Buta Yarou começou nos trazendo um acontecimento interessante e terminou com um grande problema, um agravamento de algo que já não era bom. Agora, a quantidade de pessoas que não conseguem enxergar Mai é grande e cada vez mais aumenta, chegando num ponto crítico. Enquanto isso Sakuta faz o que pode para mudar isso, afinal, ela havia se tornado importante para ele e sua situação precisava ser resolvida.

Logo de cara tomamos conhecimento de que a síndrome de Mai está se alastrando por toda parte. Ninguém dentro e fora do colégio consegue mais enxergá-la e a situação só piora, afinal, há um senso de desespero e urgência em pelo menos diminuir o efeito. No meio disso tudo Sakuta e Mai ainda não haviam terminado sua conversa sobre uma possível volta dela aos palcos. Como ele havia dito, ela sentia saudades de atuar e afins pois era o que ela gostava mas havia problemas em seu passado que a impediam de seguir em frente e voltar ou algo menos esquecer disso tudo.

Com tudo isso pudemos entender melhor Sakuta e os motivos por trás de sua ajuda generosa. Sinceramente eu realmente gostaria que em algum momento ela aparecesse ou falassem mais sobre esse grande amor que ele teve no passado pois além do mistério, seria uma adição interessante para a história. Fora que os detalhes passados foram rasos e não sabemos quais foram as medidas que ela usou para ajudar ou prevenir algo. Que ela tinha uma síndrome parecida como a da Mai é quase certo mas talvez se aprofundar um pouco e trouxesse esse caso a tona, qual seria o tipo de decisão de Sakuta?

E a interação dos dois nesses dois episódios foi não só interessante como um grande trunfo. Os dois são carismáticos e um pouco mais diferentes que a grande maioria de protagonistas (ainda que tenha um clichê aqui e ali). A naturalidade com que ele faz piadas “sujas”, sinceras e diretas se tornou uma grande qualidade da obra e dele, que ao meu ver é um dos melhores protagonistas que vi esse ano (se não for o melhor). Enquanto isso ela não fica para trás ainda que tenha seus clichês como o de senpai metida a experiente que se envergonha com algumas situações simples e triviais. Eles puderam se conhecer o bastante e assim, criar laços, ainda que não sejam profundos eles seriam importantes para a sequência dos acontecimentos.

Mas no meio disso tudo tínhamos uma garota sofrendo. O medo de desaparecer, de perder seu porto seguro e assim ficar sozinha na melhor das hipóteses era assustador demais para Mai. Ainda que ela aguentasse firme, sua situação havia chegado num estágio onde nem mesmo sua mãe a reconheceu e a possibilidade disso acontecer com Sakuta era muito grande. E não só isso, ela viu que a situação estava exigindo um esforço que eventualmente seria prejudicial para a saúde de Sakuta e por isso não poderia permitir que ele continuasse. Ela não tinha escolha a não ser ficar sozinha novamente, a beira do esquecimento.

E infelizmente ele se esqueceu dela por alguns momentos, quebrando sua promessa (ainda que ela tenha sua parcela de culpa por dar remédios para dormir) e claro, eventualmente lembrando por conta de algo até mesmo tão simples como foi com o amor. É estranho pensar que após tantas discussões sobre física quântica a resposta tenha sido um sentimento primitivo que mesmo estando em seu estágio inicial surtiu o efeito esperado. Resta ver como essa relação será desenvolvida e se a carreira que ela tanto falou que iria retomar será revivida.

No fim, o poder do amor foi mais forte do que tudo. Foi uma solução plausível inclusive, ainda que não tenha sido da melhor forma possível. Uma confissão corajosa na frente de todo o colégio foi uma jogada interessante mas sinceramente eu achei rápido demais ele gostar dela (sim, eu sei que se passaram quase um mês que ele se conhecem e que sua relação é muito mais avançada do que sabemos). E considerando que esse arco acabou e no próximo iremos lidar com outra garota, me pergunto qual será o grau de importância de Mai, afinal, depois de tudo ela não pode ser esquecida, né?

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