Feliz ano novo povo meu! Espero que todos entrem nesse 2019 com pé direito e tudo mais. Durante o nosso ano já passado de 2018, tivemos vários bons representantes da comédia ao longo de todas as temporadas, e algumas pérolas como Asobi Asobase, Grand Blue e Hinamatsuri certamente não passaram em branco. Do outro lado, outras pequenas gemas ficaram escondidas na obscuridade pela sua simplicidade e Gakuen Basara é uma delas.

Saído fresquinho nessa última leva de Outubro, o anime produzido pelo Brain’s Base tem sua origem na franquia de jogos Sengoku Basara, e é um spin off do conjunto que segue o conteúdo original. Inicialmente confesso que a vibe que tinha captado nele era que seria algo meio Armed Girl’s Machiavellism, com as disputas de espadas pelos grupos e tal, mas acabei sendo completamente surpreendido.

Em Gakuen Basara, eles realmente apostam no universo fora das espadas e das guerras sangrentas, mas mantém a essência de suas personagens e suas rivalidades. O destaque e acréscimo feitos aqui ficam por conta somente dos excessos de cada um perante as situações mais simples, e o pano de fundo pra que tudo isso aconteça que é a competição pelo domínio do colégio.

A Academia Basara é dirigida com punho de ferro por Oda Nobunaga e o conselho foi presidido pelo expulso Toyotomi, que ainda movia por debaixo dos panos as engrenagens no colégio. Usando disso como base, Gakuen Basara trabalha em esquetes que jogam com o cotidiano dos samurais nesse cenário elevando todas as suas insanidades, enquanto se processa a disputa pela nova presidência do conselho estudantil promovida por Tokugawa e Mitsunari.

Um dos pontos fortes de Gakuen Basara é exatamente o bom entrosamento de suas personagens ou a falta dele, onde a linha que separa os amigos e rivais era bem singela e com eles alternando essa condição a cada coisinha que acontecia. Outro contribuinte pra o bom resultado da série foi o destaque extra dado a personagens de menor aparição nas outras séries como Mori e Motochika, além da adição de outros como Matabei, Katsuie, Sakon, Fuuma, Tsuruhime, Magoichi, que fizeram sua estréia na mídia dos animes com tudo, ver eles era certeza de se divertir e gargalhar.

Os originais Yukimura, Masamune, Sasuke, Kasuga, Kojuro e companhia, como sempre são uma verdadeira comédia com seus comportamentos impulsivos e até infantis – na verdade em boa parte do tempo eles também demonstravam ser bem burros mesmo -, mas conduziam o caminho com os novatos numa boa.

De modo geral, ouso dizer que não é necessário se ter acompanhado qualquer outra série Basara pra assistir a essa série, mas também penso que se tiver visto a experiência se torna muito mais completa e eficaz, já que algumas das referências trazidas ao longo do anime são detalhes e coisas vistas e bem marcadas nos antecessores.

Mesmo tecendo bons elogios aos samurais, sempre temos as ressalvas não é verdade? Bom, a primeira delas tange ao próprio controle da série sobre si mesma. Nesses 12 episódios, sempre houve uma certa inconstância no equilíbrio cômico das esquetes, as vezes uma era apenas assistível, e a que vinha em seguida fazia você passar mal rindo. Algumas cenas apostavam no nonsense sem medo de errar, outras eram contidas demais perdendo toda a naturalidade do conjunto, mas no todo a qualidade do anime não fica comprometida.

A outra pontuação é mais simplória e fica por conta da animação, que embora tenha sido ok e segura para a sua proposta e gênero, fez uso de um CGI bem estranho quando precisava mostrar os demais alunos. Em alguns momentos até mesmo a gangue dos cachorros de Motochika entravam na bagunça, os bonecos em CG não destoavam terrivelmente, mas considerando as situações em que se fizeram presentes, não seria tão trabalhoso usar o desenho 2D padrão com um traçado mais simplificado, como muitos animes de comédia fazem.

Enfim, de modo geral a série deixou um bom gosto na minha memória, e foi sem dúvida algo que não me arrependendo de ter acompanhado até o fim. Ela tem seus méritos e mesmo ofuscada pelos melhores, não faz feio e não cede as pressões do “underrate”, ela se garante. O Brain’s Base produziu comédias da qual eu gostei muito como D-Frag que eu citei nas impressões (uma das minhas pérolas pessoais), e para quem esperava outra boa comédia, eles deixam mais uma vez a sua boa marca.

Pra quem quiser pegar um ar mais leve do mundo Sengoku e uma nova faceta dos competitivos samurais, deixo eu aqui a minha recomendação. Vamos em frente nessa nova leva de 2019 e nos vemos no próximo artigo!

Comentários