O Narancia já é baixinho, encolhê-lo para derrotá-lo me parece sacanagem, mas nada estranho vindo de um usuário de Stand inimigo, né! Essa luta ditou o ritmo desse episódio, mas o flashback não ficou deslocado; porque tanto serviu para justificar as ações do Formaggio, quanto apresentar os vilões do próximo cour. Jojo está de matar, ou quase isso, o verdadeiro golpe baixo seria não o comentar aqui!

Adoro quando cenas que passam batido em um primeiro momento servem para explicar o porquê ou como de alguma coisa. Isso acontece muito em Jojo no que tece aos detalhes que cercam os poderes de Stand.

A cena do Narancia recolhendo seu Aerosmith em um lugar com pessoas inocentes, ou sua forma de rastreamento perceptivelmente não baseada no movimento ou no som foram detalhes que contribuíram para a o entendimento do Formaggio sobre o poder do Stand do seu inimigo baixinho e porque ele foi incumbido com essa missão.

Porque o Aerosmith era o Stand mais propício ao serviço.

Quando as costas dele não ficaram só largas, mas viraram pista de pouso? Fica a pergunta.

O jovem Narancia não é dos mais inteligentes, e nem dos mais calmos, mas se a sua teimosia e ânsia por eliminar ou capturar um alvo podem se mostrar pontos fortes em uma situação dessas, passar a ele esse serviço era mesmo o mais apropriado.

O Fugo que se preocupa demais com o amigo, mas o que o leva a ser assim? Ele é superprotetor porque gosta do companheiro ou por ter algum “trauma” em seu passado com um irmão mais novo ou algo assim?

Espero que o background recompense o leve tom de mistério em torno dele.

E não só isso, por que até agora só ele não revelou nenhum detalhe sobre o seu Stand? Ficou parecendo que ele teme utilizá-lo. Será que é por ele ser muito forte ou por colocar a vida dos companheiros em risco? Acho que logo nós saberemos.

O fato é que a luta avança e enquanto o Formaggio vai sacando os detalhes que cercam a habilidade do Aerosmith – ele como ninguém deve entender que Stands podem muito mais do que aparentam – seu passado – ou o que importa dele para a trama – vem à tona na forma de flashback.

Um time de assassinato dentro de uma organização ramificada e perigosa como a Passione era algo esperado, né.

Eles seriam a ponta da lança do chefe. O problema é juntar poder com a falta dele, pois, por um lado creio que todos – pelo menos os sobreviventes – têm Stands, por outro, não tem poder ou influência para usufruir do grande carro-chefe dos negócios da gangue: as rotas do tráfico.

O ser humano é uma criatura gananciosa que não costuma se conformar com o que tem, e isso nem é exatamente ruim, já que executores em grupos criminosos costumam ser só ferramentas descartáveis dos chefes, então a atitude do grupo em querer subir na organização é compreensível.

O problema é fazer isso em grupo e contra um inimigo formidável, pois, antes de haverem disputas de poder entre eles é mais fácil que sejam eliminados. Essa ganância toda me parece incompatível com os recursos que os sete possuem.

A título de curiosidade, mammoni significa filhinho da mamãe. A mãe dele deve ser um tribufu.

Essa disparidade fica clara com a morte do Sorbet e do Gelato, perpetradas daquela maneira bizarra justamente para acuar o time de assassinato.

Se o chefe soubesse que a investigação do seu passado era uma ideia compactuada pelo resto, todos já teriam morrido, mas a eles foi dado direito a dúvida e agora que vem uma oportunidade de sucesso estão tentando definitivamente promover a rebelião.

Eles são fundamentalmente diferentes do Giorno e do Bucciarati, pois querem usufruir do tráfico que os dois abominam, e a forma como se rebelam também é bem diferente – até delimitada pelo status dos times dentro da organização.

Então não, eles não são tão parecidos como supus em um primeiro momento, e isso é bom, já que assim fica mais fácil o público não se sensibilizar com os personagens.

Não que isso seja necessário para o público desejar a derrota deles e a vitória do Giorno e os outros, mas acho que seria legal não me pegar torcendo por quem quer vender drogas até para crianças, né.

Asami: Não existe casal mais unha e carne que a gente, né, amor? Araki:

A luta do Narancia continua enquanto ele vai encolhendo e fica mais difícil pedir por ajuda, restando ao molecote derrotar aquele que lhe aplicou tal golpe baixo.

O embate muda de figura, se torna mais interessante, devido a habilidade de rastreamento do Aerosmith e a como o Formaggio tem que se virar para escapar dos ataques do algoz.

Em outros animes eu acharia bizarro demais ver um cara nas costas de um rato, mas lembram do velho dentro de uma foto com uma flecha fugindo no pássaro?

O nível de bizarrice tá começando a pegar no tranco, agora eu tô gostando de ver!

Esse tipo de coisa é nada mais que um dia normal no mundo de Jojo, comum também é o Narancia estar com a vitória nas mãos, mas a deixar escapar tanto pela atitude veloz do inimigo, quanto pelo esvaimento de suas forças.

Não seria Jojo sem um percalço que pareça impossível de ser superado, né. Ainda mais depois que o mocinho parecia ter virado o jogo. É esse clichê que tempera a situação!

No geral esse foi um ótimo episódio. Apresentaram novos personagens com designs bem chamativos e personalidades distintas, além de um objetivo conflitante com o dos heróis, e entregaram uma boa luta, tendo nela um pouco de estratégia e senso de urgência misturada a ação.

Óbvio que o Narancia não vai perder, mas não é por isso que a construção da sua situação desesperadora não é proveitosa.

Será que agora ele aprende que 16 vezes 55 dá 880 e não 28?

Na sessão de curiosidades de hoje infelizmente não há novas referências de nomes de Stand a serem abordadas, mas quase todos os nomes dos personagens são muito peculiares: são nomes de comida.

Risotto: O nome já diz tudo. Será que o cabelo branco dele no anime é por causa do arroz?

Formaggio: Queijo. Não é à toa que ele se mete com ratos naquela que deve ser sua última luta.

Illuso: Ilusão. Okay, isso não tem nada a ver com comida, mas tem a ver com o Stand dele.

Prosciutto: Presunto. Uma hora ele deve virar um, literalmente.

Pesci: Peixe. Não me estranha a cabeça dele ter aquele formato “engenhoso”.

Melone: Melão. Esse é o que parece ter tara por mulheres bonitas, e talvez por melões bonitos?

Ghiaccio: Gelo. Nada anormal ele parecer uma pessoa sem coração que só pensa em dinheiro.

Sorbet: Sorvete feito sem gordura vegetal ou animal. Será que é caro e por isso ele adora dinheiro?

Gelato: Sorvete convencional. Os dois são alma gêmeas até no nome. Que piadista esse Araki, hein!

Eu sei que o Araki não devia manjar muito de nomes em italiano na época, hoje em dia pesquisar isso na internet é muito fácil, mas acho que ele fez isso só para zoar La Squadra Esecuzioni – e funcionou. Próximo episódio devemos ver a vitória do Narancia, a mineral da Trish(?) e mais ações hostis. Até lá!

Como o Narancia sairá dessa enrascada? Vocês não perdem por esperar, e nem eu, para saber!

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