Outro ótimo episódio de Harukana Receive! Esse comentário não está ficando redundante? Esta, mas isso passa longe de ser um problema. Uma treinadora demônio suprema, um clube de esportes novo, um reencontro em lados opostos para relembrar uma promessa. Foi em cima desses acontecimentos que a história avançou e a areia foi preparada para o que está por vir. A juventude e o verão são duas faces da mesma moeda, e é com os dois ao lado que as garotas do clube de vôlei vão brilhar na areia!

Marissa-sensei é uma verdadeira valquíria do vôlei, e a prova disso é que ela não é só uma treinadora bem-sucedida, mas uma mãe dedicada e uma formadora atenciosa. Deixando de lado dramas de pais problemáticos, o anime foca no que realmente importa, no treinamento para o próximo torneio, mas sem esquecer de trabalhar as personagens enquanto isso. Em um anime é importante se encontrar o equilíbrio entre a ação e a razão – os trechos em que o tema é posto em prática e os trechos em que não –, e Harukana faz bem ao não destacar um sem motivo e privilegiar outro quando assim convém.

Lembram que a Kanata perdeu a mãe? Esse abraço não foi por acaso, né…

Nesse episódio o trecho de treinamento serviu mais para indicar uma coisa que faltava para a Haruka e a Kanata do que para torná-las hábeis a ganhar títulos, isso porque a Marissa viu que já há uma boa conexão entre as duas, mas faltava traduzir isso na areia ao sincronizar as formas de pensar e agir de cada uma. Para isso a ideia não era a de dividir as responsabilidades na areia distribuindo todo o peso pela execução de um especifico fundamento para cada uma, mas compartilhar esse peso ao dividir as responsabilidades de uma forma não especifica, mas que visasse a eficiência delas como uma equipe.

Se elas compartilham a vitória têm que compartilhar o esforço também!

Isso é algo que o atleta deve sacar melhor com a experiência dos jogos, mas elas não vão ter tempo para isso até o torneio, então começar esse treinamento de primeira já visando trazer a química das primas para dentro das quatro linhas foi um acerto da Marissa. Além de que, isso deu abertura para que elas falassem do passado e o público pudesse ver um pouco mais da origem da amizade entre as garotas do Éclair e a Kanata, assim como com a Narumi – uma presença constante, mesmo distante.

O ano termina e a tradição de visitar o santuário para fazer pedidos e tirar a sorte não poderia faltar em um anime esportivo. Mais um clichê bem tranquilo de ver em tela e que encaixou perfeitamente bem com o que veio a seguir, afinal, faz muito sentido garotas viajarem para visitar seus parentes na data e terem que fazer escala em alguma cidade. E quer uma cidade melhor que a das protagonistas?

Só eu fico muito feliz ao ver duas crianças tão dedicadas a algo tão bacana quanto o esporte?

Em um episódio no qual algumas personagens relembraram a infância e exaltaram a juventude – de forma consciente ou não –, por meio de atitudes e sensações que a caracterizam – tomar um sorvete após fazer exercício, falar do passado com nostalgia, se animar com os novo desafios a frente, etc – ; quer coisa mais jovial que repentinamente partir para encontrar alguém, mas sair do carro no meio do caminho e correr a plenos pulmões, tentando alcançar aquela pessoa especial antes dela partir? É isso o que é legal nesse anime, ele nunca fica sempre só no falatório. O tema dos episódios sempre reflete em uma ação prática que também tem sempre um desfecho bem interessante e construtivo para as personagens. Dessa vez foi a Kanata que pôde reafirmar o que repousava em suas memórias.

Frase clichê, sorriso clichê, satisfação clichê, mas maravilhosa! 

Ao menos até agora foi sempre assim, tanto que mais uma vez o desfecho foi o melhor possível, com uma Narumi que recebeu bem os sentimentos da amiga e correspondeu a eles mesmo sendo alguém de personalidade passiva – um dos motivos pelos quais ele teve dificuldade em ajudar a Kanata no passado e ainda não conseguiu se reaproximar no presente. Isso ficou claro até pela forma como ela respondeu ao que a Kanata disse, com um gesto que dada a afinidade delas ficou fácil de entender, e por não ter se virado para trocar um olhar sequer. O que foi bom para elevar o nível de importância do encontro que elas devem ter depois da competição. Um encontro não de atletas de vôlei, mas de amigas que ainda amam o esporte que as uniu e – apesar de terem seguido por caminhos diferentes – podem sim continuar sendo boas amigas com proximidade e relevância na vida uma da outra. Sem esse final o episódio teria sido bom, mas com ele foi ótimo. É como se o anime tivesse prometido ser muito bom do início ao fim e, assim como a Kanata e a Narumi, estivesse se esforçando para cumprir.

Estão ansiosos para o que está por vir? Faltam 4 dos 12 episódios prometidos, um torneio para jogar e uma amizade a ser reatada; o que já é mais que o suficiente para me animar. Até o próximo artigo!

Harukanaservice

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