UQ Holder! – ep 9 – Um clone?
Olha, eu sinceramente desisto de entender esse roteirista maldito desse anime. Eu não quero saber em que ponto ele quer chegar, sério, isso não me importa mais. Essa adaptação está mais bagunçada que a defesa do Brasil no cômico 7×1. Se tivesse sido apenas o episódio 7 (sim, aquele que teve um encontro entre o Touta e o Kuroumaru) onde adaptaram os capítulos 101 – 103 (eu acho), ok, daria para relevar, mas com esse episódio ele mostrou que quer um caos mesmo. Vamos lá chorar (pelo menos eu) sobre esse leite esparramado pelo chão.
Sinceramente, eu não sei nem por onde começar. Sim, eu sou chato com fidelidade nas adaptações, mas UQ Holder está extrapolando nisso. O pior de tudo é que o resultado não é ruim; vem sendo interessante, tendo um nível de animação satisfatório e várias outras características que eu poderia elogiar. Mas, ainda prefiro o mangá. A “mistura” com Mahou Sensei Negima é super bem-vinda em vários aspectos e representa uma profundidade ainda maior na história, fora a nostalgia de fãs antigos. Mas omitir certos acontecimentos, mudar a ordem de outros e fazer adições desnecessárias vêm sendo o erro de UQ Holder.
Omitiu uma das melhores lutas do mangá entre Yukihime e Fate (ainda que não tenha dado em nada). Mudança na ordem dos acontecimentos é algo que daria para fazer um artigo completo sobre e adicionar aparições do “avô” de Touta em certos momentos é algo que de certa forma estraga a história. No mangá, se não me falha a memória, a primeira aparição de Negi é algo fantástico e não fantasmagórico. Aparecer como um mero holograma não faz jus ao mago que ele é e representa, fora que se pensarmos com lógica, implantar um dispositivo daqueles em Touta e uma organização de ponta não notar é no mínimo ridicularizar seus integrantes. E claro, não poderia esquecer que já foi dito uma parte da história do paradeiro de Negi: possuído pela maga do início. Sim, isso é extremamente sério e vai render muita coisa mais para frente (ou não). É de certa forma algo esperado por conta do cartaz do anime, mas não deixou de me surpreender esse fato ter sido trazido a tona tão precocemente.
Só para vocês terem uma noção, essa parte adaptada começa no final do capítulo 95 com algumas diferenças claras. Nessa parte é onde a Shinobu aparece, a Mizore e sua bisavó (personagem de Negima inclusive) e outras coisas de enorme importância ocorrem. No meio disso os acontecimentos do episódio 7 ocorrem também. Enfim, várias outras coisas acontecem e a adaptação fecha lá pelo capítulo 100, só que sem mencionar algo sobre a origem de Touta. Isso “ocorre” no capítulo 110; a conversa em si teve outro tema sendo tratado e eles simplesmente pegaram uma pequena parte dessa conversa e fizeram essa cena. E isso seria o maior erro da série até então, afinal, no mangá nunca foi confirmado a origem real de Touta, apenas tinha sido dito que ele provavelmente tem irmãs (2 ou 3) e que tinha laços com Negi.
Sobre o episódio, tivemos como ponto alto a revelação de Yukihime sobre a suposta origem de Touta. Confesso que apesar de toda a bagunça que o roteirista vem fazendo, a história ao menos está coesa, com todos os acontecimentos se interligando em harmonia e com isso, você não sente que as falhas estão tão evidentes. O episódio em si girou em torno de uma disputa sobre quem seria a “dona” de Touta e paralelo a isso, tivemos alguns flashbacks do passado. De fato não ocorreu nada relevante, apenas cenas divertidas em situações cheias de fanservice num banho público com um protagonista mongo (por enquanto hehehe) e no final com uma revelação chocante e desnecessária (de acordo com o momento).
Até a próxima.