Este episódio é um dos mais importantes do anime, pois explica o porquê de Uotani começar a respeitar tanto a mãe de Tohru. Na época foi um verdadeiro choque ter que admitir que a imagem da “Borboleta Escarlate” mudou para uma mãe amorosa e devota.

Claro, Uotani era muito nova na época, então ver aquilo lhe deixou com nojo, principalmente por conta de sua família ser tão desestruturada. O que não deu a entender foi se o pai dela já era alcoólatra antes de sua mãe abandoná-la ou se se tornou desse jeito por se tornar indesejado, porém acredito que ele já tinha tendências ao alcoolismo (hoje a Unotani controla quantas cervejas ele pode tomar, já que não é mais uma delinquente juvenil).

O episódio, de um presente vindo do coração, tornou-se muito melancólico, porém a partir dessa história, percebemos o quanto podemos mudar quando temos apoio de alguém que se ama muito, seja a pessoa da família ou não.

Também preciso discorrer sobre uma coisa: nem todas as crianças que estão em lares desajustados tornam-se rebeldes de fato. Conheço pessoas doces que os pais simplesmente não estão nem aí para elas. Sendo assim, a criança que recebe um tipo de tratamento diferente nem sempre fica ruim.

Claro que muita gente fica “da pá virada” por conta da família e não consegue conviver em sociedade sem entrar em brigas, que foi o caso de Uotani, que se tornou uma pessoa melhor, porém nem todos entram nesse quadro. É algo que as pessoas aprendem quando convivem com outras, e isso pode corrompê-las ou não.

As coisas ficaram complicadas desde quando Uotani era criança.

Acredito que, por Uotani ter se tornado uma pessoa completamente diferente daquela delinquente que era, que lutava só para sair do tédio e terminava toda estropiada, o pai dela decidiu ir ao médico se tratar. Mudanças em alguém da família geram confiança e uma melhor qualidade de vida.

Uotani hoje não quer ser mais delinquente, pois tem ciência de que não vale a pena arriscar a vida por algo que não lhe traz nenhum retorno. Quando conheceu Tohru, se sentiu totalmente revoltada, ainda mais por ver a mãe da protagonista tão melosa e amorosa. Foi totalmente anticlimático e sua visão de uma heroína se tornou distorcida.

A visão “respeitosa” que Uotani tinha da “Borboleta Escarlate” logo ruiu.

Hoje ela não se imagina sem a Tohru, muito menos sem as doces lembranças da mãe dela. Claro que demorou um tempo para perceber que aquilo que estava fazendo por si própria só lhe traria a ruína, como também demorou para perceber que aquilo seria uma fase importante na vida dela.

Hoje, esta é a pessoa mais importante de sua vida, juntamente com as boas lembranças da mãe dela.

Importante porque ela não tinha outra perspectiva da vida, a não ser sobreviver à base da violência e do terror psicológico, e idolatrar a “Borboleta Escarlate” era tudo o que precisava para continuar vivendo. A imagem da Tohru lhe deixou mais chocada ainda, principalmente porque a protagonista não se parece nada nada com uma delinquente, e mostrou o seu lado mais desastrado no dia do encontro entre elas.

O nojo aumentou quando Uotani viu a mãe de Tohru. Como a heroína dela virou aquilo? A diferença entre o comportamento de suas famílias era totalmente diferente, e o horror foi tomando conta da delinquente, até que decidiu ir para casa e voltar para o seu pai alcoólatra.

Uma lembrança ruim.

No episódio também mostra dois tipos de delinquentes diferentes: o violento e o que se acha violento, que é o caso do trio de delinquentes idiotas que encheram o saco o episódio inteiro. Acho que elas chegam a ser piores que o fã clube do Yuki, porque a idiotice delas está em um patamar maior. É aquela famosa frase que diz: “Não sei o que dizer, só sentir”.

Tadinhas.

Muito obrigada por ler este artigo até o fim, e nos vemos no próximo! o/

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