Sim! Sim! SIM! Finalmente um horror que parte de uma máquina. Quando vi que esse anime se passaria nos dias atuais pensei que teria algo relacionado à tecnologia, e sim, teve! Mas a pergunta é: se um Horror é formado a partir de algum sentimento humano assim corrompendo o ser, como é que um Horror conseguiu se hospedar em uma máquina? Ao menos é essa a explicação da transformação que o anime de 2014 nos dá em seus primeiros episódios, e como é uma franquia e o Garo: Vanishing Line ainda não deu sua própria forma de criação, eu creio que é certo pensar que tem algo errado.

O vilão da semana foi relativamente interessante, sendo algo como um líder de gangue que deseja chegar ao topo e acaba usando o Horror manifestado dentro do computador para conseguir informações sobre os negócios, o que é muito legal, porém, deixo a dica para vocês: se você for um líder de gangue, não marque reuniões via e-mail, um Horror pode estar te monitorando. E aí temos o que se aproxima de uma explicação lógica, se os Horrors fazem das coisas receptáculo enquanto “guiados” por sentimentos humanos, esse pode ter sido guiado pela ganância do vilão da semana. Até que haja uma explicação (se houver), é o mais próximo que temos de uma coerência.

A apresentação da quarta protagonista foi legal até. Se você conhece pelo menos um pouco de Garo conseguiu ver logo de cara que a Gina é uma Alquimista Makai e apesar de inicialmente ser uma personagem unidimensional, ela tem um propósito melhor desenvolvido do que o Luke, sem contar que o estilo de personalidade dela, apesar de genérico, é envolvente por assim dizer. E como quase toda mulher feminina em animes do tipo, ela usa suas artimanhas para chegar ao seu objetivo. Que clássico!

E mais uma semana vendo apenas personagens rasos, que com exceção da Sophie, nenhum tem motivação explicada. Claro, é só o terceiro episódio, mas se levar em consideração que o anime deve ter entre 12 e 25 episódios (creio), ele deveria apresentar as motivações junto com seus personagens para que as pessoas criem empatia com eles desde o primeiro momento. Na minha cabeça, o primeiro episódio deveria apresentar o mundo e o principal protagonista junto com as suas motivações; só sabemos que o Sword anda atrás do Eldorado assim como a Sophie, mas não nos deu uma motivação. Os próximos dois ou três episódios deveriam apresentar os aliados e protagonistas secundários, claro, com suas motivações. Se levar em consideração que aparentemente Garo: Vanishing Line não vai seguir a ideia de ter um vilão por trás arquitetando tudo, como a primeiro da franquia (Garo: Honoo no Kokuin) tinha o Mendoza, essa seria a ideia básica a se seguir.

É evidente que Garo: Vanishing Line não é tão eficiente quanto Garo: Honoo no Kokuin em apresentar personagens, no entanto, ele claramente se sobressai em design e animação, que para mim, foi um ponto baixo no primeiro anime da franquia.

No entanto, como os quatro protagonistas já foram apresentados, creio que os próximos episódios terão seu encaminhamento para a descoberta do Eldorado, e quem sabe assim teremos mais empatia com os personagens ao conhecê-los melhor.

O anime continua bem animado, as cenas de ação estão lindas, e a trilha sonora da luta do Sword contra o Horror foi bacana, apesar de ter sido rápida. Esta luta em especial não chegou a ser confusa como as lutas dos episódios anteriores quando a câmera ficava girando e tremendo e cambaleando e pulando e aaaaaaah… foi confuso, o episódio 3 se conteve mais em relação a isso, apesar, claro, de ainda apresentar os mesmos elementos, dá para entender claramente o que está acontecendo. Obrigado diretor!

Eu acho que os Cavaleiros Makai têm que agir nas sombras sem fazer tumulto para que a sociedade não perceba. Mas dá para fazer isso com um carro chamativo como o da Gina? Com certeza é o questionamento mais importante deste episódio.

Super discreto

  1. E lá vou eu para a terceira versão anime da franquia “Garo”: as duas anteriores, “Honoo no Kokuin” e “Guren no Tsuki” seguiram características muito similares, no entanto, suas execuções foram bem diferentes da outra. Esta terceira, “Vanishing Line” está mais próxima das versões live action e portanto, sua linguagem e personagens possuem algo mais moderno e “pé-no-chão”; o protagonista é bem mais chamativo que os anteriores e o contexto não tem pressa de apresentar a ideia central, de toda forma, já temos o quarteto devidamente apresentado e sim, esperar no que vai dar.

    Quanto a questão de episódios, deve seguir o padrão dos anteriores, em torno de 24 a 26 episódios e por terem o aval do estúdio que faz a franquia live action, vão investir pesado nesta animação. Na verdade, a ideia destes animes de “Garo” foi muito bem-vinda, pois torna a franquia mais acessível ao público. No meu caso, tô tentando ver a primeira série live action deste e cadê coragem pra assistir?! De todo jeito, lá vou eu pra mais uma animação e espero que mantenham o nível mínimo pra continuar vendo. Até mais!!!

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