Kaguya-sama wa Kokurasetai: Tensai-tachi no Renai Zunousen – Amor é guerra – Primeiras impressões
Kaguya-sama é um anime produzido pelo estúdio A-1 Pictures como também é a adaptação do mangá de mesmo nome. Com os gêneros de romance, comédia e psicológico, a obra retrata a guerra entre dois gênios que buscam apenas uma coisa: vencer no amor. O problema é que essa vitória no amor vem de um conceito um pouco “estranho” em que aquele que se confessa será submisso e o que recebeu a confissão, o “grande ganhador”. E com essa guerra no mínimo curiosa, tivemos uma ótima estreia sobre essa obra que eu particularmente tanto gosto (fiz uma resenha sobre o mangá também).
A história se passa na Academia Shuchiin, uma academia da elite onde os filhos das famílias ricas e os melhores alunos do país estudam. Lá no topo da Academia temos duas figuras importantes: Shinomiya Kaguya, vice-presidente do conselho estudantil e Miyuki Shirogane, presidente do conselho estudantil. Ambos são gênios e se destacam em suas áreas e por isso, estão sempre mostrando que merecem estar em tal posto. O problema é que, após um tempo trabalhando juntos, eles desenvolveram sentimentos amorosos pelo outro e ao invés de se confessarem, ambos começam uma guerra para fazer o outro lado se confessar.
E bom, a forma como a obra funciona é bem interessante e divertida. Cada passo, atitude ou comentário dos dois é friamente calculado para colocar “pressão” no outro lado e assim, conseguir a vitória. Por isso, temos algumas esquetes durante o episódio para fluir melhor e claro, ajudar a proposta da história. E claro, também temos outros personagens que não só compõem o elenco como também são uma ótima adição para a história ao trazer não só comédia como também interferir nessa guerra (ainda que não seja de propósito).
Logo nesse episódio inicial tivemos a aparição da secretária Fujiwara Chika, melhor amiga da Kaguya. Ela é do tipo oposto ao dos outros dois, mas mesmo assim mostrou ter um papel interessante na história ao interferir sem querer nas batalhas entre os gênios. Em uma das esquetes, ela conseguiu despertar o ciúmes da Kaguya com ações simples e normais, das quais o orgulho de Kaguya não deveria atrapalhar (talvez ela teria um pouco de vergonha apenas) e no fim, quem sentiu-se “pressionado” foi o Shigane, que percebeu a insatisfação, mas não entendeu. E o melhor de tudo é que alguns mal-entendidos acontecem aos montes por conta de pensamentos equivocados dos dois e é claro, alguns são frutos das ações da Fujiwara, ou seja, todo e qualquer detalhe coopera para que essas batalhas tenham um vencedor.
No fim, além da história, a direção também foi ótima e bem criativa. Senti-me vendo um anime do estúdio Shaft, por conta da direção diferente do “normal” e não pelo estilo. E se tivesse que colocar algum ponto negativo, gostaria de indicar a opening, que sinceramente não parece casar com a proposta da obra e sequer parece música de abertura (teria ficado melhor sendo um encerramento).