Pra variar tivemos um episódio cheio de coisas sem sentido e toda a bagunça dessa vez gira em torno de competições aleatórias que eles inventam por tolice e pra movimentar a escola disputando entre si.

Eu confesso que me impressiona a capacidade dos samurais de se meter em confusão gratuitamente, e das formas mais bizarras possíveis. Eles se embolam em brigas por qualquer coisa, e até uma mosca voando no cenário é motivo pra um tumulto que não leva a nada, mas admito que um nada divertido.

A primeira esquete nos traz logo de cara dois personagens que até então não fizeram parte das outras adaptações Sengoku: Katsuie Shibata e Shima Sakon. Os dois são introduzidos a escola como dois alunos transferidos e avançados, nenhum dos dois tem conhecimento prévio um do outro, mas suas personalidades diferentes logo chamam a atenção e fazem com que eles acabem se incluindo num concurso maluco de Mister Universo da Escola Basara, junto com os outros malucos já carimbados.

Katsuie ficou conhecido como o antigo delinquente reformado, tem uma personalidade mais introvertida e fria, já Shima é um exemplo de aluno quase perfeito e sortudo, bastante alegre e agitado, ele gosta de se expor. Como os dois eram desconhecidos até então, fiz aquela pesquisa básica e ambos de fato não chegaram a se colapsar batalhando diretamente, mas pertenceram a facções rivais em suas épocas, com Katsuie pertencendo ao grupo anti Toyotomi e Shima filiado a Mitsunari. Ironicamente, logo quando se apresentam aos colegas, os responsáveis pela campanha de cada um no concurso são exatamente Tokugawa e Mitsunari, que procuraram se aproximar dos novos alunos com seus ideais opostos.

Já tínhamos rivalidade sobrando, mas os novatos elevaram o nível da coisa fazendo até mesmo os outros shoguns se focarem em promover eles e treiná-los, esquecendo que eles próprios também são competidores, mas apesar das soluções malucas e do esforço, como todo bom conflito unilateral, a vitória acabou indo pelo ralo. A adição dos dois aqui foi muito bem vinda e deu uma dinâmica nova ao grupo original que funcionou legal, principalmente por causa dos exageros de cada um e os mal entendidos que eles traziam nas suas ações.

Em sua segunda esquete o episódio nos leva a mais um evento inesperado com um toque de Shokugeki no Souma, e como eu tinha dito, é um dom que eles tem pra criar celeumas até quando não precisa ter. Toda a confusão começa numa simples discussão culinária entre Masamune e Inuchiyo, onde todos aqueles que se aproximaram pra ver e tentar entender o motivo da balbúrdia, acabaram arrolados por serem tão opiniosos e barraqueiros quanto os responsáveis pelo debate, o que gerou mais outra competição sem nexo.

Achei uma sacada legal que o anime em uma das referências feitas, seguiu uma das bases de Shokugeki, com os competidores mostrando que eram bons em culinárias específicas, mas digo que o brilho aqui ficou por conta de Kingo e Tsukihime, que não só tiveram mais tempo de tela, como usaram ele pra mostrar suas peculiaridades e nos divertir. A habilidade olfativa de Tsukihime me surpreendeu e é digna de um Akira Hayama, e Kingo por sua vez mostrou que a cozinha está acima de qualquer picuinha, valendo tudo pra proteger o valor sublime da comida, inclusive comer se livrar da refeição impura dos rivais pra eliminar a concorrência, que foi uma cena ótima, já que ninguém tinha notado a presença dele, e sequer esperava nada do pobre coitado.

O episódio foi bem feliz na execução geral, a dosagem na exposição dos novos personagens mesclados aos antigos, e o timing das cenas mais engraçadas, estavam na medida. Acho que o caminho tá bom, e espero que eles consigam segurar ou aperfeiçoar esse nível até o fim da série.

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