Tate no Yuusha no Nariagari (Mangá) – Quando o que resta é o ódio, a vingança e a insegurança
Tate no Yuusha é mais uma dessas obras com o tema isekai (temos um artigo que explica e recomenda obras com esse tema), assim como Re: Zero e Knight’s & Magic que tiveram anime recentemente. Mas é claro que apesar de ter esse tema em comum, Tate no Yuusha é uma obra um pouco diferente das outras desse novo gênero. Geralmente temos protagonistas amados, extremamente fortes e que se tornam heróis com uma facilidade estranhamente grande. Nesse caso, temos algo completamente diferente, assim como mostra o título. Com elementos de fantasia com muita ação, estratégia e drama, a obra acaba fugindo dos clichês que outras produções que possuem como tema central o fenômeno isekai têm e por isso acaba sendo uma boa pedida para quem está cansado de tantas histórias similares demais.
Em Tate no Yuusha, o protagonista chama-se Iwatani Naofumi e é um universitário que acaba sendo invocado enquanto lia um livro de fantasia que contava uma história sobre 4 heróis. Esse livro pertencente a uma biblioteca comum tinha um porém, a página onde falava sobre um dos heróis estava em branco. A história do livro contava que cada herói tinha uma arma principal diferente e que definia qual era o “nome” do herói; os heróis presentes eram o: da espada, da lança, do arco e o do escudo. A página em branco era do herói do escudo e é aí que a história começa.
Naofumi percebe que após ser invocado, encontra-se num castelo junto com outros 3 caras. Sua nova situação? Ele é escolhido pelo destino como o herói do escudo e junto com seus “companheiros”, deve salvar aquele mundo das catástrofes iminentes que trarão o fim da humanidade. E é claro que se fosse apenas isso seria ótimo, afinal, de cara ele tem apoio da coroa, recebe um belo patrocínio, uma bela princesa e pessoas que o ajudam a evoluir afim de ter força o suficiente para cumprir sua função. Porém, infelizmente as coisas acabam não saindo como esperado e Naofumi se encontra numa situação desesperadora. Perdeu tudo que tinha recebido do rei, acaba sendo odiado pelo povo e visto como um criminoso, tudo isso fruto de uma armação por parte de pessoas mal intencionadas e supersticiosas. E o que resta? Bom, acho que nós já sabemos, não é mesmo? Mas a história não para por aí e o que realmente a torna interessante é a evolução de Naofumi.
Novos personagens irão aparecer, Naofumi terá que se adaptar a nova realidade e lutar para sobreviver, muitas situações boas e ruins acontecerão e ele terá que extrair o máximo de aprendizado possível para poder evoluir com cada uma delas. Ver o seu desenvolvimento é algo muito interessante por conta de tudo o que acontece e as influências que causam essas mudanças também. E uma coisa é certa: nem Naofumi e muito menos aqueles que o prejudicaram são “santos”, mas ver a justiça sendo feita nessa obra é algo extremamente gratificante. Seu poder com o escudo é algo extremamente bem explorado na história, alguns detalhes possuem uma abordagem similiar aos RPGs em alguns aspectos, a arte casa bem com o tema e os personagens (aliados do Naofumi) são bem carismáticos e inevitavelmente você acaba gostando de todos eles. Tudo isso acaba tornando a experiência bem interessante e intrigante por conta dos segredos que esse mundo possui, assim como os desafios que surgem.
Por fim, não podemos esquecer que a obra teve um anúncio para anime.O estúdio encarregado é o Kinema Citrus (Barakamon, Made in Abyss e etc). Caso queriam ler mais sobre, a obra possui uma versão mangá (pouco mais de 40 capítulos em português), light novel com 18 volumes (12 deles dá para adquirir pela Amazon estadunidense). A web novel já acabou e está disponível em português, e saiba que a partir do volume 4/5 a história da light novel e da web novel divergem em vários aspectos.