Sobre o episódio em si é até complicado comentar sobre, pois além de ter seus destaques, teve também uma “reviravolta”. Anti finalmente fez algo além de encher o saco com sua história de ter que matar o Gridman e tudo mais, algo que sinceramente eu já esperava que fosse acontecer, era só questão de saber quando. Porém, ele ter salvado o dia não foi suficiente para que coisas ruins acontecessem para todos, pois os kaijus que recuperavam a cidade foram mortos e eu tenho certas dúvidas se eles serão consertados (além de outras coisas que estavam fora de seu alcance).

Mesmo em meio às dúvidas sobre suas memórias e claro, sua existência, o grupo precisava confrontar seu inimigo em busca de respostas. E ok, até aí estava tudo normal até eu perceber que a Akane era vizinha da Rikka (literalmente), algo que se foi dito eu não me recordo, pois apenas achava que elas moravam perto uma da outra. E apesar disso ser meio tosco, o que realmente importou foi que a casa dela era uma espécie de mundo cibernético similar a cidade no céu, algo no mínimo estranho (muito mais estranho que o fato dela estar fora de casa).

E localizações bobas à parte, Anti fez sua primeira aparição. Sinceramente, eu nunca gostei dele, mas ao menos o desenvolvimento dele foi decente e útil em batalha. Até então era simplesmente obcecado em matar o Gridman, mesmo tentando de inúmeras maneiras e sempre tendo o mesmo resultado. Estava claro como um dia ensolarado que ele jamais iria atingir seu objetivo e pior, ele não entendia porque era poupado por seu inimigo (e rejeitado por sua criadora). Ter como motivo o fato dele ter sentimentos e consequentemente ser mais humano não foi a melhor das justificativas, mas no fim, representa muito mais do que parece.

Como no próprio episódio é dito, os kaijus são feitos para destruir e matar, simplesmente isso e nada mais. E o Anti é diferente deles pelo fato de ser mais humano, de poder ter sentimentos e entender os sentimentos dos outros, em especial os da sua criadora, algo que não foi essencial para sua sobrevivência até agora, mas também crucial para a sobrevivência de um Gridman que mal sobreviveu ao último ataque. E sabe qual a parte mais legal disso tudo? Foi a lição de vida que o Excalibur deu nele sobre seus objetivos.

Porém nem tudo são flores e o grupo de protagonistas precisava enfrentar (na verdade só o Yuta, mas ok) um novo kaiju. Foi o inimigo mais fraco até hoje, mas o problema era o que vinha depois, afinal, o novo kaiju era apenas uma distração para o verdadeiro, um monstro que de fato prejudicou a cidade e seus habitantes, além de sua força descomunal que trouxe uma grande derrota para Gridman. Pela primeira vez ele tinha um adversário de improvável vitória num ambiente muito mais perigoso e talvez despovoado.

E eu sei que já mencionei a questão do Anti e seu coração, mas um detalhe bem interessante chamou a minha atenção. É dito que os kaijus representam o coração da Akane e considerando isso, já parou para pensar que coração podre e imundo ela tem? Quero dizer, esse último kaiju simplesmente saiu matando aqueles que tinham uma importância vital na estrutura da cidade e surpreendendo a Akane, sua própria criadora, que provavelmente não queria mas queria que aquilo acontecesse, afinal, se tem um momento em que ela e seus sentimentos estão confusos é agora.

No fim, ela ainda deu uma facada no Yuta após descobrir tudo. Inicialmente é algo bem idiota ainda mais quando você pensa que ela já conhecia o Gridman (na teoria) e podia/deveria ter feito isso muito antes. Com essa atitude fica cada vez mais difícil de gostar ou me importar com ela e sinceramente não consigo entender como que alguém gosta. Mas no fim, o que realmente importa não é a facada e sim as consequências dessa atitude homicida.