E mais uma vez Ulysses se sabotou. Matou a santa (sim, eu sei que era óbvio que ela voltaria), matou outra Ulysses e no fim, ninguém morre nem se dá mal de verdade nessa coisa. E isso nem me irrita tanto porque de certa forma esse tipo de desenvolvimento é esperado, afinal, tu não vai matar a heroína e nem uma personagem que tem sua importância para o protagonista e possui um poder similar à heroína. Ou seja, fez um enorme drama com o que aconteceu no episódio passado para no final de tudo apresentar uma forma de arrumar tudo logo de cara. É a velha história que não se respeita pois vai jogando acontecimentos e acabando com a importância deles ao mesmo tempo.

Faz um favor, mate um tal de Montmorency, nunca te pedi nada

E sim, apesar de ser uma solução “simples” na teoria, na prática Montmorency e seus aliados vão ter que conquistar vitórias importantes e difíceis para alcançar o objetivo. E o episódio girou em torno disso, no Montmorency buscando os “ingredientes” necessários para salvar a Jeanne e assim, voltar aos trilhos das vitórias e do otimismo do povo. Mas a forma como tudo isso foi feito é que estragou tudo e a culpa recai em cima do Montmorency que incrivelmente não consegue fazer uma escolha decente, desde a escolha da santa até aquelas decisões que vão afetar toda a sua vida.

Desde o começo ele poderia ter ajudado e até agora nada…

Eu já havia criticado a promessa dele com a Jeanne sobre não se casar e numa obra desse tipo eu acredito que é a pior escolha possível. Suponhamos que você é o autor e decide criar várias garotas (nesse caso específico são 5-6 mas esse número pode aumentar), todas elas gostam do protagonista e por conta da época em que se passa a história, a formação de um harém é possível. Aí você vai lá e decide que o protagonista vai se dedicar em prol de uma e não vai casar nem nada, acha que isso faz sentido? Numa obra que não se vende pela história, mas sim pelas personagens femininas que infelizmente parecem ter apenas a função de gostar do protagonista. Faz sentido isso tudo?

Poderia matar e tal

Aliás, colocar outra garota nessa história toda foi no mínimo engraçado, ou melhor, a questão do avô do Montmorency foi pior. Quero dizer, o velho é ganancioso e quer ganhar a fortuna da Catherine, ok, até aí é normal e talvez possa ser estranho que ele mesmo não casou com a garota, afinal, esse tipo de coisa não era estranha na época, né? Pois bem, ele fica o episódio inteiro tentando convencer o Montmorency a casar ou deitar com a garota que possui sentimentos por ele (declarados inclusive) e o quê ele faz? Sim, “percebe” que “gosta” da Jeanne. Sério, não dá, a garota aparece, tem sua história apresentada e no fim ela é rejeitada e acaba tendo que se fazer de forte por causa de um idiota impulsivo.

Ou seja, não basta a história ser fraca, tem que ter um harém que nem deveria existir se fosse para fazer essa palhaçada toda e como cereja do bolo temos um protagonista péssimo para não dizer outra coisa. Aliás, o pior de tudo é que em alguns momentos parece que ele consegue piorar os outros que estão a sua volta, como por exemplo a própria Jeanne que além de ser completamente sem graça e um punhado de clichês ambulante, também é uma pervertida por conta da pedra filosofal que magicamente é ativada pela saliva do Montmorency. Aliás, eu me pergunto o que vai acontecer quando a Jeanne for morta (assim como foi na vida real), o que será desse cara?

Enfim, ao final de tudo ele conseguiu o que queria (e seria muito engraçado se alguém examinasse a garota e visse que ele não fez nada) e irá com tudo para salvar a garota que nem deveria ser a santa. Pelo que deu para entender existe a possibilidade de termos uma reunião de quase todas as garotas em volta do Montmorency logo mais e aparentemente a guerra irá tomar rumos favoráveis aos franceses, algo bem engraçado quando eu me recordo que essa guerra está sendo um pormenor bem insignificante.

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