Bom dia!

Wakaba, Rin e as demais enfrentaram outro nushi nesse episódio, mas não é como se ele tivesse parecido mesmo uma ameaça.

Aquele enfrentado noutro episódio na ponte estava perseguindo-os, e mesmo que conseguissem fugir, na pior das hipóteses a ponte poderia ter ruído e eles perderiam a ligação entre ilhas que ela permitia transpor.

Em comparação, o nushi desse episódio era apenas uma espécie de guardião do muro. Pararem para pensar em estratégias, descansar e se preparar para enfrentá-lo serviu de pretexto para Kemurikusa revelar um pouco mais de seu estranho mundo.

 

A superestrutura azul, e abaixo dela névoa vermelha

 

Antes mesmo de encontrarem o nushi fatídico, tiveram que atravessar uma região de geografia curiosa. A névoa vermelha cobria tudo nas regiões mais baixas, como de costume, mas através dela se erguia uma estrutura alveolar sobre a qual era possível atravessar em segurança.

Uma montanha à distância, para a qual se dirigiram, também parecia estar em cima dessa estrutura, o que levou o Wakaba a especular que talvez todas as ilhas estejam apoiadas nessa superestrutura, e que os terremotos e eventos correlatos estariam ligados ao desabamento dessas estruturas.

Até agora o anime apresentou grandes estruturas de três cores diferentes: verde, do qual midori e a árvore gigante onde encontraram água é feita; vermelha, da qual as raízes vermelhas que produzem insetos vermelhos e névoa vermelha são feitos; e azul, do qual os muros e essa superestrutura são feitos. Também apareceu uma árvore amarela, mas era pequena em comparação ao resto, sem mencionar as folhas de várias cores.

Os muros em particular parecem capazes de produzir uma névoa azul que toma o controle de robôs brancos (e “branco” aqui significa sem cor nenhuma). Pelo que os robôs que morreram no episódio anterior disseram, a névoa vermelha também é capaz de controlá-los.

Essas informações são importantes para a conversa que Wakaba teria depois com outra das irmãs “mortas”.

 

O nushi em forma de escorpião gigante dentro do muro

 

Em todo caso, chegaram à montanha mas quando Wakaba foi abri-la um nushi em forma de escorpião apareceu. Ele parecia estar preso dentro do muro, e se os muros foram construídos para bloquear a passagem das raízes vermelhas, significa que esse sistema de proteção está sendo lentamente destruído.

Além de ser um oponente poderoso, o nushi escorpião estava atraindo raízes vermelhas e névoa vermelha, o que significa que, se saíssem do muro, iriam dominar toda a montanha rapidamente, razão pela qual, raciocina Rin, precisam derrotar o nushi com um só golpe ao mesmo tempo em que passam pelo muro. Missão difícil.

Por isso, eles recuam para descansar pela noite enquanto pensam e se preparam. Como da outra vez que foram dormir, Wakaba também ficou acordado por mais tempo do que elas e foi dar uma volta.

 

Wakaba e as irmãs vão descansar pela noite

 

E como da outra vez que ele fez isso, encontrou uma das irmãs mortas: Ryo. E logo ele encontraria Ryoku também. O que ele não esperava é que elas dividissem o mesmo corpo, e, creio que ficou implícito se levarmos em conta como a Riku tentou chamar Ryoku da outra vez, ela também divide aquele corpo.

Dessa conversa Wakaba descobre que elas morreram uma vez sim, mas contra sua própria expectativa simplesmente “despertaram” nessa forma, graças a uma folha. É uma situação estranha o bastante para justificar que elas não tentem entrar em contato com as outras irmãs, mas tem mais. Logo volto nisso.

Na conversa com Ryoku, a irmã “intelectual”, tão ou mais curiosa que Wakaba, ela especula que esse mundo parece ter sido intencionalmente construído dessa forma.

Considerando que as grandes estruturas verde e vermelha são árvores, e as grandes estruturas azuis são muros e fundações, sem dúvida esse parece ser o caso. Talvez seja algo como, no estado natural havia o verde e o vermelho em equilíbrio, então alguém chegou e construiu as estruturas azuis para manter o vermelho do lado de fora.

Com o tempo, ou talvez por algum motivo cataclísmico específico, as raízes vermelhas começaram a ruir as estruturas azuis e isso levou a esse mundo pós-apocalíptico. Já vimos as raízes vermelhas atacando um muro azul (e raízes da grande árvore verde que o atravessavam), e ver agora um nushi vermelho dentro de um muro empresta mais verossimilhança a essa hipótese, que de resto explicaria os terremotos – talvez as raízes e insetos vermelhos infestem o subterrâneo e estejam corroendo as ilhas por baixo.

Se as estruturas azuis são mesmo a fundação contínua de todas as ilhas, vê-las expostas nesse trajeto da viagem parece indicar que os personagens estejam na fronteira da expansão máxima dessa ocupação… humana? Ou bem próximos a ela. Faz sentido que a hipotética grande árvore vermelha esteja fora desse território, se todo o resto aventado aqui for verdade.

 

 

Em todo caso, Wakaba e Ryoku também conversaram sobre coisas mais práticas, além de compartilhar sua curiosidade e hipóteses sobre o mundo. E além da Ryoku ficar com raiva do Wakaba por ele ter lido a folha laranja que ela usava de diário.

Como destruir o nushi em um golpe só de forma segura? Ryoku responde isso fácil: usar um pedaço do corpo principal de Midori deve funcionar. Faz sentido. Se golpes disparados com a energia de suas folhas são mortais para insetos vermelhos, que dirá o corpo principal. A Rin já sugeriu usar o próprio corpo mais de uma vez quando apenas seus golpes não foram o suficiente, e essa era a primeira opção dela nesse caso também.

Mas assim como usar o corpo de Rin é arriscado para ela, o mesmo vale para Midori. Eles podem viver sem Midori? Mais importante do que isso, a Ritsu pode suportar viver sem Midori? Wakaba decide deixar com ela decida. E Ritsu, não sem preocupação no olhar, concorda – afinal, Midori eventualmente irá morrer também se não atravessarem esse muro.

O plano é um sucesso e Midori parece verde e forte como sempre.

 

O muro é quebrado, e com ele, o nushi é destruído

 

No final do episódio, a grande revelação, provavelmente a maior do anime até agora: aparentemente, as irmãs mortas estão habitando o corpo da Rin. Nem elas parecem entender isso, já que se referiram à folha que as salvou como simplesmente “essa folha”, e não uma folha bem específica e que elas deveriam conhecer muito bem, por ser da Rin.

Será essa a folha da memória? Ou é a “outra folha” da Rin? Bom, não há dados suficientes para concluir ainda. Mas faria sentido se fosse a folha da memória, porque bem, memória e coisa e tal. E abre outra hipótese: talvez elas sejam só uma sombra, ou algo produzido inconscientemente pela própria Rin, e não suas irmãs originais.

Mas se é pra começar a especular, vou mais longe. Eu já havia notado nos primeiros episódios sobre como tanto os insetos vermelhos quanto as irmãs possuem folhas vermelhas. E se elas forem formas humanoides criadas pela árvore vermelha?

Quero dizer, esse pode ser o caso do Wakaba também, não é? Ele surgiu do nada quando Midori bombeava a água que elas encontraram no primeiro episódio. Se ele estivesse no meio daquela água toda, deveria estar morto. Midori o ressuscitou ou o criou naquele momento? Talvez seja até algo acidental, conforme algo que estivesse naquela água teve contato com as folhas verdes de Midori.

A Primeira Pessoa talvez tenha sido criada assim pela árvore vermelha. Talvez sua missão fosse “destruir o mundo”, ou algo do tipo. Um senso de propósito dado pelos instintos primitivos da árvore vermelha. Que ela eventualmente rejeitou, desejando que as irmãs, que ela criou de partes suas, fizessem o que achassem melhor.

Se qualquer coisa, animes do Tatsuki sempre são uma delícia para especular. Até o próximo episódio!

 

Wakaba e Ryoku se divertem conversando sobre a natureza desse mundo

 

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