Fugou Keiji: Balance: Unlimited – ep 8 – Eis que o morto ressurge das cinzas como um vilão
Diz o ditado popular que em situações críticas, ou você mata, ou morre para por um fim a questão, mas e quando se opta pelas duas alternativas? Bom, a investigação sobre os Kambe nos leva a um novo patamar que joga com essa possibilidade e mais um pouco.
Shigemaru Kambe, o provável assassino e suicida, parece mais vivo que todos os personagens juntos e a primeira pista sobre a sua participação em todo o caso, vem nos flashbacks do pequeno Daisuke.
Não sei se a intenção da direção era deixar claro que o culpado era realmente o mais óbvio, pois na cena não tem nenhuma alteração de cor, ou ângulos confusos que mostram pouco, além da presença do menino como testemunha ocular direta.
O que eu percebi é que pareciam querer evidenciar o elemento, para mostrar que talvez a coisa não tivesse saída, por mais que eles descobrissem a fonte do problema, seguindo com o grande fator surpresa do dia – o que faz algum sentido no final do episódio.
Mesmo sabendo da culpa que apontava para seu pai – e quem sabe outros parentes -, Kambe em momento algum pensou em proteger sua família da lei, quaisquer que fossem as conspirações escondidas ali. Penso que justamente por achar que algo errado não estava certo, no meio de tantos ocorridos entre os dois e as convêniencias que se seguiram com suas mortes.
Uma vez capturado, eu achei que o Takei seria um pouco mais colaborativo com os seus colegas, fornecendo as informações necessárias, talvez por culpa ou pelo desejo de se limpar da sujeirada em que se meteu. Fiquei supreso ao ver que a sua covardia ainda era maior que a dignidade – ao menos inicialmente.
Só entendi o medo dele porque assim como a Imura e muitas outras vítimas, o chefe dele que tanto protegia o culpado, foi silenciado sem mais nem menos, ou seja, ele não precisa de motivos, apenas apaga depois que cada um serve ao seu propósito.
Outro mistério ao meu ver, é a marcação deixada na foto de família entre o Daisuke e seus pais, pois ali tem bem claro que o menino é considerado um “suposto” filho embora se assemelhe ao pai, já trazendo uma nova possibilidade dentro desse crime – no final pode ter sido só um negócio aleatório jogado, mas vai que tem a ver?
A Suzue foi pesquisar, a HEUSC apagou todos os registros possíveis em tempo recorde, sob o comando de um dos membros principais dos Kambe e ainda tem uma avó que pouco fala e se faz de desentendida – tem algo aí sim.
Acredito que ela sabe mais do que aparenta e talvez seja até uma das responsáveis pela ocultação das informações, afinal é uma das responsáveis pelo império da família e o escândalo proveniente dessa busca poderia afetar muita gente, principalmente o seu precioso neto – só que no caso desse, o resultado seria mais psicológico.
Se por um lado eles não saem do impasse pela limitação do que procurar, o Cho já tinha uma noção clara do resultado das coisas, no que achei uma pena logo ele ter morrido. Não posso dizer que foi uma surpresa, porque assim como eu disse nos outros artigos, o senhor já carregava a flag da morte desde que revelou ser mais esperto do que sua idade demonstrava – fora as declarações de que estava pronto para morrer, já ia se aposentar e coisas do tipo.
O veterano se colocou na condição de isca suicida, esperando que seu sacrifício selasse o destino do assassino, porém o Takei ainda me causou algum espanto, por se arrepender de todo o mal que fez no último segundo, algo que não esperei de alguém que se segurou por bem menos do que uma ameaça de morte direta e inevitável.
Quando o Shigemaru Kambe apareceu completamente vivo, são e poderoso, fiquei intrigado com o fato de ele estar vivo e ainda mais pelo seu ataque confuso a mansão, pois alguns elementos ficaram sem uma lógica clara.
Primeiro ponto, ele apenas exterminou os dois policiais, enquanto a Suzue foi incapacitada, porém permaneceu ilesa. Já que pretendia encobrir todos os seus rastros, porque o “zumbi” a deixaria viva, sendo ela um de seus caçadores?
Ponto dois, o que era o broche no terno do Takei? Seria uma câmera que pegaria a face do alvo diretamente para resolver o mistério? Como o assassino não apareceu diretamente – salve a barba mal feita e a faca -, ainda acho que esse Shigemaru é falso e a pessoa que o encarnou fez alguma alteração facial.
Se fosse mesmo ele desde o princípio, não fazia sentido algum ocultar a sua face por completo e deixando somente os olhos a vista, principalmente quando ele tem o controle da rede de dados mundial e todos já sabiam que ele era o responsável por tudo e estava invadindo a mansão.
Ponto três, como é que dois policiais treinados não deram conta de um qualquer, apenas com uma faca na mão? Ok, o Cho era um idoso e não devia estar com o físico tão preparado, mas o Takei não é tão velho e outra coisa, uma faca ainda é um objeto do qual ambos poderiam se defender naquele quarto imenso e cheio de objetos.
Bom, o que eu entendi disso é que eles apenas tinham que morrer pelos fatores brutalidade e tensão, para assim aumentar a carga dramática nos protagonistas, principalmente no lado do Katou que agora vai querer mais do que nunca pegar o safado que matou tanta gente e aquele que era seu maior exemplo.
Agradeço a quem leu e nos vemos no próximo artigo!