Comer é algo maravilhoso – já cozinhar nem tanto -, ouso dizer que é a melhor experiência da vida. Tem aqueles que gostam de dormir, outros de fazer coisas aleatórias, mas eu gosto mesmo é de comer e assistir anime. Bom, já deu para entender que eu sou glutão e com orgulho, mas o que isso tem a ver com o episódio? Leiam o conteúdo abaixo.

Subaru é um personagem interessante, pois com todas as características que apresentou era notória a necessidade de uma transformação, e como um ser humano decente ele entendeu que precisava disso, aceitou a ajuda dos amigos e também tentou por si mesmo.

Depois da tentativa de participar de algo maior e que envolvesse contato com o seu público, ele faz uma pequena pausa para repor as forças e volta a se esconder um pouco, mas Hiroto tinha uma pequena surpresa: sua irmã Narumi e a amiguinha dela também, chamada Haru, como visitas.

Lembram da menininha que ajudou Haru no passado e que viu ela na casa de Subaru? Pois bem, ela voltou. A presença das duas garotinhas ali em sua casa relembra o escritor de mais uma importante lição do passado que ele viveu mas não aprendeu.

Meu lamento é que Haru foi ver sua xará e acabou sobrando para a coitada – mentira gente, ela ficou feliz com o dia ali. Na verdade creio que ela não se sentiu dessa forma, esse sentimento foi mais meu mesmo por causa da história entre as duas.

Infelizmente, para o que eu esperava, a memória da nossa gatinha favorita não ajudou muito no encontro, já que mesmo a menina tendo noção clara de quem estava ali, a outra Haru parecia lidar com um estranho – ainda que por razões parcialmente lógicas.

Haru estava focada em Subaru e seu bem-esta, por isso ela não prestou muita atenção nos seus arredores, mas ainda acho que talvez ela realmente tenha se esquecido da existência de sua antiga cuidadora – porque não faz muito sentido a falta de reação dela perante a criança, mesmo em situações que forçam a interação entre as duas.

Enfim, voltando a Subaru, vemos que ele se enrola bastante pra entender as meninas e acompanhar o ritmo normal delas. Para relembrar os bons tempos Haru decide cozinhar pra sua pequena amiga e os demais, sendo que no processo ela leva o escritor a repensar coisas.

Subaru nunca deu muita importância ao ato de comer, ser grato por esse simples momento ou sequer elogiar a dedicada cozinheira que lhe alimentava. Ele também não entendia a alegria que as pessoas tinham em alimentar as outras ou em partilhar o momento da refeição juntas – como tentaram lhe mostrar sem sucesso até então.

O curto período de tempo que passa com as meninas lhe leva a perceber que ele não sabia apreciar algo tão bobo, como também não sabia que as ações em retorno podiam causar uma sensação melhor ainda.

Se ele não dava a devida atenção aos que o rodeiam, como entenderia de fato o próximo e teria uma vida mais amistosa e sem arrependimentos? Subaru agora solidificou esse conhecimento.

Como forma de agradecimento, ele faz um simples gesto que alegra a jovem Haru, incentivando ela a realizar seu desejo – o que até então era incomum, já que Subaru evitava qualquer tipo de comentário sobre alguém ou algo – e ao mesmo tempo decidindo que quer aprender a cozinhar para sua colega de quarto felina, se desafiando a fazer as compras outra novidade.

A experiência no mercado é bem comum a todos nós, no entanto o elemento chave está no psicológico do ser que encara a situação. Na hora das compras sempre tem peças raras que aparecem no caminho para te tirar da sua paz e calmaria, ou então a esperada guerra pelo item mais barato – que não era o caso de Subaru ali.

A questão é que ele estava aflito por ver tanta gente o sufocando consecutivamente sem que ele pudesse parar e pensar na sua missão inicial, o que qualquer pessoa socialmente normal e sem complexos estranhos tira de letra.

Quando as coisas pareciam sem muita solução, Hiroto aparece salvando o doido dos predadores ferozes e permitindo que ele pudesse voltar logo e treinasse suas habilidades culinárias – que convenhamos, são recentes demais para ter dado certo no primeiro tiro, o sabor provavelmente se salvou porque o episódio tinha que dar esse mérito final.

Para qualquer um pode parecer uma bobagem, mas para Subaru aqueles esforços mínimos representavam muito – além do desgaste físico e mental. Decidir encarar coisas as quais ele não está acostumado dia após dia, mostra a dedicação e o empenho que ele aplica em mudar a si mesmo para o seu bem e dos outros.

Haru por sua vez também tem algo bom a mostrar, ela não é uma gata qualquer e tem uma preocupação especial para com Subaru. O escritor foi aquele que a salvou da morte iminente e que tem cuidado dela com todo o cuidado – embora ela não faça as devidas associações -, então logo se entende as suas ações.

Ela tenta do seu jeito cuidar dele como a mãe que perdeu e que o faz tanta falta. Se os dois soubessem se comunicar melhor com certeza a convivência seria muito mais proveitosa e menos confusa para ambos os lados, mas vamos indo que uma hora eles se acertam – provavelmente no mangá, porque o anime já está no fim para minha tristeza.

Sair vitorioso era um prêmio mais do que merecido para o nosso “herói”, e Subaru depois de alguns desalinhos finalmente come junto a Haru e desfruta da ótima sensação de cozinhar, dar de comer e dividir aquele momento com alguém próximo e querido.

Mais uma lição foi aprendida, nossos protagonistas continuam ajustando sua ligação e dois episódios agora nos restam. Vamos adiante e até o próximo artigo!

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