Bom dia!

Começa a sétima temporada do Café com Anime! O mesa redonda virtual na qual eu, o Diego (É Só Um Desenho) e o Gato de Ulthar (Dissidência Pop) conversamos sobre alguns animes que estamos assistindo juntos.

Cada um publica em seu blog sobre um anime diferente, e nessa temporada nos dividimos assim:

Dororo no É Só Um Desenho

Sarazanmai no Dissidência Pop, e

Carole & Tuesday aqui no Anime21!

Leia a seguir nosso bate-papo inaugural sobre os episódios 1 a 3:

 

Fábio "Mexicano":
Vamos começar com dois episódios de uma vez. Mas antes, vamos comentar um pouco sobre as circunstâncias do anime?

Carole & Tuesday é o novo anime de Shinichiro Watanabe, diretor de Cowboy Bebop, Samurai Champloo, mais recentemente Zankyou no Terror, todos originais. Seus animes costumam ser conhecidos, entre outras coisas, pela boa trilha sonora, mas anime musical mesmo ele só dirigiu um, Sakamichi no Apollon, que é adaptação de mangá.

É um exclusivo da Netflix, vai ter 24 episódios, foi feita uma audição internacional para a escolha das intérpretes musicais das protagonistas, Carole e Tuesday (as dubladores normais são japonesas, e a Netflix certamente contratará nacionais nas adaptações para os territórios onde atua). A produção está visualmente deslumbrante, e além de financiadores e patrocinadores normais como todo anime, Carole & Tuesday parece ter também anunciantes. Em dois episódios já contei quatro: Gibson e Nord, fabricantes de instrumentos musicais, além da Timberland, de calçados, e Instagram, de todo mundo sabe o quê.

Está chovendo dinheiro e não falta talento. Acaba sendo um bocado de pressão, imagino, e cria um hype gigantesco, mas nessas circunstâncias não se espera menos do que um obra-prima. Dois episódios ainda é muito pouco para julgar isso, mas por enquanto me parece estar no caminho certo.

O que acham disso? E o que acrescentariam ao que eu disse aqui, se eu tiver perdido alguma coisa…?

Diego:
Acho que só acrescentaria que o Instagram das duas existe mesmo, e é atualizado a cada episódio 😛

No mais, nada a colocar na contextualização 😃 Só diria que é de fato um dos títulos mais promissores dessa temporada. O que, ok, não é dizer muito, essa temporada tá bem fraquinha. Mas Carole & Tuesday é um título que já começa bem marcante, e tem altas chances de se tornar um dos melhores desse ano – se continuar com a qualidade que vimos até aqui.

Em composição, fotografia, iluminação, design, animação… É simplesmente deslumbrante, de fato. E os personagens de forma geral são bem divertidos de acompanhar. As duas garotas são carismáticas e é fácil torcer por elas. Mas é interessante como o anime adiciona ainda um outro ponto de vista, da modelo e o agente, preparando já o terreno para o que provavelmente será o tema dessa história – a música feita por IA versus aquela feita por pessoas de fato.

É um tema meio batido, e fácil de prever qual vai ser o resultado final, mas ok, a execução até aqui vem sendo boa o bastante para o anime merecer nosso voto de confiança de que entregará algo bom.

Gato de Ulthar:
Acho que só me resta fazer coro aos demais, foi uma estreia impecável com uma produçao generosa e esmero com as escolha das dubladoras. Mas é uma história que tem tudo para ser batida né? Mas não nego a possibilidade de ainda me surpreender com algumas boas reviravoltas, já que tem aquela situação com aquela outra menina artista. Acho que o foco vai ser justamente esta discussão de o que é a arte no fim das contas.
Fábio "Mexicano":
Você acha? Eu duvido. E isso nos leva ao próximo ponto: sobre o que vai ser Carole & Tuesday? Naturalmente, no segundo episódio ainda, pode ser complicado fazer alguns tipos de apostas, mas eu tenho a minha.

Nenhum dos originais do Shinichiro Watanabe é uma história sobre um tema. Bom, exceto Zankyou no Terror, que talvez não por acaso seja o menos lembrado de todos, ainda que seja o mais recente. Cowboy Bebop não é plot driven, Samurai Champloo não é plot driven, e Space Dandy nem tem um plot, por favor.

Carole & Tuesday vai ser, talvez o titulo tenha deixado tão óbvio que não percebamos, só uma história character driven sobre … a Carole e a Tuesday. Por acaso o cenário é esse e tem esses temas aí rolando, mas é só fundo, só circunstância.

Gato de Ulthar:
Tenho que ver o segundo episódio ainda para argumentar com mais propriedade
Fábio "Mexicano":
Ah, vá ver, pois 😛
Diego:
Eu não sei se concordo, Fábio. Que o anime será mais sobre a Carole e a Tuesday eu não discordo, mas não acho que isso anula um tema de fundo maior. Até aqui a obra vem dando um enfoque bem real na questão da IA, com a garota modelo e, vou chutar um pouco, muito possivelmente com o produtor (notem que na cena no bar, quando ele confronta o casal, ele muda de ideia sobre a música assim que percebe que é cantada por suas pessoas, não uma IA).
Gato de Ulthar:
Esse segundo episódio mostrou bem como os sucessos do momento são criados, todos por inteligência artificial, mesclando os sucessos e grandes cantores do passado.

Me parece bastante óbvio que o anime irá enfatizar que somente músicas criadas e interpretadas por humanos possuem o verdadeiro “espírito” musical capaz de tocar o coração de todos.

Fábio "Mexicano":
O ponto é esse, Gato e Diego: eu acho que esse é só um fundo sobre o qual as personagens irão se desenvolver. Porque eu não acho que o anime esteja exatamente querendo criticar arte produzida por inteligência artificial, isso seria um tema de outro mundo, outra realidade que não a nossa, e o Watanabe sempre fala sobre a nossa realidade, mesmo em mundos fantásticos.

Assim, acredito que a música por inteligência artificial seja uma metáfora para música produzida por pessoas de carne e osso mesmo, mas com olho nas vendas, não na arte. Vocês sabem, a velha crítica à música produzida em escala industrial e etc. Não é exatamente algo novo, mas justamente por isso é um pano de fundo perfeito para contar a história de duas garotas que compõem, tocam e cantam com o coração.

Diego:
No contexto do anime, é certamente uma metáfora para música pop em sua faceta mais comercial. Mas sinceramente, não acho que estejamos tão distante assim de músicas 100% artificiais. Não sei se algum dia chegaremos ao ponto delas serem populares, muito menos as mais vendidas: há uma faceta humana a essa indústria difícil de uma máquina substituir, e eu nem me refiro aqui a coisas “etéreas” como “coração” ou “sentimento”, mas mais coisas como a relação parassocial que se estabelece entre fã e cantor/a. Mas não me parece fora do escopo da realidade futura 😛
Fábio "Mexicano":
Também não duvido das possibilidades tecnológicas. Acho que já há o necessário, inclusive. Mas não é esse o ponto.
Gato de Ulthar:
Temos que levar em consideração que é um anime e a história tem que avançar para algum lugar. O que fez todo mundo que ouviu a gravação das duas gostar do resultado foi justamente o fator humano e não artificial da música delas, além do fato de que foi uma apresentação de “guerrilha”, ou seja, deu para ver que elas invadiram o local e depois fugiram, isso dá uma boa imagem de contravenção contra o sistema, e isso sempre agrada quem vive sempre na monotonia de músicas e arte criadas de maneira artificial.
Fábio "Mexicano":
Antes de inserir o episódio 3 (assistam, por favor), porque vou fazer isso nessa sessão mesmo porque ela está indo muito devagar e já saiu o episódio e etc:

O que acharam das protagonistas? Suas circunstâncias, seu encontro, sua relação…?

Gato de Ulthar:
Não tem muito o que dizer, a menina rica do campo e a menina mais humilde da cidade grande. É o encontro de duas realidades conflitantes que geram uma união bastante explorada na ficção, onde não raro surge grandes e fortes amizades.

Penso que esse tipo de arranjo case bem para uma história do tipo de Carole & Tuesday.

Diego:
Concordo com o Gato, mas destaco que normalmente o encontro desses dois mundos tende a ser mais caótico e conflituoso. Carole e Tuesday, porém, se entendem bem quase que de imediato. Gosto, por exemplo, como a Tuesday não esconde que fugiu de casa, ou como a Carole não se zanga pela colega quase destruir o apartamento tentando limpar. Pula muito do “filler” desse tipo de relação na ficção, já que normalmente sabemos que as personagens vão terminar amigas e tudo mais.

Fora que o anime vem brincando com um tom quase que épico, de como essas duas garotas mudam Marte e tudo mais, então que se deem bem logo de cara adiciona um pouco à ideia de que estavam destinadas a se encontrar.

Fábio "Mexicano":
Misturar personagens improváveis é o estilo do Watanabe, afinal.

Quero dizer, é só olhar para o elenco de Cowboy Bebop. Um ex-policial e um ex-mafioso associados trabalhando como caçadores de recompensa, que acabam adotando ainda uma adolescente hacker prodígio e uma mulher que ficou em sono criogênico por 54 anos e por último, mas não menos importante, um cachorro geneticamente modificado. Samurai Champloo não fica atrás, com uma garota partindo em uma busca pelo pai contratando um samurai errante e um … vagabundo que dança break enquanto luta ou algo assim. Pensando bem, Carole & Tuesday está bastante comportado até agora. Mas o importante é: sempre funciona.

E vamos ao episódio 3, que focou mais em outros personagens do que nas protagonistas então acho que finalmente temos um bom panorama geral. Começando pela família da Tuesday, que parece um conflito que vai estourar a qualquer momento: que acharam da mãe e irmão da garota?

Diego:
O garoto parece genuinamente preocupado com a irmã. Já a mãe… Ela parece ver isso mais como um inconveniente do que como um problema de fato, bem o arquétipo do político que se preocupa mais com ser eleito do até com a própria família. Ao menos ela não parece um caso completamente perdido, já que ela disse que o filho tinha carta branca pra contratar quem quisesse pra achar a irmã, só não podia envolver a polícia. Mãe do ano? Nem de longe, mas consigo imaginar ela tendo algum tipo de redenção até o fim da história.

Já ta melhor que outras mães que já vimos em outros Cafés 😛

Fábio "Mexicano":
Eu já não quero que ela se redima de nada 😃 Mas quem sabe, é possível sim. Entendi que ela estava dando poderes plenipotenciários pro rapaz só pra ele resolver isso logo, antes que a água bata na bunda dela.
Gato de Ulthar:
Vi o terceiro episódio e o que posso dizer? Não acho que a mãe vai se redimir, mas no momento que a filha estiver muito famosa, ela não poderá fazer nada para impedir a carreira dela sem se expor publicamente, o que ela não quer. E no futuro, ter a filha tão famosa pode ser um trampolim político para a própria mãe. Tudo isso é mais plausível do que uma história de redenção.

E o que acho do irmão? Nada? Até agora ele só se mostrou relutante e mais nada. Vejamos nos próximos episódios.

Fábio "Mexicano":
Eu vejo dois caminhos para o irmão: pode ser que ele esteja preocupado sim, fiquei vagamente com essa impressão também. Mas o desconforto que ele demonstrou naquele momento poderia ser com a mãe, não com a irmã. Ela tinha afinal trazido um homem desconhecido para casa para a-gente-sabe-o-quê. Ela é, hoje, uma pessoa horrível, e em particular uma mãe horrível. O que quer que a Tuesday tenha sofrido, ele sofreu também. Então ou ele está legitimamente preocupado com ela, ou com inveja por ela ter feito o que ele gostaria de ter feito com a idade dela mas nunca fez. Pode se tornar um inimigo da Tuesday, por assim dizer.

E o Gus, o agente, que pensam dele?

Diego:
Até aqui ele é exatamente o que eu esperava. Ex-membro dessa indústria que saiu dela provavelmente porque seus métodos foram considerados obsoletos frente as AI atuais. Mas tirando o backstory, não tenho lá muito pra pensar sobre ele, sinceramente.
Fábio "Mexicano":
O “método” de caçar talentos dele tem mais problemas do que ser apenas “obsoleto”, mas acho que elas não encontrarão outra pessoa 😃
Gato de Ulthar:
O cara é problemático mas é do bem, mais atrapalhou do que ajudou neste episódio, mas suas intenções são boas. Na falta de alguém melhor ele é o que as garotas tem no momento. Foi interessante que ele ficou genuinamente empolgado com a música das meninas. Mas devemos dar um tempo para ele desenferrujar e ser um empresário decente para as meninas.
Fábio "Mexicano":
Será que o passado dele vai ter importância na história? Ele citou um punhado de artistas para os quais já trabalhou, além de sua própria banda antes disso. Pode ficar só como caracterização também, mais ou menos na linha de: um cara que manja muito de música, teve uma banda sem talento nenhum, como empresário teve um sucesso muito grande com uma artista de uma música só, depois teve trabalhos menores com outros artistas que não tiveram tanto sucesso, até que parou de trabalhar porque hoje em dia todo mundo trabalha com IA e ele não gosta disso.

Mas está bem, próximo: a Angela, sua agente e o compositor pirado por IA. Que pensam deles e que papel acham que eles irão exercer?

Diego:
Em conjunto, esses três parecem representar “o establishment”. Sabem, a “grande corporação” que usa de artistas só para fazer dinheiro e que não está realmente preocupada com a música? É um trope bem comum desse tipo de história. O compositor da Angela é exatamente isso, ainda que ele pareça ter seguido esse caminho por um desdém pelas pessoas. A própria Angela aceitou de bom grado o papel de marionete, e agora está vendo que ele não é tão divertido assim. E aí temos a mãe da Angela, que é bem o clichê dos pais que projetam seus sonhos nos filhos. Tudo bem “by the book” até aqui, e da pra ter uma boa ideia de pra onde cada um vai em termos de desenvolvimento.

Ah, mas não que não esteja gostando, bem pelo contrário! Acho a Angela uma personagem divertida, e a interação dela com o compositor vem entregando ótimos momentos de comédia 😃

Gato de Ulthar:
Eu gostei muito da interação da Angela com a sua empresária. Eu não entendi bem se elas são mesmo mãe e filha, nesse mundo artístico não é raro que alguém meio que adote algum talento promissor e tenha um tratamento meio maternal. Essa espécie de projeção dos próprios desejos que a empresária deposita na Angela é bastante comum mas ao mesmo tempo um tanto reveladora, pois no fim das contas nem sabemos ao certo o que a Angela quer na realidade, mas somente temos um vislumbre de um reflexo mais bem trabalhado da sua antecessora.
Fábio "Mexicano":
A Dahlia (esse é o nome da agente da Angela) claramente tem um passado semelhante ao do Gus: já fez sucesso, mas o mundo mudou e ela ficou para trás. E agora ela quer empurrar o seu sonho para a Angela, que parece que quer sim ser uma cantora pelo menos, e de sucesso, mas desde o primeiro episódio se mostra claramente desconfortável com outras ações de promoção que ela tem sido obrigada a participar.

Assim, Dahlia está para Gus assim como Angela está para Carole e Tuesday, é uma comparação direta que o anime faz – inclusive, em várias ocasiões nesses episódios iniciais houve cortes em que mostrava tanto a Angela quanto as protagonistas fazendo essencialmente a mesma coisa, e como “a mesma coisa” era bem diferente para elas.

Já o Tao … parece estar aí só para representar “o sistema”, e nesse caso faz sentido que não haja um equivalente a ele do lado das garotas. O mais próximo obviamente é o Roddy, mas nenhuma das funções que eles exercem é a mesma. Talvez descubramos na comparação entre Roddy e Tao onde e como “o sistema deu errado”.

Por fim, sobre a Dahlia ser ou não mãe da Angela, tenho uma hipótese: tanto a Angela quanto a Carole são negras, e acho que isso não é à toa. A Carole, descobrimos no primeiro episódio, é órfã e chegou à Marte como refugiada. Assim, especulo que talvez a Angela seja também uma órfã refugiada que acabou adotada pela Dahlia, que a obriga a fazer o que ela quer.

Diego:
Sinceramente, se ela é ou não mãe real nem me passou pela cabeça 😃 A Angela chama de “mãe” e eu meio que só aceitei. Mas é um twist em potencial.
Fábio "Mexicano":
Por isso especulo sobre adoção, faz bastante sentido nesse cenário.

Enfim, e além de todos esses personagens, resta apenas mais um importante, que não está ligado diretamente a ninguém e é mais uma face do “sistema”, na forma de um artista de sucesso padrão.

Comentem aí sobre o DJ Ertegun.

Gato de Ulthar:
É um “cuzão” famoso, um estereótipo típico para esse tipo de personagem. Ele é rico, famoso e bem sucedido, o ápice da vida artística de Marte. Nesses casos o ego costuma ser inflado até níveis estratosféricos. Ele subestimou e humilhou as garotas só pelo fato delas não serem ninguém e fazerem a própria música. Uma das primeiras reações dele foi pensar que elas estariam até mesmo oferecendo serviços sexuais em troca de algum favor. Certamente ele já se deparou com esse tipo de situação inúmeras vezes. Portanto, seu comportamento é previsível e condenável, porém dá para entendê-lo como personagem.
Fábio "Mexicano":
Não é? Por toda a forma como aquela cena foi construída, com o Gus impedido de entrar e tudo mais, eu achei é que ele fosse se insinuar para cima das garotas. Mas ele não fez isso. É um cuzão, mas não parece maligno, pelo menos. E por duras que sejam suas palavras, o que ele disse tem algo de verdadeiro, né. Ele não gasta fortunas em IA para compor suas música pra no final das contas fazer propaganda de música de duas desconhecidas. Não é assim que O Sistema funciona.
Diego:
Olha, enquanto ele foi babaca, eu senti que o anime passou bem a sensação de que ele já esteve naquela situação antes. Algum artista amador com uns bons contatos querendo usar da fama dele pra se promover. Imagino que depois de um bom número de vezes isso se torne cansativo, especialmente se esses artistas não demonstrarem o empenho e dedicação que ele julga ser necessário nessa indústria. E o final com ele fazendo piada depois da Tuesday acionar os sprinklers… Vou chutar que até o final desse anime ele vai sim tocar com as duas 😛
Fábio "Mexicano":
Então vamos provocar aqui, quem é mais digno de um arco de redenção, o Ertegun ou a Valerie, mãe da Tuesday? Ou sei lá, algum de vocês tem qualquer simpatia pela Dahlia? 😃
Diego:
Olha, eu sinto que todo mundo nesse anime é humano o bastante para ter um arco de redenção se o título assim quiser. Vai depender muito das intenções da obra.
Gato de Ulthar:
Ertergun, e nem digo arco de redenção, no máximo ele vai admitir que as meninas são talentosas e até apreciará se apresentar com elas.
Fábio "Mexicano":
Parece um papel digno para o Ertegun mesmo.

Além desses personagens que a gente comentou, o Roddy provavelmente será recorrente também mas ele é meio que alívio cômico e vai estar lá pra resolver problemas que os outros não conseguiriam, é um personagem útil, acima de tudo.

E é isso para a primeira sessão de Carole & Tuesday do Café com Anime, até a próxima ☺️

 

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