Acho sensacional como a animação tem a capacidade de mostrar algo interessante por meio de uma premissa incomum e um formato dinâmico e agradável. Okoshiyasu, Chitose-chan pode ser um curta bem simples e fofo, mas também é uma iniciativa bacana de valorizar a história de uma cidade e sua cultura – permitindo que conheçamos uma Kyoto aconchegante pelos olhos de um observador único.

Na história acompanhamos um filhote de pinguim imperador que anda pelas ruas de Kyoto visitando pontos turísticos, interagindo com os moradores da cidade e provando das iguarias que os residentes têm a lhe oferecer.

É verdade que a sinopse é bastante inusitada e não desenvolve nada demais por ter apenas três minutos de duração, mas rende um anime satisfatório por seu caráter contemplativo.

Queria saber o sabor desse sorvete e ver mais desse rostinho tão fofinho! ❤

E não somente por isso, já que o pinguim é bem fofo e demonstra ter certa personalidade, buscando usufruir das belezas de Kyoto com paciência e curiosidade, atraindo a atenção e o carinho daqueles a sua volta.

Isso a transformou em uma inusitada atração, afinal, normalmente pinguins não habitam a cidade dos samurais. Chitose-chan é uma “alienígena” a acolhida pela cidade e por quem nela habita.

Nessa estreia ela presencia um reconfortante desabrochar das cerejeiras, evento típico da primavera japonesa e que encanta japoneses e pessoas do mundo todo por sua beleza e suavidade.

Sempre que um jovem vê algo inusitado quer tirar uma foto.

Felizmente, o pinguim imperador é capaz de fazer a termoregulação da sua temperatura e nessa época a média máxima de Kyoto não passa dos 20 graus – limite que o permite se mover sem quaisquer incômodos.

Então, não precisa se preocupar, caro(a) leitor(a), pois, a Chitose-chan aproveitou bem o passeio. Eu acredito que a floresta destacada no início do episódio seja a floresta de bambus de Arashiyama, e a ponte seja a de Togetsu; ambos pontos turísticos tradicionais da cidade.

Além disso, não é incomum que colegiais viagem para Kyoto em excursões escolares – deve ser o caso das garotas que ajudam a Chitose-chan –, e nem que os turistas usem riquixás para apreciar os locais com calma e comodidade.

Um riquixá é um veículo de duas rodas movido a tração humana. cujo uso está se tornando cada vez mais raro devido aos acidentes que causam, mas ainda podem ser vistos em cidades tão tradicionais como Kyoto.

Ainda mais se for para serem usados por turistas mais velhos, os quais, nesse episódio, pedem a ajuda da nossa adorável protagonista para que ela lhes apresente as belezas daquele lugar

Okoshiyasu, Chitose-chan é adaptação de um mangá de demografia josei lançado na revista Be Love – casa do popular Chihayafuru – desde 2016, e que tem em sua adaptação animada uma boa pedida para quem procura um slice of life fofinho e interessante, apesar de curto.

Seu encerramento é uma belíssima e animada canção interpretada por Nyanzonu Deshi que consegue em apenas 30 segundos terminar bem um episódio que até extraiu muita coisa mesmo com tão pouco tempo. Até a próxima!

Senhores, vocês estão em boas mãos, pois melhor guia não há!

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