Dungeon: Sword Oratoria – ep 3 – Meu nome é Lefiya Viridis!
Depois de um episódio inteiro explorando a relação entre Lefiya e Ais, pensei que a fórmula seria repetida novamente, mas felizmente estava enganado. O anime realmente está investindo no desenvolvimento da personagem, e diria que está no mesmo nível que nossa protagonista.
O episódio começou a fazer comparações com a temporada passada desde os primeiros minutos, na reunião dos deuses. Lá conhecemos dois possíveis vilões para essa temporada, Dionísio e Demeter. Inclusive, descobrimos no final que ele é o responsável por trazer aquele monstro-planta à superfície, uma possível criação sua.
Um fato curioso é a relação de Loki com os demais deuses. Ela sempre se mostra descontraída e se dá bem com todo mundo, até Freya, que de fato, não é uma das mocinhas. Na cena em que as duas estavam conversando eu pensei “O que Loki quer afinal? Por que ela tá do lado da Freya?”. Agora que vimos a Família Loki de perto, percebemos que eles são pessoas boas, mas ainda estou em dúvida em relação às verdadeiras intenções da Deusa, principalmente pela sua personalidade.
Outro ponto comparativo é o Monsterphilia, que já sabemos que não acaba bem, já que os monstros se soltam e atacam as pessoas. Agora vimos os bastidores de como isso aconteceu, pois antes sabíamos quem era a responsável, mas de forma implícita. O que não tínhamos ideia era como Dionísio estava ligado a isso tudo. Até o momento não foi revelado suas verdadeiras ambições, mas podemos prever que não são boas.
No festival também vimos Ais ganhar outra espada de Loki, já que a sua antiga foi destruída (de novo). Com isso percebemos o nível de força da personagem, pois ela não pode usar todo seu poder se quiser continuar com uma arma. Isso vai contra o que sempre vemos em animes: um personagem fraco pega uma arma forte e tenta chegar no nível dela. Em Dungeon: Sword Oratoria, é Ais que precisa se conter para ficar no nível da arma, o que explica sua espada indestrutível, que está no conserto.
Na exata cena em que Ais perde sua espada, sua primeira preocupação é que “ele” ficaria com raiva dela, o que é bastante curioso. Eu presumo que seria a pessoa que a entregou a espada, mas não acharia estranho se isso também tivesse relação com seu passado. Esse pode ser um dos problemas da personagem, algo relacionado a interpessoalidade e confiança.
Felizmente Tione e Tiona passaram o episódio inteiro sem falar de peitos ou fazer piada sobre eles. Isso prova que as duas são muito mais do que isso, e mesmo sem seus equipamentos conseguiram dar um certo trabalhinho para o monstro. Mas tudo bem, já que nem Ais conseguiu vencê-lo sozinha.
E então chegamos à nossa elfa, Lefiya. Não me incomodo em ter um episódio inteiro com ela sendo salva pela Ais, mas se isso continuasse por mais tempo já seria um problema de desenvolvimento da personagem. Já foi revelado que ela tem uma habilidade única, e isso é um bom ponto de partida para se destacar na equipe, como fez com o monstro-planta.
Nesta luta também tivemos mais sangue e agressividade, que eu já estava sentindo falta. Por fim, Lefiya conseguiu salvar a todos e deve continuar evoluindo nos próximos episódios. Uma das causas é sua motivação, que seria alcançar Ais. Diferente do que estamos acostumados, ela não a vê como uma rival, querendo apenas protegê-la e lutar ao seu lado. Em uma de suas reflexões, ela compara sua fraqueza com a de Bell, quando Bete diz que ele não seria digno de estar com Ais.
Esse episódio me fez acreditar que o anime não será mesmo uma continuação, mas sim a adaptação, por outro ponto de vista, dos acontecimentos da primeira temporada. Ainda não sei se isso é um ponto positivo ou negativo, já que de um lado gosto da ideia de brincar com as perspectivas dos personagens, mas por outro gostaria de ver as próprias aventuras de Ais. Espero que tenhamos um pouco de cada nos próximos episódios.