Shingeki no Bahamut – ep 8 – Chega de Anatae
[sc:review nota=4]
O último episódio foi uma batalha épica que arrasou com Anatae. Estão até agora recolhendo corpos da cidade, imagine quanto tempo levarão para reconstruí-la. Apesar disso conseguiram uma vitória completa: o exército de demônios foi aniquilado, um de seus generais foi morto e o seu líder conseguiu escapar no último instante mas está gravemente ferido. Porém, vamos ser francos: o primeiro episódio em Anatae, dois episódios atrás, foi o pior episódio da série até então. E esse aqui baixou ainda mais o nível. Não que tenha sido ruim, mas comparando com o resto da série até agora é frustrante. E a culpa é, sim, de Anatae. Ou melhor, o que tornou o anime pior, mais parado, é que os protagonistas de fato pararam em um lugar só. Acabaram as aventuras, as descobertas agora só acontecem através de diálogos, com os personagens contanto isto ou aquilo uns para os outros. Lógico que Bahamut não ficaria para sempre em Anatae mas depois de quatro semanas (houve ainda o infame episódio de recapitulação no meio) eu não aguentaria outro episódio nessa cidade. Para o meu bem e para o bem do anime, ao final do episódio Favaro e Amira partem de Anatae. Viva!
Várias coisas entram em movimento nesse episódio. Surge Belzebu, aquele que provavelmente é o mais poderoso demônio por trás do plano de reviver Bahamut. E ele aparece para terminar de matar um Azazel extremamente enfraquecido e se esgueirando para fugir de anjos que estavam caçando demônios que tivessem escapado com vida de Anatae. Belzebu não tem nenhuma preocupação em ocultar sua presença dos anjos, ele pulveriza Azazel e pulveriza vários anjos ao mesmo tempo. Deve ser um demônio estupidamente poderoso, talvez apenas Lúcifer seja mais poderoso do que ele. Lúcifer aliás que está sendo enganado por ele: Belzebu convenceu-o de que sua intenção ao roubar a Chave Celestial é trazer Satã de volta à vida. Será que Zeus e Satã serão libertos das chaves quando Bahamut for solto? Eu duvido. Mas essa não parece ser a intenção de Belzebu mesmo.
Martinet, o outro demônio que já se sabia estar trabalhando para libertar Bahamut, aparece também e aparentemente ele vem interferindo no palácio real já há algum tempo. Como um bom manipulador, ele usa a inveja que o rei sente de Joana D’Arc para aos poucos convencê-la de que ela pretende traí-lo. Como? Martinet enfeitiça o rei fazendo com que ele alucine com o fantasma de sua mãe, que por sua vez dá “conselhos” a ele. O rei tem ainda alucinações que ele acredita serem premonições do futuro. O caso é: os anjos escolheram Joana D’Arc como sua heroína (ou “receptáculo”, como foi dito episódios atrás) e decidiram atrair os demônios responsáveis pelo roubo da Chave Celestial para Anatae, por isso acho que tratam o rei como um personagem secundário de propósito. Eles devem ser capazes de prever que os demônios usarão essa fraqueza do rei a seu favor e querem que eles façam isso para que se exponham.
E há o Lavalley. Eu não tenho mais certeza que ele seja um traidor, mas ainda acho que é. Se for, então os demônios passaram mais uma vez à frente. Se não for … bom, eles passaram à frente mesmo assim. Veja, Amira acha que Lavalley é seu pai por causa do pingente igual. Com ajuda de Favaro e Rita ela se esgueira na cidade à noite e consegue chegar ao quarto dele, onde ele revela que não é seu pai. Mas diz ter conhecido sua mãe e já ter trabalhado protegendo-a quando Amira ainda era um bebê … cinco anos atrás. Eles foram atacados, todos morreram exceto Nicole (o nome da mãe de Amira) e Lavalley. Nicole parte sozinha atrás da filha e entrega o pingente a Lavalley. Na mãe dos demônios, forçaram o corpo de Amira a se desenvolver mais rápido que o normal (por isso ela é tão infantil, ela só tem cinco anos! Favaro e Kaisar são dois pedófilos!) para executarem seu plano o quanto antes.
Lavalley diz que Nicole não pode estar em Hellheim, lá o poder dos demônios é forte demais para ela ter vivido durante tanto tempo. Então ele une os dois pingentes e eles formam uma bússola que aponta a localização exata de Nicole. Com ajuda de Rita, que criou um zumbi de um dragão morto para simular um ataque à cidade, Favaro e Amira escaparem pelas galerias de água em um barco. Lavalley pode muito bem ter dito a verdade e estar querendo ajudar, mas ainda assim ele estaria sendo imprudente demais sabendo o que está em jogo e ainda assim mandando Amira para fora da cidade apenas com Favaro para ajudá-la. A hipótese dele ser um traidor ainda é mais tentadora: não só ele tirou Amira da cidade como a mandou para outro lugar que não Hellheim, despistando os Cavaleiros de Órleans caso eles tentem procurá-la.
Rita ficou na cidade, o que é importante para a função de suporte ao enredo que ele executa, pois Kaisar continua lá. Ele e Favaro se tornaram cavaleiros nesse episódio, por pedido e indicação da própria Joana D’Arc. Favaro sabe que esse sempre foi o sonho e o objetivo de Kaisar então não quis incomodar o amigo com outros assuntos. Mas eu sei e todo mundo sabe que Kaisar irá atrás de Favaro, e Rita sabe para onde eles foram então ela precisa estar na cidade para contar a ele. E acredito que Joana D’Arc irá acompanhá-los, mas sem seu exército e seu título de cavaleira. O rei foi levado a acreditar que ela está planejando matá-lo para usurpar o trono, ele até viu (alucinou) como isso irá supostamente acontecer. E o episódio termina sombriamente com aquele cavaleiro que parece ser um dos mais importantes também mas cujo nome fracasso completamente em me lembrar (ele tem nome? nem pesquisando encontrei) entrando morto no quarto do rei.