A luta entre Haruto e Takanori não foi grande coisa, mas, em compensação, a conversa deles pôs em palavras o que eu já vinha observando no Takanori: seu dito “amor pela Asahi, sua rixa com o Haruto e a semelhança com ele que ele enxerga na Satsuki – cada um com seu rival no amor. Nesse quinto episódio a Subaru ainda não se reuniu, mas a dificuldade apresentada evocou seu espírito outra vez!

Três coisas ficaram claras com a conversa que iniciou esse episódio. Primeiro, se o sense do Takanori não estiver biruta, a Asahi do ReUnion é a mesma do Union, portanto, aquela seria a alma dela? E se o que ele disse depois também for verdade, então ela não tem corpo para retornar após se deslogar?

Fico com esse leão forte e corajoso…

Isso significa que a Asahi vai viver no jogo “para sempre” ou que ela vai cumprir certo objetivo, como reunir seus amigos de longa data, e depois morrer definitivamente? A primeira opção é inviável, já a segunda pode acontecer, mas não de forma consciente. Não nego que adoraria um final feliz para o anime, mas o comum seria a Asahi ter esse breve tempo junto de seus companheiros e somente isso.

A segunda coisa que ficou clara foi o quanto o “amor” do Takanori é obsessivo, pois ele não leva em conta os sentimentos da Asahi. É o tipo de “amor” que se preocupa em satisfazer a carência afetiva de quem ama mesmo sem fazer bem a pessoa amada. A perda de interesse do Takanori no mundo real foi uma boa prova do quanto seu sentimento é desequilibrando – o que só tende a prejudicá-lo.

A terceira coisa é que o Takanori deseja despertar o sense da Asahi, mas para quê? Em que isso pode ajudar a garota? Se ela não tem mais corpo, seu sense no nível mais forte a ajudaria a se manter viva mesmo assim? Enfim, se o Takanori não é um personagem gostável, ao menos ele faz a trama andar.

… e não com esse dragão de meia tigela que não quer encarar a realidade!

A semelhança dele com a Satsuki é exposta, mas o Haruto e a Asahi são lesados demais para sacarem do que o quatro olhos chato estava falando, fazendo a Satsuki se afastar para pôr a cabeça no lugar.

O sonho reforçou o motivo para ela e o Takanori serem parceiros no crime, mas ele nem era assim tão necessário e nem acho que influenciou na decisão que ela teve que tomar. Contudo, só o fato dela não ter se afastado da Asahi – apesar de considerá-la sua grande rival – já disse muito sobre ela.

Eu posso não gostar dela, mas ela sempre rende bons prints, tenho que admitir…

Depois do que aconteceu na torre, a procura pela Nozomi e o Clive continua e após um movimento estratégico das três maiores guildas de ReUnion, elas se unem para dividir a party dos protagonistas e sequestrar a Asahi, levando sua arte profética a tiracolo. O Takanori contar com ajuda de terceiros para alcançar seu objetivo de ter a Asahi perto dele foi bastante racional, mas qualquer atitude que ele tomasse motivada por um sentimento tão irracional representaria um risco aos seus objetivos, e foi justamente o que aconteceu, a traição das outras guildas e o sequestro daquela que ele diz amar.

Ele já estava merecendo uma puxada de tapete, é verdade, mas isso não precisava ser feito ao custo de afastar a Asahi dos amigos, né? Contudo, esse desfecho foi positivo, porque salvar a Asahi do local em que ela se encontra pode unir os integrantes da Subaru. Se não todos, ao menos a maioria deles, já que na luta da Satsuki a ajudinha que ela recebeu parece ter vindo do Clive e não é possível que o Takanori não seja capaz de engolir seu orgulho pela Asahi, restando apenas a Nozomi ser integrada a equipe. Estão com a faca e o queijo na mão para reunir a Subaru, só duvido fazerem isso de uma vez.

Quem tá muito cheio de si quase sempre acaba se ferrando!

Antes de comentar o final do episódio acho importante comentar a escolha que a Satsuki fez, a qual não somente a diferenciou do Takanori quanto aos métodos, mas mostrou que seu orgulho não a permitiria vencer levianamente a Asahi, e afastar a amiga do Haruto poderia até fazer com que ela tivesse a sua grande chance, mas vencer assim não bateria com a personalidade orgulhosa da garota.

Tanto que é por isso que o Haruto percebe que ela está dividida e não a chama para resgatar a Asahi, porque a Satsuki tem que distinguir qual é a prioridade dela no momento, se é conquistar o coração do Haruto ou ajudar a Asahi independentemente do que possa ocorrer depois. Ela não é assim tão diferente do Takanori, mas também não é como ele e o resgate da Asahi deve ser sua chance de mudar, deixando seu egoísmo de lado – assim como sua covardia – para ajudar a amiga de infância.

Pelo visto, se for pra perder, ela só aceita perder pra Asahi!

O que resta a comentar sobre esse episódio é seu ótimo final no qual o Haruto nem pensa duas vezes antes de ir resgatar a amiga, apenas checa o que tem, respira fundo e vai em direção a morte certa. É o tipo de determinação que resgata o espírito heroico e de união da guilda Subaru e está em falta em dois de seus integrantes, afinal, se o Takanori e a Satsuki tivessem todo esse ímpeto já teriam tido coragem de se declarar e lidar com as consequências. O Haruto nesse episódio foi ótimo – não é à toa que o Leão o representa, né. O personagem vem demonstrando uma evolução significativa através de suas atitudes – o que é melhor do que apenas pôr em palavras o que o público deseja ver.

Shichisei está bem legal e o título do próximo episódio indica que os rivais se aliarão por um desejo em comum: resgatar a Asahi. Será que eles conseguirão proteger o sorriso fofo e amável da garota?

Eles dão tão certos juntos, falta só eles perceberem isso, né…

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