Você quer ser ouvido, mesmo que seu objetivo não pareça importante? Mostre sua determinação, mas com ordem e decência, sem descaração e mumunhas. Essa é a lição da semana do nosso guia Gakuen Basara de bons modos e vida na sociedade.

Tudo em Gakuen Basara é bagunça e isso eu digo desde o começo, mas nesse episódio não é que as insanidades tem alguma coerência? Sabemos que os shoguns sempre fizeram questão de mostrar seus ideais e fazer com que eles fossem respeitados e ate mesmo aderidos pelos outros, mas sempre seguindo aquela coisinha básica de usar a força bruta.

Mori e Motochika são oponentes ferrenhos de muito tempo e digo que é provavelmente a rivalidade mais curiosa das que conhecemos. Quando olhamos Yukimura e Masamune dá pra ver que eles lutam, mas se respeitam e até se admiram. Mitsunari e Tokugawa já representam uma relação mais paradoxal, com o primeiro odiando ao extremo o segundo e este já o vê como um futuro amigo e aliado. Já Mori e Motochika não se encaixam em nenhuma dessas relações, eles são inimigos que aparentam não dar importância um pro outro mas ao mesmo tempo se abominam e se sabotam.

Nesse primeiro esquete é engraçado ver como eles decidiram se enfrentar apenas pela vontade de fazer com que a torcida do outro fosse suprimida, com os dois achando que o outro não tem uma razão boa pra ser ouvido, e pra isso usam o jogo do clube de beisebol de Masamune como palco pra essa sandice, como se o jogo em si já não fosse problemático o suficiente graças a má vontade do nosso impetuoso dragão de um olho e do desequilíbrio dos outros.

Mitsunari aqui tem um papel importante também, as tramoias dele mostraram um novo lado dessa relação confusa de “MoriChika” (inventei). Vemos que pelo menos na hora da necessidade essa dupla é capaz de se unir, lá no fundo tem uma parceria escondida, mesmo que essa união seja só pra que o mundo não impeça eles de se digladiarem e desentenderem de novo, vai entender.

Ainda pegando o gancho inicial a segunda história mostra a determinação de Maeda Keiji pra que Magoichi-sensei ouça o seu apelo, e digo que ver ele ser ignorado, testado e acabar falhando foi um momento mágico. Ver meu desafeto não conseguir apoio teve um sabor único, pelo menos pra mim.

Já começo apontando que o sentimento dele não me convenceu, a premissa do amor a primeira vista é bem comum, mas nunca ela pareceu tão vaga e sem propósito como aqui. A falta de noção dele claramente também irrita a professora (como a mim) e ela o afasta como dá, evitando ser grosseira, mas ele desconhece o significado da palavra realismo e semancol (além de muitas outras coisas mas enfim).

A sacada de Magoichi-sensei pra se livrar do aluno inconveniente usando as notas escolares foi boa (já que o imprestável só pensa em vadiar e testar a paciência alheia), contudo tinha uma brecha e com isso Keiji pensou em se valer dela, armando sua trapaça pra levar a melhor. Agradeço a Kenshin por ele existir, estar no lugar certo e na hora certa, assim sabotando o safado, ele já tinha minha estima e com essa atuação impecável cresceu mais ainda no meu conceito.

O episódio foi bom no geral e melhor ainda pelo que eu já citei, mas ainda tô na expectativa de mais, e que deem logo algum pontapé nessa bagaça da eleição, porque essa tá ficando no ostracismo (eles até fazem uns remendos mas…), ela e o Hideyoshi tão mais esquecidos que o Macaulay Culkin no filme “Esqueceram de Mim”, enfim, vamos em frente.

Lição do tio Kenshin crianças, não esqueçam!

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