O episódio que encerra a tão maravilhosa atuação de Gakkou Gurashi nessa temporada de verão, foi bom. Nada além disso. Como fã declarada, eu esperava poder ver e sentir muitíssimo mais do que pude através do que me foi oferecido. Posso estar parecendo muito exigente, mas um final apenas “bom” para um anime que foi mais do que excelente durante a temporada inteira… não pode ser considerado exatamente um elogio.
Se semana passada a intenção era nos deixar desesperados com o frenético ritmo dos acontecimentos, dessa vez o episódio apostou em uma abordagem menos acelerada e mais emotiva. A cinematografia foi impecável e conseguiu transmitir sentimentos de uma forma que eu nem imaginava que fosse possível! Estamos acostumados a ver as salas destruídas e ensanguentadas, mas o trabalho de câmera nos fez enxergar essas mesmas cenas através dos olhos da Yuki e… olha… não tenho palavras que possam fazer jus ao quanto isso foi sensacional! Aliás, todas as questões que envolvem a Yuki sempre foram trabalhadas com um certo cuidado e isso nos passava a mensagem de que ela é muito frágil e que poderia ficar emocionalmente destruída, de forma irreversível, a qualquer momento. Então foi, no mínimo, surpreendente acompanhar essa incrível mudança de postura dela. E esse fator já contribuiu para despertar um sentimento de perseverança na Miki e, em nós, esperanças de que ainda há sim possibilidades de um belo final feliz!
Quem reclamou da calmaria do episódio passado deve estar completamente arrependido agora. O que eu não daria para que tivessem a piedade de ter deixado pelo menos alguns segundos com cenas leves?! Só para poder recuperar o fôlego por um breve momento…. Eu avisei que seria cruel, mas acho que nem mesmo eu, que estou registrando cada detalhe do que acontece desde o início da temporada, poderia ter noção da intensidade com que conseguiriam nos atingir. Em um primeiro momento, pode até parecer que simplesmente jogaram um monte de acontecimentos chocantes de forma descomedida, mas no fundo nós sabemos que isso não é verdade. Plantaram todas as dicas, detalhadamente, desde o começo! A construção do roteiro foi meticulosamente planejada para alcançar o clímax nesse episódio. Queríamos negar! Queríamos acreditar que seria diferente! E foi exatamente por isso que o desespero foi a nossa maior companhia, do início ao fim.
Sim, crueldade é exatamente o que estou vendo ser construído nesse anime e da maneira mais ardilosa possível. Eles (Masaomi Ando e companhia), estão usando estratégias muito perigosas que só podem estar visando acabar com a sanidade de quem está assistindo! Eu me deixei obcecar por esse anime desde o primeiro episódio, então já aceitei que sou um caso perdido: vou sofrer independentemente do que acontecer. Não me restam outras opções além de esperar pelas consequências que virão junto com o desenvolvimento dos fatos. Porém, mais uma vez optaram por usar o episódio para segurar a história e jogar as questões mais importantes em detalhes que passam despercebidos por quase todo mundo. (Ou por todo mundo que é normal e não fica vasculhando frame por frame para encontrar pistas…). Então, por incrível que pareça, há muitos pontos interessantes para serem discutidos nesse “filler necessário”.
Pelo visto aquele belo raio de esperança que transbordava dos olhos de nossas garotas no episódio anterior, durou bem menos do que seria aconselhável (para quem quer continuar assistindo sem ficar deprimido). É por isso que faço questão de reafirmar: assista torcendo para que tudo fique bem, mas tenha consciência de que a situação está ruim e a tendência é ficar muito pior. Não quero ninguém cortando os pulsos e/ou fazendo playlist de Evanescence por causa disso, tá? Este episódio revelou o grande segredo por trás da chave que pertencia à Megu-nee e colocou em primeiro plano uma discussão que pode (e com certeza vai) levar a história deste arco final por um caminho bem diferente do que estávamos esperando.
Sabe aquela sensação de que você está sendo iludido? De que não deveria confiar em tudo o que o seu coração quer acreditar? Pois é… Gakkou Gurashi tem feito muito isso comigo. Ver essas garotas alegres, colocando seus sonhos em cartas e querendo planejar o futuro como qualquer aluno normal, ansioso pelo momento de sua formatura, poderia querer; me fez pensar que talvez eu tenha sido muito pessimista todo esse tempo. Que eu estive esperando pelo pior enquanto, na verdade, deveria estar torcendo por um iminente final feliz. Quem sabe alguém vai encontrar essas cartas e vir resgatá-las? Quem sabe se os momentos de terror foram apenas sonhos ruins e, a qualquer momento, elas vão acordar e encontrar o “Clube de Vida Escolar” funcionando junto com as aulas, colegas e professores normais? Talvez todas vão ser felizes para sempre e o pior que poderia acontecer já passou?! Eu me sentiria melhor se conseguisse pensar assim, mas sei que esse não é o caminho que a história vai trilhar. As dicas estão por toda parte e quanto menos preparados estivermos para ver toda a obscuridade que está por vir, mais vamos sofrer. Até mesmo esse episódio, que foi o mais leve até o momento no que se refere ao uso da tensão, deixou claro que existe uma melancolia profunda acompanhando cada passo que as garotas dão.
O flashback de Miki, que havia começado no 4º episódio, finalmente terminou. Para quem esteve atento aos acontecimentos mostrados anteriormente e/ou acompanhou os nossos artigos, esse episódio não trouxe muitas novidades, mas várias confirmações. Isso não quer dizer que o episódio foi chato ou sem importância, pelo contrário! Cada segundo foi precioso, principalmente pela forma como conseguiram explorar toda a carga emocional que esses fatos do passado poderiam ter. Usar esse episódio inteiro para deixar bem claro o desfecho de todos os pontos importantes que foram trabalhados até o presente momento, significa que a história alcançou o seu momento de transição. Portanto, podemos esperar uma mudança de rumo no enredo, onde novos contextos e desafios deverão começar a ser apresentados em uma atmosfera muito mais sombria.
A cada semana que passa, Gakkou Gurashi se supera! Os episódios estão incrivelmente balanceados com alguns momentos de pura descontração, que até nos fazem esquecer que estamos assistindo a um anime pós-apocalíptico, e outros de níveis absurdos de tensão! O contraste é grande, mas é tão perfeitamente executado que faz com que mais de vinte minutos de história pareçam ser apenas cinco. A essa altura da temporada, já estamos muito mais envolvidos emocionalmente com os personagens do que deveríamos estar se não quiséssemos nos deixar afetar pelo que possa vir a acontecer com eles. Portanto, qualquer frase que carregue um possível “mau presságio” ou qualquer cena que coloque o nosso amado grupo em risco, já é o suficiente para deixar o cérebro em estado de alerta total. Se você é o tipo de pessoa que costuma sofrer junto com os personagens que admira, então prepare-se! O martírio está apenas começando.
Mais uma vez eu avaliei o episódio com nota máxima. Já não sei dizer se o anime é mesmo tão incrível assim ou se sou eu que me deixei apaixonar de uma forma tão profunda que não consigo mais analisá-lo de um jeito imparcial. Peço desculpas por isso, mas simplesmente não consigo evitar. De qualquer forma, espero que vocês também estejam gostando e se divertindo com esse anime fantástico! (Modo fangirl ativado com sucesso… haha). Dessa vez, assim como a prévia já havia sugerido, conhecemos uma parte do passado da Miki e vimos, pela primeira vez, nossas protagonistas em ação do lado de fora da escola.
Seguindo o padrão do episódio da semana passada, este também mostrou acontecimentos do passado, ajudando a entender como o grupo se juntou e conseguiu sobreviver ao dia em que tudo mudou. Dessa vez fomos levados pela história através do ponto de vista de Megumi. E que belo ponto de vista! Cada vez mais nos damos conta da existência de “enigmas” não resolvidos relacionados a essa personagem. Mas não precisamos nos afobar, afinal, se tem uma mensagem que esse episódio deixou bem clara, foi a de que ela tem muito mais importância na história do que havíamos imaginado e, portanto, continuará presente nos episódios por um bom tempo.
Existe forma melhor de jogar uma boa carga de tensão em cima do público do que já começar falando de suicídio? “Isso provavelmente é uma carta de suicídio”, escreveu Megumi em um caderno enquanto estava sentada onde costumava ser a sala dos professores. E assim, com apenas vinte segundos de episódio, já me senti na obrigação de clicar no pause e pensar: “o que raios está acontecendo aqui?!?”.