Memórias. Com certeza este episódio versou sobre esse tema. Primeiro, o Gowther apagou as memórias da Diane – aparentemente as dos últimos dez anos –, depois, fomos a fundo nas memórias da gigante afim de conhecer melhor o seu passado, quem ela era antes de entrar nos Sete Pecados. Aproveito o momento oportuno para admitir minha curiosidade: o quão memorável será está obra?

Ainda não há resposta para tal questionamento, é verdade, mas torço para que seja “muito”.

Ele já tava merecendo esse soco faz um bom tempo…

Voltando ao episódio, em sua maior parte ele foi preenchido pelo passado da Serpente da Inveja, não havendo nada de muito interessante a se pontuar além disso. Talvez o fato do Gowther não ter aprendido a sua lição, já que fez mais um experimento – agora com a companheira de ordem –, possa vir a aproximar ou afastar os dois, e o mesmo vale para o King – afinal, tudo o que afeta a sua amada também afeta a ele. Ademais, foi possível ver na atitude do Meliodas um traço muito comum em obras japonesas – o que acredito ser um reflexo do modo de pensar e agir desse povo –, que é o compromisso de zelar por um subordinado. Meliodas é o capitão dos Sete Pecados Capitais e, como tal, sempre que vê um companheiro com problemas assume a responsabilidade de ajudá-lo. Isso é bonito de ver, é bacana, e promove a sensação de união entre esse grupo cada vez mais ramificado.

Essa é a Diane ralhando comigo dizendo que não há tempo desperdiçado em Nanatsu!

Ao ler esse trecho contando o passado da Diane no mangá confesso que não parei para pensar se o background dado a ela era raso ou não, mas avaliando e reavaliando isso no âmbito pessoal esse momento foi sim interessante e até aproveitou para justificar a fixação que ela tinha pelo Meliodas no começo da obra, e também para mostrar como ela era diferente das gigantas próximas a ela – e de certa forma diferente de todo o seu povo dadas as experiências que viveu. No que tece ao mundo sendo expandido ao conhecermos um pouco mais sobre o Clã dos Gigantes, isso foi minimamente bem feito, pois apesar de parecer “raso”, como a Matrona bem disse, os gigantes vivem pelo orgulho e pela força, são guerreiros que dão sentido às suas vidas no campo de batalha. Sendo assim, não é estranho uma mulher liderar o Clã se ela for a mais forte, não é estranho ela ter suas “protegidas”, não é estranho a organização do Clã aparentar ser bem mais simples do que ocorre com os humanos ou com os demônios – nem falo do Clã das Fadas, pois a coisa lá parece ainda mais centrada apenas em uma figura, a do Rei. Não digo que a caracterização dos Clãs em Nanatsu no Taizai é super bem feita e interessante, pois não é, pelo contrário, ela poderia ser bem melhor – poderiam haver mais personagens relevantes dentro dos Clãs e uma explanação maior sobre como funcionam –, mas dentro do necessário para o momento e se levarmos em conta a “natureza” da obra é o suficiente.

Uma pena ela ter morrido, mas era meio que necessário para o “amadurecimento” da Diane.

A história dela não foi retratada de forma ruim e nem exatamente boa, não tem um forte apelo dramático como a do Ban, mas também envolve perdas e erros. O que me incomodou foi a direção simples e, de certo modo, preguiçosa que não caprichou em cenas que poderiam ter um impacto maior. Ela não aproveitou para tentar melhor o material original, mal conseguindo transportar as páginas para a tela, na verdade, sendo mediana até nisso. Enfim, esse não foi um episódio lá muito interessante e nem pareceu acrescentar nada à história no momento, mas teve a prévia mostrando uma luta dela contra os Dez Mandamentos, aí espero que o anime ter gastado esse tempo todo com a Dina se mostre útil, pois é no presente que ela precisa recuperar suas memórias, se certar com o que ela tiver deixado para trás em seu passado e lutar ao lado de seus companheiros contra o Clã dos Demônios. Me despeço com a impressão de que este episódio até poderia ter sido memorável, mas foi no máximo não completamente esquecível, o que é uma pena, mas não põe a perder um anime que está razoavelmente bom e é divertido. Que venha a Terra Sagrada dos Druidas e mais da Diane!

Adoro a Matrona e irei protegê-la! Que ela seja “revivida” em 3, 2, 1…

Comentários