Bom dia!

A segunda temporada de Kakegurui, ou Kakegurui××, trouxe mais jogos de azar (ou nem tanto) insanos, jogados por uma protagonista ainda mais insana.

Yumeko Jabami não tem senso de propósito, leva uma vida de auto-indulgência hedonística na emoção da aposta. Uma jogadora compulsiva como nenhuma que você irá conhecer ou ouvir falar na vida real – e as compulsões, hábitos e manias que acompanham seu vício são o que torna Kakegurui tão delicioso de assistir, e tão desesperador para seus colegas de apostas.

Eu nunca vou reclamar de mais Yumeko jogando.

Leia a resenha da primeira temporada de Kakegurui.

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Com essa nova fase do blog nós estamos publicando artigos sobre doramas (as séries/novelas asiáticas), live actions, tokusatsus e afins. Tendo isso em mente, esse artigo tem uma função: apresentar opções interessantes para você, que ainda não assiste esse tipo de mídia ter um norte por onde começar. Eu selecionei obras de fácil acesso (estão na Netflix) e que possuem poucos episódios e que geralmente têm uma curta duração ou no máximo a mesma duração de um episódio de anime, algo que você, caro(a) leitor(a) talvez esteja acostumado(a). Vale lembrar que algumas dessas obras terão uma resenha própria futuramente e aqui teremos apenas uma pequena palhinha da obra.

Vamos lá?

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Kakegurui foi um anime bastante popular de 2017 e que retorna agora para sua segunda temporada. O que esperar da Jabami Yumeko, senão mais jogos “peculiares” nos quais ela varrerá para escanteio quem a desafiar? A icônica e carismática protagonista desse anime cheio de loucos por apostas deve protagonizar mais momentos absurdos como fez nesta estreia que comentarei agora. It’s show time!

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Competitividade, sorte, psique, vitória, frieza, psicologia social, teoria dos jogos e das emoções, diminuição dos outros, trapacear e perceber quando está sendo enganado pelos pessoas… Esses são alguns dos valores ou temas que trazem Kakegurui ao nosso plano e fazem com que um novo paralelo se interponha em nossas mentes: até onde isso faz parte do mundo das corporações, informações, manipulações e negócios (sobretudo nas somas superiores a seis cifras)?

Que esse anime é controverso, isso não resta dúvidas. Mas o que suas temáticas despertam nos espectadores pode realmente nos fazer reavaliar como vemos as sociedades e, principalmente, as pessoas? Entender como elas se relacionam consigo e com os outros em meio a mais bruta selvageria que só a mais pura civilidade dos escritórios, das intenções e das elites pode oferecer; isso é Kakegurui.

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O jogo foi tenso pra caramba. As caras e bocas foram geniais, a estratégia não foi tão incrível assim mas foi divertida, a virada de mesa era óbvia que aconteceria mas mesmo assim até o final parecia improvável. Para quem gosta de animes (e mangás) sobre jogos de azar, a partida desse primeiro episódio deixou bem pouco à dever para outros gigantes do gênero como Kaiji e Liar Game. Ah, e as garotas são lindas, provavelmente ainda mais quando fazem expressões diabólicas.

Mas ao contrário de em Kaiji e Liar Game, eu não sei porque tudo aquilo está acontecendo. No caso desses, os protagonistas são chantageados e forçados em rodas tão clandestinas quanto criativas de jogos porque tinham dívidas acumuladas. Em cada partida, além da estratégia em si e dos jogos bastante diferentes inventados por seus autores, conhece-se um pouco mais sobre alguns tipos humanos diferentes conforme eles são forçados além de seus limites psicológicos – e não dá para deixar de pensar o tempo todo sobre que tipo de gente está por trás daqueles esquemas.

Por que jogam em Kakegurui? Só porque são podres de ricos? Isso significa que os mais ricos sempre estarão em vantagem, como a protagonista, não é? Yumeko perdeu uma nota preta só para descobrir qual era o esquema do jogo que Mary criou para capturá-la. E ela pôde se dar a esse luxo porque tinha mais dinheiro do que sua adversária. Só isso. É uma regra básica de jogos de azar que aprendi com The Kingdom of Loathing há muitos anos: um RPG via browser mais voltado para comédia do que qualquer outra coisa; ele tem um jogo de O Dobro ou Nada no qual as chances de ganhar são realmente 50%. Assim sendo, basta continuar dobrando a aposta enquanto perder que quando ganhar irá sair no lucro. Obviamente quanto mais rico você for, mais chance você tem de ganhar. Acredito que o mercado de capitais deva funcionar de forma semalhante.

Yumeko ganhou porque de partida já tinha dinheiro pra comprar a Mary e colocá-la no bolso, mas isso não teria graça, o divertido é arriscar-se a perder, por pequena que seja a chance. Mas essa é a graça pra ela, pra mim não teve tanta graça assim quando refleti após o episódio. E citei o “mercado de capitais” porque o anime faz umas referências ao “capitalismo” e ao “dinheiro” que parece sugerir que ele seja na verdade uma crítica pobre e cretina ao modelo econômico vigente.

Mas esse foi só o primeiro episódio, e ele foi divertido, mesmo que vazio de significado. Dá pra melhorar muito ainda. Algo que pensei dias depois de assistir é que, através das apostas, Kakegurui generaliza e oficializa os pequenos esquemas de poder que existem entre os alunos de uma classe e de uma escola – qualquer escola. Pode funcionar, se bem construído para isso, como uma interessante metáfora para a vida estudantil do mundo real, com escolas e faculdades onde bem menos dinheiro circula e todo mundo é mais velado sobre abusar e assediar moralmente os amiguinhos.