A carne é pop! Que os veganos me perdoem, mas carne é fundamental. Brincadeiras à parte, a paixão da Miku por carne, em especial, por uma comida chamada karaage (frango frito japonês) é um alívio cômico funcional, que usado repetidamente se torna enjoativo e marca a personagem sob o esteriótipo de comilona.

A Miku é mais do que isso, pois a mesma possui personalidade (ainda bem), sendo determinada quando necessário, apesar de aparentar ser impulsiva e um pouco imprudente. Ela e a Hanako tiveram coragem de encarar um figurão do mundo da música para convence-lo a não desistir de compor músicas para as meninas.

Crises podem ser transformadas em oportunidades, então é positivo que as personagens se deparem com problemas e encontrem soluções que deixam o grupo cada vez mais fortalecido. Os conflitos movimentam a trama e permite que as personagens sejam desenvolvidas.

Miku não é somente movida à carne, mas também é movida pelo sonho de ser uma idol. Ninguém é obrigado a ter um sonho, mas ele pode servir como motivação extra para nunca deixarmos de lutar pelos nossos objetivos. As meninas desse anime têm seus objetivos e lutarão para conquista-los.

Existe um contraste entre as garotas aspirantes a idols que formam as “Ongaku Shoujo” e compositor consagrado que envia composições para elas. Começando pelo óbvio, ele conquistou o topo e elas almejam o sucesso e fama. Ele perdeu a vontade de fazer o que mais gosta, enquanto elas estão cada vez mais motivadas com a carreira de idols que elas escolheram. A juventude das personagens é como uma força da natureza que chega forte e muda tudo ao seu redor. À medida que elas vão se destacando, o publico começa a prestar mais atenção nelas, e passando a apoiá-las cada vez mais.

Algo que eu aprendi ao assistir vários animes de idols, é que elas têm a função de levar felicidade ao público através de sorrisos, gentileza, canto e dança. O sorriso estampado no rosto dos fãs é o grande prêmio de uma idol. Tal sorriso e felicidade, o velho compositor perdera durante sua vida, e ele nem se deu conta que aos poucos estava perdendo a vontade e o interesse em compor. O tempo trás maturidade e sensatez, mas pode trazer consigo o conformismo e o medo de sonhar, pois a certa altura da vida, podemos achar que não temos mais idade para ter sonhos, relegando tal privilégio aos mais jovens.

Miku despertou “a garota de 17 anos” que estava adormecida dentro do velho e experiente compositor. Outro ponto importante é que ao compor uma música, não existe a obrigação de sentirmos algo para nos expressar, ou seja, para escrever uma música romântica, um compositor não precisa estar apaixonado ou vivenciando um relacionamento amoroso. O compositor que recebeu foco no sexto episódio, escreveu uma música sob o ponto de vista de uma garota mesmo sendo um garoto, que na época frequentava um colégio masculino. É claro que passar por um certo tipo de experiência facilita a criação de um material artístico, quer seja uma canção, um poema, um conto, etc.

Obrigado a todos que leram este singelo e atrasado artigo!