Neste episódio, vemos que quem mais pode fazer a diferença são as pessoas que estão ao nosso lado. Apesar de Kiriyama não ser da família Kawamoto, ele está sendo de grande ajuda para que Hinata consiga seguir em frente e libere toda a sua raiva.

O que me faz pensar que, quando ela chora, não é de ódio das meninas, mas sim de raiva, que é um sentimento muito mais brando e menos destruidor. O que ela quer é que as meninas percebam o erro que cometeram ao praticarem tanto bullying com a Chiho que a fez mudar de escola e nunca mais falassem dela. E a situação está tão feia que nem mesmo coragem ela tem de começar a estudar no novo local, mesmo estando no fim do ano letivo.

Para mim, esta é a parte mais sentimental do anime. Todos os episódios, nós estamos vendo que Hinata está acumulando forças para poder ir à escola todos os dias, mesmo que ninguém a olhe mais na cara, ou mesmo que ela fique doente por não ter amigos e chegue a até ficar deprimida. O que aconteceu com a Chiho é algo imperdoável e, mesmo que muitas pessoas saibam disso e tenham visto a situação de perto, elas preferem fingir que nada aconteceu. Mas isso, minha gente, é o bullying de verdade. É o que acontece com os indivíduos que sofrem com isso, dependendo do grau da maldade dos seus colegas. E Hina só está conseguindo enfrentar por causa da ajuda que está recebendo da família e de amigos próximos e que estejam fora da sua sala.

E até mesmo quem a ajuda ela tenta ajudar da forma mais madura possível q

Kiriyama, ao saber de tudo em pequenos detalhes enquanto jogava Shogi com a Kawamoto, foi logo contar o que estava acontecendo ao Takahashi. O menino que ela mais gostava, principalmente na temporada anterior, a mantém (ou tenta a manter) entretida com beisebol. Porém, as coisas só pioram todas as vezes que ela faz algo diferente e que ninguém aprova. As três meninas que fizeram bullying com a Chiho estão passando dos limites, e elas sabem muito bem disso, apesar de que, enquanto não receberem a devida punição, elas continuarão com tal “vingança”.

Isso me lembra do Vitamin, um mangá onde o tema principal é uma menina que sofre bullying após ter sido flagrada tendo relações (forçadamente, devo esclarecer) com seu namorado dentro da sala de aula. O ambiente escolar faz com que coisas terríveis aconteçam, e as coisas que foram escritas no quadro sobre a Hinata me lembrou sobre o que escreveram de Sawako no quadro negro. Claro que os maus tratos que Hina sofre não chegam ao nível dos que a protagonista de Vitamin sofreu, mas não podemos nos esquecer que casos como esses são mais comuns quanto imaginamos, e o bullying sofrido por cada um é diferente.

A primeira mensagem deixada

E então chegamos na parte da carta, onde diz que Hinata recebeu uma da mãe da Chiho, dizendo que a sua filha não está conseguindo voltar a estudar depois de tudo o que sofreu. A iniciativa dela ter mandado a carta foi maravilhosa, mostrando que Chiho era uma amiga super importante para ela. Mas, depois de tanta vergonha, tanto sentimento de derrota, e tanta falta de coragem de saber a reação da amiga, a mesma não conseguiu mandar uma resposta para a Hina, fazendo com que entendêssemos um pouco melhor a situação sofrida pela garota.

Uma das partes mais tristes do anime

Ao final, vemos outra mensagem escrita para a Hinata, só que desta vez no quadro, e a coragem dela de ter deixado lá para a professora ver foi extraordinária. Claro que essa história ainda tem um bom caminho pela frente, mas aos poucos aquela mulher que falava como se os maus tratos não fossem nada percebe o quão ruim a situação está, e que desta vez tentará fazer algo a respeito.

A mudança de cores em cada situação deste episódio e cada fotografia foram muito especiais. O que me surpreendeu mesmo foi a parte que a Hinata mostrou toda a sua raiva que ela tem pelas garotas, e mostra que seus sentimentos estão transbordando, não só através de suas lágrimas, mas também por causa do balde que se enche a cada palavra que ela profere. Excelente sacada da Shaft que me deixou emocionada.

O que a Hinata realmente quer fazer

Muito obrigada para quem acompanhou este artigo até o fim, e nos vemos no próximo!

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