Desde o primeiro episódio da primeira temporada de My Hero Academia fomos apresentados à rivalidade entre Bakugo e Izuku. Ela veio se desenvolvendo durante todo esse tempo até chegarmos no confronto entre os dois ao melhor estilo Naruto vs Sasuke no Vale do Fim, só que com um fim bem mais ameno.

Uma das coisas que mais gosto em My Hero Academia é a forma como ele lida com consequências. Coisas que aconteceram há um tempo voltam por uma nova perspectiva, onde um detalhe ganha mais importância. Este foi um dos elementos mais trabalhados no episódio desta semana, onde nos foi apresentado o ponto de vista do Bakugo e não do Izuku, como acontecia durante todo o anime.

Ok, Izuku era um garoto sem poderes que tinha o sonho de se tornar um herói, que foi realizado graças ao All Might, mas por que ele foi o escolhido? O que Bakugo fez de errado para não merecer a mesma atenção do herói que também admirava? Esses e outros questionamentos que Bakugo levantou me fizeram olhar para o personagem com outros olhos, de forma que sua ira se justificasse. Imagine que você tenha um amigo que sempre estava atrás de você, mas de repente ele te supera. Qualquer um acharia minimamente estranho.

Além disso, um dos pontos que Bakugo levantou e que eu nunca havia parado pra pensar é o fato dele ser o responsável pela aposentadoria de All Might. Se ele fosse mais forte e não fosse sequestrado, as coisas teriam terminado diferente – pelo menos na cabeça dele. Todo aquele arco foi pensado para ser concluído neste momento, se tornando um dos principais motivos para que Bakugo tire a história a limpo com Izuku.

Agora te entendo perfeitamente, Bakugo

Achei bem mais eficiente a forma como o anime gerenciou o tempo desta luta, que provavelmente teria sido muito mais extensa ou com muito mais flashbacks se estivéssemos falando de outros shounens. Não é por ser menos extenso que o confronto se tornou menos decisivo ou menos emocionante, pelo contrário. Guardar as lágrimas de Bakugo para serem reveladas em um momento como esse para expressar seu sentimento de culpa foi uma ótima decisão. Em todo o anime, o personagem nunca tinha sido tão sincero quanto aqui.

Também não poderia deixar de elogiar a qualidade técnica da animação em si, que trouxe movimentos fluidos e até um uso de 3D bem executado. Sem falar na forma como as individualidades foram utilizadas, apresentando inventividade. Isso sempre será melhor do que qualquer poder da amizade ou interferência externa.

Esse foi merecido

A vitória de Bakugo já era esperada se levarmos em conta que desde o início Izuku não queria lutar e não usou todo seu poder. Além disso, o próprio Bakugo estava diferente, sendo menos cabeça quente e tomando mais cuidado nas decisões que tomava. Apesar de ser um episódio importante e uma luta decisiva, desta vez as consequências não foram tão grandes. Na verdade, o castigo dos alunos foi bem leve e a relação entre os dois ficou bem menos afetada do que imaginava.

Bakugo e suas vitórias com gosto de derrota

Achei interessante a forma como o anime trabalhou a questão de esconder a verdade sobre All Might de todos. Esse elemento relacionado a segredo, como as famosas identidades secretas, sempre está presente em histórias de super-heróis, mas em um mundo onde a maioria das pessoas nascem com super-poderes acaba ficando sem sentido. Porém, o anime ainda conseguiu mantê-lo presente de alguma forma. Acredito que futuramente isso vai voltar a dar dor de cabeça com algum vilão usando essa informação a seu favor.

Para o próximo episódio, teremos o início do segundo semestre na U.A., a volta dos estágios, aparecimento de vilões e a coisa que mais me deixou curioso: Quem serão esses três melhores da U.A.? Vamos descobrir no penúltimo episódio de My Hero Academia 3.

PLUS ULTRA!

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