Mais um mini-arco dos protagonistas e dessa vez é o Fugo o Brojo apresentado, um personagem cuja personalidade me surpreendeu um pouco – mas não é como se isso não tivesse tido foreshadowing o suficiente, né. O time do Bucciarati só tem desajustados, o que acho que tem a ver em se tratando de gângsters que possuem Stands; pois torna tudo ainda mais perigoso. É hora de Jojo aqui no Anime21!

Diferente do que eu pensava, não é como se ser gentil fosse uma qualidade destacável do Fugo. Acho que ele foi gentil com o Narancia mais para aliviar a culpa que ele deve sentirLembrando a primeira cena dele no anime a garfada que ele deu na bochecha do companheiro por algo relativamente bobo faz todo o sentido.

E não é só isso, mas também a tensão que ele passava ao reclamar sobre a missão dada ao aluno. Foram poucos os momentos que chamaram minha atenção, mas achei o suficiente, e não é como se ele não pudesse estar se contendo, né? Seu péssimo histórico em contraste com a sua inteligência elevada tornaram o Fugo o que ele é agora.

Por sorte dele, o Sr. Bucciarati esteve lá para oferecer-lhe a mão e reintegrá-lo a sociedade – ou quase isso. Quem precisa de psicólogo quando se tem um gângster, não é mesmo? O elo que liga a todos dentro do grupo é o Bruno – ele é como uma cura para os corações machucados desses caras, alguém que os deu uma nova chance em suas vidas.

Se todo aliciador de menores fosse como o Bucciarati o mundo seria um lugar melhor?

Não posso dizer que eu não entendo um pouco o Fugo e os outros, porque a minha participação aqui no blog é um pouco disso, o depósito da minha confiança no trabalho e nos esforços de outra pessoa sem, é claro, deixar de construir algo que eu possa chamar de meu enquanto envolvido. O que é uma maneira bem honesta de viver a vida.

Então, voltando ao episódio, era certo que um vilão apareceria agora, afinal, faltava a luta de apresentação do Fugo, com direito ao já manjado flashback que expõe o trauma que levou o personagem a parar nessa vida.

Acho um contraste interessante o dele ser um cara muito inteligente, mas que se descontrola quando com raiva; tanto porque isso ocorreu devido as expectativas depositadas nele desde sua infância, quanto porque é contraditório demais justo ele, uma pessoa de intelecto superdotado, ser aquela a sucumbir mais fácil aos instintos mais primitivos.

Não bastasse isso, o Fugo é isolado no mundo dos espelhos – o Polnareff sempre esteve certo, né – e vai ter que lidar com mais um inimigo que fala demais; até como forma de atestar a sua inferioridade se não fosse a característica particular de seu Stand.

O Illuso não parece ser tão “bobalhão” quanto o inimigo anterior, mas você sabe por que, caro(a) leitor(a), ela vai perder? Porque está lutando sem as informações mais básicas em qualquer luta de Stand, qual é a habilidade do Stand inimigo, e está em menor número.

Na real, ele é ainda mais idiota que o Formaggio, pois a verdadeira desvantagem é a dele e isso deve ficar claro com o prosseguimento do próximo episódio. Ainda sendo dois contra um.

O pior é que o Abbacchio não está exatamente errado em ter o pé atrás com o Giorno, afinal, ele tem o objetivo de dominar a máfia, e ao encarar o chefe não é só o pescoço dele que estará em risco.

Não é à toa que ele não confia no Giorno e sempre tenta colocá-lo na linha. O sensor desconfiança apita a cada atitude do garoto. Mesmo quando ele parece ser apenas sensato e bondoso, e não interesseiro.

Foi o caso desse episódio. Parar para descobrir a poder do Stand inimigo e ajudar o Fugo era sensato, mais sensato que virar as coisas, correr o risco de perder um companheiro e ser atacado logo depois.

Nem parece que vai aprontar alguma… ou parece?

O problema foi o Abbacchio entender isso, mas dado o seu instinto e a vantagem que uma luta “dois contra um” já configura, talvez eles terem se separado tenha sido uma ótima escolha. Além disso, o Fugo não é muito inteligente, apesar de ter um pavio curto?

Se duvidar essa qualidade e esse defeito se combinarão para dar a ele a vitória. E claro, com uma ajudinha providencial do Giorno – ao menos espero isso –, pois ele está precisando aparecer mais, e não é preciso roubar os holofotes para tanto.

Apesar dos flashbacks estarem quebrando um pouco o ritmo das lutas, eles mesmos não estão sendo ruins e no fim acabam tornando um personagem senão mais gostável, pelo menos mais interessante, dando pinta de que esses co-protagonistas terão mais espaço na trama e importância nas lutas que o dado aos Crusaders, tirando o Jotaro que roubava toda a atenção para si, na parte 3.

Adoro como o Abbacchio tenta botar medo no Giorno e ele peita como gente grande.

Só espero que o Illuso não ganhe um flashback episódio que vem para que concentrem toda a atenção do público em uma luta que pode ser muito interessante se bem desenvolvida. O Formaggio não teve o dele, então o Illuso também não precisa ter, né. Basta que esse cour se feche apresentando aquele que faltava – o Bucciarati deve ter um arco próprio só mais para frente, talvez já na luta com o chefão da Passione.

No geral esse foi um bom episódio, mas só isso. Ah, não poderia deixar de comentar o Stand do Fugo, que é bem apelão, mas é claro, se bem usado. Como o Fugo é um gêniozinho, não vejo como ele não é uma enorme vantagem para o time em condições normais.

Como lutar em “outra dimensão” não é exatamente isso, vai depender do Fugo e do Giorno encontrarem um trabalho de equipe eficiente na situação complicada em que estão, mesmo nunca tendo feito nada juntos antes. Compensar falta de entrosamento só dá certo com muita inteligência e perspicácia. Veremos se eles têm o que é preciso!

Você sabia que o Fugo é antivacina? Afinal, ele não deu a antirrábica do Stand e ele ficou assim.

Na sessão de curiosidades de hoje não citarei exatamente bandas, mas músicas, afinal, Purple Haze é um clássico daquele que é considerado o melhor guitarrista de todos os tempos: Jimi Hendrix.

Sobre Man In The Mirror precisei pesquisar um pouco no google, pois não lembrava que se tratava de uma belíssima música do Michel Jackson com uma baita mensagem atrelada a ela.

Indico muito a audição de ambas as canções caso você não conheça, e se conhecer ouça de novo enquanto lê o meu artigo!

Espero um episódio final de cour a altura do que foi o primeiro terço de Vento Aureo. Até a próxima!

Vou fingir que não percebi que ele está se preparando para dar o bote.

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