Dungeon: Sword Oratoria – ep 12 final – O último chefão
Finalmente chegamos ao último capítulo de Sword Oratoria, com uma batalha final digna de chefão de videogame. Algumas coisas foram explicadas, mas não do jeito que eu pensava. Mesmo assim, tivemos uma ótima temporada como um todo, cumprindo com minhas expectativas em diversos fatores e apresentando uma proposta que comprei desde o início.
Pra começar, nossa protagonista não teve o foco esperado por mim neste episódio. Havia várias perguntas que precisavam ser respondidas, como a ligação de Ais e Aria com os monstros que estavam surgindo. Ele acabou sendo resumido a uma luta intensa com o espírito que pareceu no andar 59, com direito ao clichê dos heróis começarem apanhando para, depois de motivados, derrotarem o inimigo.
Eu não tenho nada contra essa forma, que acabou se tornando uma característica dos animes em geral, mas esperava algo mais emocionante, e foi bem previsível. Diferente do que sempre acontecia, Ais quase não deu dano ao monstro e foi deixada de lado por muito tempo, mas foi ela que deu o último golpe no espírito, e Lefiya que a ajudou. Dessa forma, o anime pôde provar definitivamente que a elfa está no nível da família Loki e seus dias de fardo terminaram.
Eu gostei de ver Tsubaki recebendo destaque novamente, como aconteceu no episódio passado, inclusive acredito ser uma personagem que merecia receber mais foco e ser explorada. Ela já demonstrou que sabe muito sobre armas e equipamentos, e até lutou com um monstro de nível alto, o que a torna interessante o suficiente para ser melhor aproveitada. Também espero que futuramente ela possa interagir com o ferreiro de Bell.
Outro que também me agradou no episódio foi Finn, o líder dessa expedição. Essa foi a primeira vez que pudemos vê-lo em ação e acho até que ele se segurou nessa luta. Mesmo sendo chamado de chefe pelos outros, ele nunca mostrou o que pode fazer em combate, e agora temos a certeza do porquê ele ter recebido esse título. Inclusive, o papel do personagem foi fundamental, fazendo com que todos continuem lutando, mesmo depois de perderem a esperança.
Quem diria, Bell Cranel, o cara de tomate que fugia dos minotauros e era resgatado por Ais, foi a grande motivação para a família Loki. Parece que o jogo virou, não é mesmo? A forma como essas duas temporadas foram montadas é muito interessante, fazendo com que os acontecimentos das duas ganhem importância mútua. Isso ficou nítido quando o aventureiro da deusa Hestia se tornou peça fundamental para a vitória de uma das famílias mais poderosas.
Eu havia comentado no artigo anterior que alguns personagens poderiam morrer, como os três membros mais antigos da família Loki, mas parece que, por pouco, minhas previsões acertaram. Gareth e Riveria ficaram feridos gravemente e por alguns instantes eu realmente achei que estariam mortos, mas logo depois eles levantaram e continuaram lutando como se nada tivesse acontecido. Por mim, pelo menos uma pessoa poderia morrer para deixar essa expedição com um grau de importância e perigo maior, mas isso não aconteceu.
Eu fiquei um pouco confuso quando o encerramento começou a tocar e nada foi explicado sobre Ais. Por que Revis a havia chamado para o andar 59? Só para ver aquele espírito? Foi uma armadilha pra roubar o corpo dela? Eu achei que antes de morrer, a vilã fosse falar alguma coisa importante, mas nem isso aconteceu.
Os pós-créditos foram a parte mais importante do episódio, já que tivemos a volta de alguns vilões, que só discutiram o que havia acontecido. Na verdade aquele espírito não era Aria ou Revis, ou seja, eu estava duplamente errado. Pelo que deu a entender, aquele espírito estava corrompido e não era necessariamente Aria. O plano dos vilões é criar seres mais fortes que aquele a partir da canalização dos monstros menores.
Inclusive, Revis continua comendo aqueles cristais, então ela pode ficar mais poderosa do que já está. Essa cena também mostra que ela não poderia ser o monstro, já que ele foi destruído. Além disso, sempre que a vilã falava “Aria”, nunca se referia a mãe de Ais, mas a própria. Isso explica porque ela queria pegar o corpo dela, já que Ais herdou os poderes espirituais da mãe, que provavelmente está morta (ou não), e por isso é tão forte.
De qualquer forma, o pai e a mãe de Ais não apareceram na história, tirando as lembranças da nossa protagonista, e eu estava muito curioso pra saber a ligação deles. Se por um lado só sabemos que Aria era um espírito, do pai de Ais sabemos nada. Além disso, se a mãe dela estiver viva e aparecer em uma possível terceira temporada, quais são as chances dela ser corrompida, já que estamos falando de um espírito? Aliás, quem é esse tal de Enyo que Uranus menciona? Perdi alguma coisa?
Se tivermos uma nova temporada, os inimigos devem começar a aparecer mais na superfície, e eles também devem focar em roubar Ais da família Loki para usar seus poderes. Se realmente acontecer, espero que as duas unidades, tanto da primeira quanto da segunda temporada, trabalhem juntas, como Tsubaki e Welf, Ais e Bell, e Liliruca com… Raul?
De qualquer forma, a temporada como um todo foi muito importante e se destacou por mostrar a mesma história, mas por outro ponto de vista. Além disso, acompanhamos outra equipe, lutando com monstros mais fortes e dando outro foco para a história. Acredito que os fãs de DanMachi tenham gostado, assim como eu, e estão ansiosos para um novo capítulo dessa história.