Subaru passou por várias experiências de crescimento pessoal e amadurecimento, e depois do pequeno descanso que teve no episódio passado, já estava na hora de ele retomar as atividades e voltar a escrever bastante.

Para reiniciar com chave de ouro, ele recebe os louros de sua participação na sessão de autógrafos e como resultado disso uma nova serialização. O problema é que o autor está numa pequena crise criativa, o que ele fará agora?

Depois da notícia e a preocupação imediata, tudo se inicia com aquela coisa básica da lembrança dos pais, elemento esse que está ajudando muito na solidez da mudança de Subaru e que ainda vai ter uma influência positiva posterior no problema atual dele.

Quando teve a sua primeira inspiração, o escritor visualizou as inúmeras possibilidades em Haru, só que agora ele não conseguia imaginar nada tão brilhante ao olhar para ela, ainda que seja a mesma que conhece.

Desde o começo do anime, o que fica subtendido é que as histórias criadas por Subaru se formavam apartir do comportamento estranho de Haru. Como ambos eram estranhos um ao outro e eram de espécies diferentes, a falta de comunicação e as peculiaridades dela o chamavam atenção e isso o fazia analisar a gata quase que sempre – sendo as suposições que ele concebia, a força motora pras ideias que ele colocava no livro.

Então como uma consequência da proximidade que alcançaram, os costumes de ambos já se modificaram por completo, não sendo mais comum a ela agir estranhamente e ele ficar pensando sobre isso, eles já são rotina um do outro e já tem uma relação mais estável.

Durante uma conversa com sua vizinha, Subaru descobre o significado das flores deixadas no jardim por sua mãe. É interessante notar como a mãe encontrava meios de agradar o filho, ao passo em que o fazia experimentar diferentes coisas, ainda que na limitação de não precisar sair de casa para tal – naquela época ele não dava a mínima, mas agora entende o significado por trás das viagens e coisas que ela fazia a todo tempo.

O episódio também se utiliza da rápida presença de Yuugo para enfatizar a sensibilidade de Subaru, que agora não pensa só nos seus sentimentos, ele consegue prestar atenção no que acontece ao seu redor e capta as mensagens que tentam passar a ele – fora que ele tem criado maior empatia a todos, já está bem mais aberto.

É engraçado a ironia da vida, Yuugo vinha se desculpar pelo jeito meio rude com o qual tratou seu autor favorito e que o inspira a crescer e seguir em frente. Quem pensaria que alguém como Subaru de fato fosse capaz de transmitir tantos sentimentos e ensinar valores importantes a alguém, considerando que o próprio estava aprendendo suas lições? Pois bem, estão aí Nagisa, o garotinho do evento e Yuugo para provar que ele era capaz.

Pensando sobre a situação de Subaru e seu bloqueio criativo, Kawada joga um verde que acaba colando rapidamente: uma viagem para conhecer coisas novas. O escritor aceita de imediato e choca o editor que não esperava tão grande evolução desde o evento público.

Subaru sabia que precisava arejar a mente e também conhecer o que existia mundo afora, então porque não tentar logo, assim quem sabe ele conseguiria o que estava buscando.

O que me chamou atenção foi a escolha do lugar, porque eu sabia que Subaru estava “crescido”, mas não esperava que ele fosse logo de cara enfrentar o último local onde seus pais estiveram e sem colocar pressões psicológicas em cima disso – até o hotel era o mesmo, palmas para ele, demorou, mas mudou e chegou lá.

Depois de lutar com Haru e não conseguir domar a ferinha para levá-la a um hotel de animais, Subaru instrui Hiroto como guardião dela e parte para o novo destino em sua busca pela inspiração.

Tokushima tinha umas coisas interessantes que dariam um episódio expositivo bem legal num anime mais longo – envolvia o tingimento em variados tons da cor azul e índigo, uma especialidade da cidade.

Parece algo bobo, mas achei bacana que inclusive a forma de produção dessas tintas – chamada “awa-ai” ou “awa índigo” – tinha uma prática diferenciada, partindo da extração até os métodos para atingir as tonalidades. Uma pena que o anime não teve tempo para trabalhar isso porque eu gostaria de ver esse lado mais histórico e cultural destrinchado.

Voltando ao problema original, depois de acompanhar o processo de criação e uso da “awa-ai”, Subaru se recorda de mais momentos ao lado de seus pais e se emociona novamente, chegando a uma triste conclusão que veio acompanhada do desejo de estar próximo a Haru – além da vontade de escrever algo, que acabou brotando no processo.

O episódio deixa um gancho preocupante no final porque Subaru fica preso no aeroporto por causa do clima. Haru sabe que Subaru volta – e espera ansiosa por isso -, mas não se acostumou a passar grandes períodos de tempo sozinha, cronometrando bem os tempos dele fora de casa.

Será que ela vai resgatar as memórias da época em que vivia na rua e vai se desesperar pensando que Subaru está perdido ou morto? Hiroto está na condição de guardião dela, mas será que ele vai acabar fazendo alguma besteira? Enfim, estou ansiosíssimo e triste para ver o episódio final desse anime incrível.

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