Você já quis tanto algo que correu atrás, conseguiu completar alguns estágios, mas acabou cansando e voltando seus próprios olhos para dentro de si e se perguntou se ainda vale a pena ir atrás do tal objetivo? Se a resposta for “sim”, você tem plena consciência de que isso é um péssimo sentimento e, claro, não tenho nenhum aprofundamento em psicologia, mas uma coisa horrível é o que chamamos de “auto sabotagem” e é exatamente isso que está acontecendo com o Kuroi. Ele tem um objetivo e tem os meios para conquistá-lo, mas no fim, ele se prende à sua zona de conforto e usa o cansaço como desculpa para isso.

O ser com a aparência do irmão do Kuroi foi quem pediu para ele derrotar o Dragão que dorme do outro lado da Lua, e muito provavelmente por isso, ele vai aceitar, pois é como se fosse seu falecido irmão pedindo para que ele o vingue – é claro que ele sabe que não é o irmão dele, mas a aparência é a mesma, então, é o mais próximo que ele pode ter de rever seu irmão.

A Benika é uma personagem tão interessante quanto o modo que ela foi apresentada e, o mais interessante em tudo isso é que ela ajudou o Torai com uma valiosa informação a respeito dos seus poderes psíquicos e no fim, foi derrotada pelo seu “breve pupilo” – é bastante comum em animes ter um personagem que admira muito seu irmão (que sempre é um “ponto fora da curva”) e devido algum evento acaba perdendo o mesmo, após isso, o passo ideal é seguir os passos do irmão de alguma forma. Seja na índole ou no oficio.

Todos já foram protegidos pelo Kuroi – mesmo que esse não tenha sido o objetivo dele –, e agora, é hora dele ser protegido por eles. É algo como a troca equivalente citada em Fullmetal Alchemist. Afinal, até o mais forte e melhor às vezes precisa de apoio, imagina o Kuroi que é apenas um moleque que está saindo da infância agora.

Eu realmente estava com uma esperança de que as armaduras mudassem quando o Torai (e os outros) usassem seus poderes sem o pó, mas no fim, fui enganado pela minha própria cabeça. Vou tentar segurar um pouco esse tipo de esperança para que não venha a criar falsas ilusões e me decepcionar – ok, eu acho que exagerei. Não é algo tão sério assim, mas sim, é chato e feio.

Comentários