dos Druidas e mais da Diane!