Concrete Revolutio, Shingeki! Kyojin Chuugakkou, Kagewani – Primeiras impressões
Continuando o incansável trabalho de desbravar os novos animes da temporada de outubro para que você consiga escolher o que assistir com uma base mais sólida do que as curtas e crípticas sinopses reveladas e as imagens e vídeos de divulgação que frequentemente escondem detalhes importantes ou enganam pura a simplesmente. Às vezes nem conhecer a obra na qual um anime é baseado (quando é o caso), como mangás ou games, é garantia de saber o que esperar de um anime. Antes desse, os seguintes artigos de primeiras impressões já foram publicados, e outros continuarão sendo, fique ligado:
- Young Black Jack, Lance N’ Masques e Heavy Object
- Gundam: Iron-blooded Orphans, One Punch Man e Utawarerumono
- Comet Lucifer, High School Star Musical e Rakudai Kishi no Cavalry
Nesse artigo falo o que achei de Concrete Revolutio, Shingeki! Kyojin Chuugakkou e Kagewani, e você decide baseado nisso se vale a pena tentar assistir ou não. Ou se já tiver assistido pode compartilhar a sua própria impressão nos comentários para ajudar quem quer que leia esse artigo depois. Um deles é um anime de episódios curtos mas deveria ser longo, outro é de episódios longos mas deveria ser curto, e os três têm estilos visuais que se destacam da maioria. Leia abaixo minhas primeiras impressões sobre esses três animes!
Concrete Revolutio, episódio 1 – Eu te conto o que aconteceu
Com um estilo visual fabuloso, que lembra vagamente Kekkai Sensen (o episódio doze finalmente saiu! Em alguns dias publico meu artigo sobre ele) sem ser tão cartunesco, e certamente mais colorido e menos sombrio. Talvez uma comparação melhor seja Punch Line? Bom, esse é ainda mais cartunesco. Acho que já dá para começar a ter uma ideia, não é?
Sei de gente que assistiu e não entendeu pela primeira vez, não entendeu tudo ou simplesmente não entendeu nada. Se você assistiu e não se encaixa em nenhum dos casos, parabéns! Pode até me corrigir caso eu diga alguma bobagem. Mas é bem simples, mesmo: a narrativa desse primeiro episódio não foi linear. Ele alternou entre dois momentos com cinco anos de diferença entre eles para revelar com o máximo de impacto (embora possa não ter funcionado muito bem se tanta gente assim não entendeu) a relação entre os principais personagens, bem como o cenário onde a história se passa.
A dica está logo no começo, quando ele mostra quadros em dois momentos chave com as datas: ano 41 da Era Shinka e ano 46 da Era Shinka. Essas “eras” aí são apenas uma forma tradicional japonesa de se referir à passagem do tempo de acordo com a passagem dos imperadores. A propósito, estamos atualmente na Era Heisei. Era Shinka não existe, servindo como um indicativo de que o anime se passa em um futuro não especificado. O importante são os anos (que mesmo no sistema tradicional são anos normais) que indicam a passagem de tempo. Depois disso o anime não mostra mais as datas, mas há dicas visuais (envelhecimento e vestimenta dos personagens, além do clima) que indicam quando ele alterna entre passado e presente (estou assumindo que a história do anime se passará a partir do ano 46, sendo ele portanto o “presente”, com eventuais flashbacks mostrando o que aconteceu para levar de uma situação a outra).
Colocando em ordem cronológica, no ano 41 Jirou abordou Kikko para que ela o ajudasse a frustrar o plano do Planetario S (não sei se essa tradução está correta, mas a usarei mesmo assim) e, contra a vontade dela, livrar-se de Grosse Augen. Imediatamente após isso, ela se uniu ao Escritório Super-Humano, do qual Jirou fazia parte. Cinco anos adiante, no ano 46, Jirou está sendo perseguido pelo Escritório Super-Humano, e quando Kikkou finalmente o alcança, ela descobre que ele não havia matado o homem que servia de hospedeiro para Grosse Augen, ao invés disso oferecendo-lhe o corpo do Planetário S recém-capturado para que com ele se fundisse e não apenas continuasse vivo como continuasse combatendo super-vilões.
Parece mais fácil agora? É só um começo de história. Na verdade, de história mesmo foi bem pouco. Dependendo de quanta importância o anime der para o que aconteceu entre os anos 41 e 46 essa importância pode ser maior ou menor, mas nada muda o fato de que a história que importa é a que será contada a partir de agora, com essas relações e conflitos estabelecidos entre a Kikko e o Jirou. A animação é boa, as cenas de ação são divertidas, gostei dos personagens e do estilo visual, estou sinceramente interessado em continuar assistindo até o fim para ver no que vai dar.
Shingeki! Kyoji Chuugakkou, episódio 1 – Piadas de nível primário
O título em japonês pode ser literalmente traduzido como: Atacar! Escola Titã. E isso é só uma curiosidade pra rechear as primeiras impressões desse anime. Bom, o que falar? É uma paródia de Ataque dos Titãs, então está adequadamente repleto de piadas que fazem referência ao anime original. Tantas que fica impossível para um não iniciado rir, a não ser que ele tenha algum nível de demência ou esteja, ele próprio, cursando o primário.
Porque além das piadas com referência à Ataque dos Titãs, Kyoji Chuugakkou preenche o resto de seu tempo com piadas escolares, mas não piadas sobre escolas, sabe, mas piadas tão infantis que são do nível que você fazia quando estava na escola. Admito que até achei a coisa toda engraçada, mas a menos que fique absolutamente sem nenhuma outra comédia de verdade para assistir não devo continuar com esse anime. Talvez se fosse uma série de curtas fosse bem mais interessante.
Kagewani, episódio 1 – Parque dos Dinossauros
O estilo visual desse anime com certeza não ajuda a torná-lo popular. E não é só por estilo. Há muito estilo também, mas claramente há bastante economia por trás dessa animação. A duração de pouco mais de sete minutos do episódio também não é muito promissora, mas é uma pena mesmo. No pouco tempo que durou, mesmo com essa arte (ou talvez tenha sido em muito por causa dessa arte) Kagewani conseguiu me deixar bastante tenso. Considerando que é disso que se trata o gênero terror em primeiro lugar, o anime já é um sucesso entre os seus. Eu reclamo apenas dele ter evitado demais se tornar gráfico; eu entendo que devem haver questões de censura envolvidas, mas se apesar de toda a tensão ele nunca der o passo final, aquele que realmente assusta e faz pular da cadeira, em breve estarei acostumado e nem toda tensão que ele puder produzir irá ter qualquer efeito em mim. O cenário em si é bem interessante: foi descoberta a existência de monstros gigantes que se parecem com dinossauros. Com efeito, a tensão desse primeiro episódio lembrou muito o primeiro filme de Parque dos Dinossauros, onde pessoas perdidas em uma selva nunca tinham como saber quando e de onde um predador gigante e voraz poderia surgir para clamar suas vidas. Vou continuar assistindo, acho uma pena ser uma série de curtas e de baixo orçamento, mas espero que pelo menos mostrem algumas mordidas nos episódios que virão.