Como previsto na última postagem, o empecilho apresentado foi resolvido facilmente. Bom, acostumado a ver em outras obras problemas que foram resolvidos de uma forma tão mais complicada, ou em vários episódios (Dragon Ball não é o melhor dos exemplos). Todavia, é literalmente compreensível que não pudesse ser usado esse artifício, afinal a animação teve uma proposta para ser finalizada em 12 capítulos e, se for esse o foco, deve encontrar algum ponto da obra original para que seja cumprido seu objetivo e fazer sentido aos telespectadores.

Vamos falar aqui dos dois últimos episódios sim! Apesar de já sanado, vale destacar que eu posterguei o serviço tivemos problemas técnicos com a equipe. Bom, como diria Jack Estripador, vamos por partes.

Os materiais reunidos pelo Another no episódio 2 foram utilizados em um ritual místico para que os Kyoshis pudessem ser despertados. Ao contrário do que incialmente pude compreender, os Kyoshis não necessitam somente de magia para o levante. Os mesmos são corpos que passam por um processo cirúrgico, seguido por um método de conservação que os deixa intactos por anos (e com a aparência idêntica rsrs), e o ritual místico finaliza o processo.  Alimentados por energia negativa Yin, deixa irônico o fato de precisarem comer seres vivos. Acredito que isso seja somente uma situação criada pelo autor para deixar um tom de ameaça a criatura, afinal não há necessidade alguma de devorar outros seres e não creio que haja como programar isso cirurgicamente. Meu pensamento parte do princípio apresentado no próprio episódio de que os Kyoshis foram criados para irem para longe da vila, o que não faz sentido algum, se não quer o corpo por perto, enterre-o ou queime-o.

Monstros criados para utilização na Segunda Guerra Mudial? Ideia de que os países apelam para a magia quando estão perdendo a guerra? Foram sensatos até demais para um japonês.

O Another causador do caos na verdade é um amigo de longa data da entidade principal do anime, o Abe no Seimei. O problema é que Arata não se lembra de nada de sua possível vida anterior. Bom, não era para se lembrar. Como disse anteriormente, embora necessário para o desenrolar da trama, o modo como o protagonista se recorda das coisas é absolutamente instantâneo e conveniente, o que ao meu ver passa a visão de desleixo.

Viu! Todos iguais!

Huehuecoyotl, nome esse que embora bem sugestivo e conveniente ao personagem e ao que definimos como comédia na internet brasileira, é de fato o nome da entidade. Um deus asteca que pode ser considerado, para facilitar o entendimento, uma mistura de Loki com Boto-cor-de-rosa: deus da bagunça, desordem e lascívia. Achei-o um personagem interessante, se seguindo meu raciocínio, ele acompanhar Arata até o final da série e puder ajuda-lo nas demais situações, afinal, ele tem muitos poderes.

Após percebermos que a equipe estava tratando com uma criança de muitos anos de idade, tenho alguns questionamentos para que possam pensar sobre:

-Por que a luz do sol machuca os Kyoshis, mas uma Flash Bang não?

-Por que a Flash só funcionou na segunda tentativa?

-A fumaça dos Kyoshis neutralizados é tóxica?

-Qual a boa funcionalidade do helicóptero? Realmente não entendi.

Vamos para o próximo episódio?

Como presumi! Episódios com enredo isolado, mas com uma peculiaridade que liga os pontos para o final da trama! Este quarto episódio é uma prova disso. Tudo bem que várias coisas novas foram apresentadas, mas não muda este fato.

O episódio se baseia numa cheklist anual para saber se os Anothers que são residentes do distrito de Shinjuku estão bem e se não estão a causar problemas.

Correr ou não correr?

Alguns dos apresentados são realmente inofensivos, como a coruja e a dríade (louco pensar nela com raízes mesmo, como uma árvore). Já alguns tiveram atitudes suspeitas como, os macacos que bebem o ano todo e o cara pelado. =| Sinceramente, se eu visse um cara pelado mexendo feijões vermelhos em um prédio abandonado e ele sorri para mim como sorriu pro Arata, eu correria também.

Voltei o episódio para relembrar o nome que os macacos veteranos disseram quando declararam que “ficou chato beber com a mesma galera desde que Gonken foi embora”. Gonken é o foco deste episódio.

É um enredo que poderia facilmente ser descartado? É sim. Um deus que acorda e comemora bebendo. Fora o fato de que Arata pode trabalhar bebendo. Ou beber trabalhando, vai saber. Mas, dá para tirar algo dessa situação, algo que vemos desde pequenos quando nos apresentaram os grandiosos deuses gregos: são imortais poderosos, mas são falhos assim como os seres mortais. Todos possuem vícios e hábitos que vão contra a cultura atual, mas são entidades milenares e tem sua cota de seguidores.

Creio que, como nos mostra o enredo da animação, todos os seres místicos, sem exceção alguma, são Anothers. Não são somente deuses ou demônios, mas toda criatura que tenha uma execução além do “plano físico”, este presenciado e vivenciado pelos humanos.

A relação parecia ser forte: amizade.

Como sempre, vamos as observações do episódio:

-Ninguém suporta serrotes (bebem as custas dos outros), inclusive um deus despertado;

-Sakaki acaba por desabafar com uma criatura que nem mesmo pode se comunicar;

-Como comentei antes, o Coyote seria mais um conselheiro e acompanhante de combate do que um simples amigo;

-Beber por 100 anos? Haguro deve ter sobrando somente uns quarenta, no máximo.

-Arata deu quantas voltas no templo enquanto embriagado?

Bom, fiquei feliz de ter visto o Bojack Horseman viajando ao Japão e conhecer um Bultungin, que é tipo um lobisomem, só que hiena. Daí ele seria o Ri-Man. Entenderam? Ri-Man! Hienas riem, e ele é um homem-hiena! Entenderam? Hã? Tá… me perdoem, péssima piada.

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