Karakuri Circus – ep 2 – Os assassinos e os sequestradores
Começarei o artigo comparando com uma doença similar à Síndrome de Zonapha explicada pelo doutor do anime. Há dois sistemas nervosos autônomos: o simpático e o parassimpático. Os dois possuem efeitos diferentes, em situações diferentes.
O simpático é responsável pela reação de “luta ou fuga”, onde há reações corporais, como aceleração dos batimentos cardíacos e dilatação da pupila, pois o corpo responde a situações de estresse. O parassimpático funciona quando o corpo está em repouso. Ele reage de forma contrária ao simpático.
Na Síndrome de Zonapha, há a contração involuntária dos músculos quando a pessoa não está relaxada, causando até a compressão da traqueia, impedindo a respiração correta. Para que o indivíduo relaxe e o sistema autônomo parassimpático funcione, é preciso que quem tenha a doença faça alguém rir.
Eu compararia essa Síndrome com o Tétano, justamente pela tensão muscular, causando também a dificuldade respiratória e problemas na deglutição. Por que eu usei esta primeira parte para falar tudo isso? Bem, achei interessante. Vamos comentar sobre o episódio, então.
Masaru, cuja mãe é conhecida como uma “acompanhante”, e morreu um tempo depois, quando ele tinha 8 anos. Um tempo depois, o seu pai ficou sabendo da morte e resolveu “adotá-lo”. Logicamente que o menino herdou o sobrenome dos “Saiga”, mas mal sabia dos detalhes que estavam prestes a vir.
Claro que a morte de seus pais foi encomendada, principalmente por conta de um detalhe: uma marionete estava presa entre uma das rodas do carro durante uma viagem. Desde o começo, sabiam do destino de Masaru, então esses “times” foram mandados.
Um teria a missão de matar o garoto (o “time” de assassinos), e outra de apenas sequestrar e levá-lo até quem pediu (o “time” de sequestradores). Claro que a morte de Masaru não estava prevista como certa porque se ele morresse, o anime acabaria (o mangá também, claro. Finais horríveis também acontecem em mangás q).
Na verdade, a proteção de Shirogane e de Narumi deveria bastar, mas se fosse assim, para que teria o clima de mistério que a obra tem? Não teriam inimigos mais fortes que eles, talvez, e Masaru estaria sempre a salvo. Não teria muita graça, não é mesmo?
Por isso que o ataque no banheiro foi estrategicamente calculado. Claro que os inimigos não sabiam que Arlequim estava longe, porém foi mais fácil de capturar o Masaru enquanto estava sozinho. Nem mesmo os ataques de Narumi pararam o ataque do “time” de sequestradores.
Acabou que quem obteve sucesso foram os inimigos, pelo menos desta vez. E o dono daquele sorriso maligno é… Bem, ainda acho que ficaria ainda mais maligno se o Kazuhiro Fujita desenhasse, mas posso me contentar com isso, quer dizer, tomara.
Parte “corta tensão” do anime:
Vamos combinar que Narumi não é muito inteligente, não é? Mas tudo o que não tem de inteligência foi para os músculos. Quando ele era criança, se comportava feito o Masaru: era fraco e chorava por tudo. Embora hoje em dia Narumi meio que ria disso, a situação de Masaru é diferente. Pelos flashbacks mostrados, claramente o menino era vítima de bullying na escola. Mas claro que a tensão foi cortada graças a um álbum de fotos vexaminoso de Narumi pequeno. Ainda bem que o cérebro funciona para, pelo menos, fazerem as pessoas rirem.
O traço pode não ser do autor, mas pelo menos a voz de Narumi é a mesma de Tora de Ushio to Tora. Eu fico falando do traço, mas é de brincadeira mesmo. O que importa é que o anime transmita o que Kazuhiro conseguiu transmitir no mangá.
Muito obrigada para quem acompanhou o artigo até o fim, e nos vemos no próximo! o/
Escritora
E aqui vamos ao anime que já esperava desde que soube se tratar do mesmo mangaká de “Ushio to Tora”, aliás, o cara teve muita sorte hein: dois mangás com animes, sendo que no caso do Tora teve OVA’s nos anos 90 e a atual obra dele, “Souboutei Kowasu Beshi” está muito bem na Shounen Sunday; estranho que tenham optado em adaptar os mangás já finalizados dele ao invés do atual, como é de praxe no ramo das animações e mais pelo mangaká estar envolvido na produção, ou seja, tá animado com esta oportunidade de ouro.
Penso que não quiseram ser muito pé-da-letra demais do traço original, como foi em “Ushio to Tora”, aliás, estou curtindo este traço mais simples que não foge do padrão de animes dos anos 90, respiro perante tantos “traços iguais” que vemos por aí. Claro que, pra cenas mais aterradoras, o traço original é perfeito!
Sobre o anime em si, a ideia simples e direta pode soar artificial aos mais exigentes,mas, se levarmos em conta que é um anime anos 90 com a tecnologia de animação mais atual, dá pra ver sem medo. Curti o trio de protagonistas, cada um com suas peculiaridades e traços: Masaru lembra vagamente o Ushio, claro que, sem a cara de velho do personagem e condiz com a idade; Shirogane com seus olhos e cabelos prateados e corpo escultural deve virar waifu da ala masculina, curioso como se porta perante o garoto, sendo mais inocente e feliz, mostrando bem a idade que possui; já o Narumi fora ser o senhor músculos, é alguém de bom coração e curioso quanto a tal Síndrome de Zonapha, que não parece tão estranha ao ler sua análise e também, o cara é ruim demais pra fazer alguém cair nas gargalhadas, ele mete é medo, isso sim!!!
Falando de vozes, a do Narumi também dubla o Mouri Kogorou em “Detective Conan” e o Kuroino em “Koneko no Chi”; já a Shirogane esteve em “Ushio to Tora” como Hakumen no Mono; também tá no elenco do Conan, fazendo a Haibara Ai e já dublou em animes bem conhecidos como “Evangelion”, “Cowboy Bebop” e “Slayers”, este ela dubla a Lina Inverse, a protagonista. Animada pra estas análises, até a próxima!!!